Antônio Claret Scalon, o Polaco, que integra a comissão organizadora desde que foi oficializado o Carnaval das escolas, na década de 70, fala do resultado do Carnaval. “Os presidentes estão reclamando das notas em evolução, destaques, bateria, mas os jurados foram escolhidos por eles. Cada escola escolheu seis nomes e a comissão indicou outras três pessoas. Não há como contestar”, disse Polaco.
Sobre o empate entre a 13 de Maio e a Beija-Flor, apresentou sua versão: “A 13 de Maio foi penalizada pelo atraso na avenida. Ela atrasou 22 minutos, mas como ela tinha uma bonificação de 10 minutos da comissão, devido ao atraso para compor o palanque dos jurados, então, ela passou a ter somente 12 minutos de atraso. O regulamento faculta também uma tolerância de mais cinco minutos, sem perda de tempo, passou para sete minutos de atraso. Ainda, enquanto a escola estava para sair, o DJ Rei soltou o som na avenida. E, enquanto fomos pedir para desligar o som, perdemos mais cinco minutos, entre vir da entrada da passarela até chegar à cabine do DJ, para desligar o som. Assim, eles perderam só dois minutos, portanto, quatro pontos. Tinham 276 e passaram para 272 pontos, empatando com a 13 de Maio, que por ter uma bateria melhor, foi a vice-campeã”, explicou, sem convencer nenhum dos diretores da Beija-Flor.
O argumento dos diretores é que o atraso da comissão organizadora em compor o palanque de jurados, ficar falando biografia de jurados, é sinal de desorganização. “Essa história de que ligaram o som e levaram cinco minutos para mandar desligar, não me interessa. A Beija-Flor foi sim prejudicada pela comissão organizadora”, repetiu a carnavalesca Meire Idualte, muito revoltada com as contas e justificativas dadas por Polaco..
Quem julgou o quê
Os 21 jurados, 18 escolhidos pelos presidentes das escolas de samba e três pela comissão organizadora, foram distribuídos em três palanques ao longo da passarela. Os presidentes das escolas, no entanto, alegam que desconheciam, quem julgaria o quê .
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