Jornal O Estado do Triângulo - Sacramento
Edição nº 1783- 18 de junho de 2021

O desafio democrático faz mulheres do século XXI

por Ivone Regina Silva

A mulher encontra-se atualmente diante de grandes desafios.
Sem perder sua tradicional personalidade de educadora, rainha do lar e de esteio da família, ela se viu de repente, lançada num mundo globalizado, tendo que trabalhar fora e vencer o machismo, a discriminação e o revanchismo.

Muitas mulheres sucumbiram-se à vergonha, ao abandono, à exclusão, mas não abandonaram o sonho de liberdade. Lutaram em favor de outras gerações e conquistaram espaços antes reservados
somente ao sexo masculino.

De esposa e mãe, tornaram-se dentre outras, empresárias, médicas, políticas, psicólogas, professoras na escola da vida.

Em todo o mundo elas festejam conquistas, avaliam recuos, enfrentam e denunciam a discriminação.

Por isso, neste DIA INTERNACIONAL DA MULHER, prestamos nossa homenagem a cada uma delas, da mais frágil à mais poderosa; da cativante à instigante; da iluminada à misteriosa; da autêntica à dissimulada; da sonhadora à determinada.

Brindamos neste dia à saga, à garra, à esperança e à ternura dessas mulheres notáveis de todos os tempos...

Mulheres que nos deram a luz para ver o mundo e entrever suas metáforas.

Mulheres que nos ensinaram a andar, nos mostrando os perigos do trajeto.

Mulheres que enfeitaram o mundo e nos deram a alegria de viver.

Mulheres que nos doaram o sagrado dom da vida e que merecem o preito da admiração, da gratidão e do amor infinito.

Por tudo isto somos vitoriosas!

Mesmo despencando de avalanches, aprendemos sozinhas ou apoiadas nos erros das outras ou até mesmo nas próprias escolhas equivocadas, que não podíamos recuar diante dos desafios, da aventura de buscar o caminho da realização pessoal e profissional.

Porém, apesar de todas essas conquistas, ainda vigoram padrões, valores e atitudes discriminatórias no universo masculino, reafirmando a cada dia a luta pela igualdade de direitos e resgate de nossa cidadania.

Daí, a necessidade do diálogo permanente, de uma ação educativa eficiente e da criação de instrumentos e dispositivos legais que garantam uma convivência cada vez mais respeitosa entre homens e mulheres. Pois o resgate da felicidade como valor fundamental da existência humana, nos encaminha necessariamente para a melhoria de nossas relações, sejam afetivas ou profissionais.

Só assim, poderemos comemorar o Dia Internacional da Mulher,
com a vitória de nossa verdadeira independência.

(*) Ivone Regina Silva é advogada e Conselheira da OAB de Sacramento