Jornal O Estado do Triângulo - Sacramento
Edição nº 1783- 18 de junho de 2021

Papinha vira a mesa

Segundo Papinha, até a segunda-feira, às 17h00, os partidos de oposição não tinham um candidato ao cargo de presidente da mesa diretora. “Numa reunião, realizada à tarde, decidimos que deveríamos ter um candidato para marcar ponto e o meu nome foi aprovado por unanimidade, porque não aceitávamos a imposição de um nome só. O meu nome foi lançado na undécima hora”, contou Papinha. Mas segundo fonte deste jornal, o 'bote' veio sendo traçado há quase um mês. E nos últimos dias, Luizão Bizinotto, que tinha compromisso com Marcos Jerônimo, o candidato do governo, foi parar em Brasília com Papinha e voltou de lá com novo candidato. Revela Luizão que seu voto seria do Marcos, caso a oposição não tivesse candidato.

Papinha disputou o cargo com Marcos Jerônimo, que tinha como vice-presidente, Bruno Scalon Cordeiro, e José Maria para primeiro Secretário. “O segundo secretário eles não tinham, porque o Hélio da Farmácia já era segundo secretário da mesa e não podia concorrer ao cargo. Fui eleito com cinco votos contra quatro dados a Marcos. Para os demais cargos, tivemos também cinco votos, a maioria absoluta da Câmara. Na chapa de Marcos apenas ele teve votos, os candidatos dos demais cargos não tiveram votos, todos votaram em branco”, conta Papinha, satisfeito com a vitória.

A respeito da reviravolta de Alex Venício Bovi, o presidente eleito que tudo aconteceu por falta de maturidade política. “O Alex errou no início, era inexperiente, imaturo, acreditou nas promessas feitas e que não foram cumpridas. Hoje é outra pessoa, é um sujeito que sabe o que fazer, ou seja, descobriu o que é a política, não tememos outra debandada por parte dele. É uma pessoa séria, que levou umas boas rasteiras”, explicou.

Os projetos de Papinha para 2007/2008

Para Papinha, a sua eleição não tem o objetivo de atravancar o trabalho do Executivo. “Nosso projeto visa uma maior fiscalização dos atos e recursos públicos, pois como mesa diretora temos mais acesso às informações. Seremos mais atuantes na execução do orçamento. Queremos ter uma maior participação, porque os recursos aprovados não estão sendo liberados a contento, exemplo disso, são os recursos das entidades, que não receberam nem 15% dos valores consignados no orçamento passado. Mas é preciso ressaltar que a nossa oposição não será ferrenha, cega, prejudicial, não vamos entravar as ações do Executivo, muito pelo contrário, queremos ajudar. Uma oposição quando é bem feita é saudável. O vereador não é simplesmente um despachante, seu dever criar leis, fazer leis, fiscalizar, é para ajudar o prefeito a governar”, concluiu Papinha.