Marinho volta ao Clube onde fez o 1º gol, em 1951

Mário Afonso de Almeida, o, Marinho, 75, é o autor do gol número 1 do CAS, marcado há 55 anos, na inauguração do estádio Dr. João Cordeiro. Atribui a façanha à sorte, mas emenda, “o time era muito bom, muito bem treinado”, recordando-se da escalação: Japão, Laurinho, Negrinho, Ronaldo, Jezebel, Tonho, Donaldo, Eriberto, Chuca (Walter), João Alfredo, eu, no meio de campo e Quinzinho. O treinador era o Armelindo Tomás. Do banco, lembra-se de alguns nomes Inácio Loyola, o Zé Sapateiro, Heriberto, Aresqui e Brigagão.

“Fiz o gol aos 25 minutos do segundo tempo, contra Patrocínio. Os dois times eram bons, mas ganhamos com um único gol. ... Eu toquei a bola ao Heriberto que chutou e não deu,. Na rebatida,entrei e tive a sorte de fazer o gol”, conta Marinho.

A bola e a chuteira de número 38 estão até hoje guardadas no Clube, a espera de um museu para guardar a relíquia. O presidente Robim garante que vão ter tudo isso junto com os troféus num stand. “Eu dei pra eles a chuteira. Naquela época eram muito boas, com travas duras , mas tudo de couro e sola. Eram muito diferentes. A chuteira é relíquia do clube e para mim é um orgulho ter sido o autor do primeiro gol”, diz.

Marinho jogou no Atlético durante três anos e depois deixou a cidade, residindo aqui e ali em vários estados, como funcionário de banco, desde 1º de março de 1954. Agora, aposentado, retornou às origens. “Voltei para Sacramento em 31 de outubro do ano passado, cheguei aqui de mudança, vou viver meus dias aqui”, diz, torcendo para que Sacramento volte a ter bons times como naquele tempo.

“E esse pessoal é jovem, dá conta de fazer um time bom e o Atlético tem que ser mantido vivo. Foi isso que eu disse aos jogadores, nesse encontro que tive com eles, para celebrar os 55 anos do CAS”, disse Marinho.
Mario Afonso de Almeida é casado com dona Inis há 48 anos e têm duas filhas, Marines Fabiana e Aymê (Carlos) e três netos.