A Câmara Municipal de Uberaba comemorou na quarta-feira, 27, o Dia do Desemboque, oportunidade em que foi exibido o documentário produzido pela Câmara de Sacramento em 2010.
O Dia do Desemboque, na Câmara de Uberaba, nasceu de um projeto do sacramentano, José Severino, vereador naquela cidade, em 3 de setembro de 2010, a exemplo do projeto de Sacramento, de autoria do vereador Carlos Alberto Cerchi, que fixou a comemoração anualmente no dia 24 de abril, dia do nascimento de Cônego Hermógenes Cassimiro de Araújo Brunswik, em 1783.
Ao propor o projeto, José Severino justificou a finalidade. “Manter viva a origem do povoamento do município de Uberaba, destacar o início da civilização e de aprofundar o resgate histórico regional”, afirmou, destacando que a descendência de Uberaba, considerada 'filha do Desemboque'.
José Severino nasceu na região do Desemboque, na localidade de Jaguarinha e o prefeito de Uberaba, Anderson Adauto, também nasceu próximo àquele povoado, na comunidade do Bananal
Mas, no dia 27, não foi comemorado apenas o Dia do Desemboque, na mesma solenidade, uma homenagem especial à cidade de Uberaba cujo povoamento iniciou há 204 anos, exatamente no dia 27 de abril de 1807. Nada mais justo, porque Uberaba tem tudo a ver com Desemboque, visto que foi dali que saíram os pioneiros de Uberaba. E, o vereador Severino justifica. “Há 204 anos, iniciou-se o povoamento de Uberaba. As primeiras casas de madeira foram erguidas próximo à nascente do ribeirão Lageado dos Ribeiro, em terras do sesmeiro e rábula, José Francisco Azevedo, oriundo do julgado do Desemboque”.
Diz a história que o lugar tornou-se conhecido como arraial do Lageado ou arraial da Capelinha, onde havia altares com Santo Antônio e com São Sebastião. “O lugar onde começou Uberaba ficou conhecido como Marco do Lageado ou Marco do Centenário, por ter sido fincado ali, em 22 de fevereiro de 1936, o monumento comemorativo dos 100 anos de elevação do arraial de Santo Antônio e de São Sebastião à condição de vila”.
Ainda de acordo com Severino, o Marco do Lageado ou Marco do Centenário ficou abandonado até 1981, quando memorialistas reencontraram o obelisco. As placas com a descrição sobre a importância do lugar e a da data comemorativa desapareceram, além de ter ocorrido soterramento de parte do mausoléu. “O monumento localiza-se na Fazenda Lageado, de Keila Adriana Manzan. O pai dela, Lourival Dias Silva, o 'Negrinho', reside na propriedade e autorizou sua revitalização”, explica o edil que já reivindicou ao prefeito Anderson Adauto, que o entorno do obelisco seja cercado e calçado, a fim de resguardá-lo. “O objetivo é divulgar e facilitar o acesso ao monumento. Propusemos que sejam colocadas placas indicativas às margens da rodovia MG-190, nos dois sentidos e nas estradas vicinais até o local”, finalizou.
Para se chegar ao Marco, toma-se a estrada no sentido Uberaba-Nova Ponte, após seis km, ao avistar à esquerda a fazenda Botinas 4S, vira-se à direita para acessar uma estrada vicinal. Depois de passar pelo primeiro mata-burro pega-se uma entrada à direita e caminha-se cerca de 6,5km para chegar ao local onde está o Marco do Lageado.