Moradores reclamam da falta d’água no Alto da Santa Cruz e P. Socorro

Vários moradores de parte do bairro de Na. Sra. do Perpétuo Socorro, especificamente das ruas Salomão Jacob, Argila, José Borges, Paulo Cervato I, Paulo Cervato II e Alto Santa Cruz procuraram o jornal para denunciar a falta d' água nas torneiras. “Falta água demais, principalmente nos finais de semana. As mulheres trabalham a semana inteira, quando chega o final de semana que vão limpar casa, lavar roupas não tem água. A partir da sexta-feira, a água começa a faltar. A gente liga no SAAE, eles dizem que vão olhar, outros dizem que só nós estamos reclamando, dizem que o povo está usando muita água”, dizem os moradores, cada um dando uma resposta.

Outro morador vai mais longe. “Em casa tinha uma caixa de 500 litros, coloquei outra, porque é muita gente em casa. Chega no final de semana não tem água. Vai tomar banho, não tem água, vai lavar roupa, não tem água. Ela falta na parte da tarde e nos finais de semana. Tem dia que acaba à tarde e só chega água à noite. Toda vida tivemos esse problema aqui, mas antes não faltava tanto, agora piorou. A gente reclama e não adianta, mas a conta não falta, todo mês está na porta”, denuncia e acrescenta. “Tem uma reservatório no Alto da Santa Cruz, mas não sabemos se ele ficou pequeno por conta do aumento da população e  a gente vai lá reclamar, eles falam que vão ver o que está acontecendo, dizem que vão  solucionar e nada”.

Outro morador do bairro,  há mais de 40 anos conta: “Quando mudei pra cá não existia água do SAAE, depois puseram a água,  pensamos que ia ficar bom e nada. Abre a torneira é só chiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii, só tem vento e a conta vem todo mês. Esse ar, com a torneia aberta, faz rodar o hidrômetro e a gente paga sem consumir”.

Um outro morador, mostrando uma carta, em resposta ao vereador Aristocles Borges da Matta, o Papinha, do governo anterior, que defendia os moradores, disse que o responsável pelo SAAE disse que os moradores estavam mentindo. “Já fomos chamados de mentirosos, eles garantiam que não faltava água, desde aquele tempo. E continua do mesmo jeito, sem água. Hoje, o pessoal do SAAE alega que falta água por causa da seca, mas nas chuvas falta água também”, denuncia.

Uma dona de casa lamenta a falta d'água para fazer  a limpeza da casa, das roupas, chega visita e não tem água. “Em 2006, chegaram a falar que era mentira nossa e que quem reclamava da falta de água é porque não tinha reservatório. Como, se todas as casa têm reservatório de 500 litros? E o problema agrava no final de semana, principalmente quando é prolongado”.

Consumo humano é de 150 l por dia

De acordo com outro morador, dados técnicos apontam que o  consumo médio da água é mais ou menos de 150 litros diários por pessoa. Já veio na minha conta 33 mil litros e somos  a mulher e eu. Não sei onde está essa água, porque mal dá pra encher a caixa”, reclama, e diz mais, mostrando um 'folder' de campanha do deputado Nárcio Rodrigues.

 “- Na campanha de 2006, o deputado Nárcio mostrou a foto de um reservatório construído na cidade, cuja verba ele viabilizou, de 1 milhão de litros. Se foi construído eu não sei, mas consta que foi. Se a cidade tivesse 30 mil habitantes, seriam mais de 33 litros d' água por dia por habitante. Se a cidade tiver 8 mil casas, serão 125 litros d´água pra cada casa. Temos um reservatório aqui no bairro, dizem que é de 50 mil. Quantas casas há no bairro? Se tem tantos reservatórios na cidade como falam, por que falta água?

Informado por e-mail, o diretor do SAAE, Osny Zago, prometeu uma resposta para a próxima edição.