Jornal O Estado do Triângulo - Sacramento
Edição nº 1783- 18 de junho de 2021

Jovens criam ONG na cidade

Um grupo de jovens sacramentanos, cientes de seu papel na sociedade, criou a Ong, Movimento Jovens Solidários' - MJS, uma Ong que tem como objetivo, ajudar aos jovens que "não têm muita força de expressão e opção na sociedade de hoje", conforme explicou o seu primeiro presidente, o jovem Antônio José dos Santos, 23. "O MJS é uma Ong aberta a toda a população, principalmente aos jovens, a quem pretendemos levar um pouco mais de cultura, solidariedade, estar instruindo a respeito de tudo o que ele precisar. E já tivemos êxito, conseguimos que alguns jovens que haviam abandonado as escolas, voltassem aos estudos", disse.
A idéia nasceu dos próprios jovens. "Jovens estão sempre reunidos e nós, um grupo de nove pessoas, buscávamos muitas respostas para muita coisa que a gente vê que precisa ser feita. Começamos a conversar e vimos que realmente havia a necessidade de se fazer alguma coisa e havia o espaço”, explicou Antônio, o Anjinho, que começou a fazer política estudantil como presidente do Grêmio Estudantil ‘Carolina Maria de Jesus’, da Escola Coronel e da União Estudantil.

“Desde aquela época, percebi que havia uma barreira muito grande para acessarmos inclusive as autoridades, mas um coisa que mais nos estimulou é que quando estava na União Estudantil, a casa de uma Auxiliar de Serviços incendiou e fomos chamados a ajudar. Fizemos um movimento e ajudamos a levantar fundos para ajudá-la, lembro que foi muito gratificante", disse mais.
O MJS trabalha com um cadastro de jovens que já conta com mais de 200 adeptos. “O que mostra o quanto o jovem está preocupado”, disse Anjinho. Já Danilo comenta que o jovem tem dificuldade nas relações sociais e o movimento é o espaço para eles poderem reivindicar. "Aqui, eles falam, reivindicam, trocam idéias, é um momento e local onde o jovem encontra alguém para ouvi-lo", disse.

Segundo os diretores, a grande maioria dos jovens que procura a Ong vem das classes de menor poder aquisitivo. "São jovens pobres que têm sonhos, anseios, mas não têm espaço, às vezes nem na família. Muitos deles vêem no grupo uma chance, uma oportunidade de trabalho, de engajamento, por isso o crescimento foi tão grande”, comentou Anjinho.
A Ong, em princípio, funcionaria com reuniões de pequenos grupos, só que o crescimento foi maior que o esperado, para solucionar o problema de falta de espaço e melhor poder atender os jovens, será realizada um reunião, na primeira quinzena de junho (data e local a serem definidos), para dividir os pequenos grupos a serem trabalhados. “Pretendemos trabalhar com grupos de no máximo dez pessoas”, disse mais.

Em busca de apoio

Para implementar o Movimento, os jovens diretores contam com patrocinadores, e doações. "Não temos fins lucrativos, portanto o cadastro dos jovens é gratuito, mas estamos abertos para receber doações e patrocínio. Sem dinheiro a gente não consegue fazer muita coisa, inclusive de profissionais são bem vindos, como voluntários. A nossa divulgação é feita no boca-a-boca, cada jovem que vem aqui, passa para outros a vivência".
Segundo ainda os diretores, há jovens que necessitam inclusive de ajuda material. “Se a família passa por necessidade, o jovem também sofre com esse problema. E pretendemos ajudar as pessoas da comunidade que necessitarem de ajuda", explicou Anjinho, informando que a sede do Movimento funciona na avenida Capitão Borges, nº 140, no centro da cidade, das 8h00 às 18h00.

A diretoria
Presidente Antonio José dos Santos; vice-presidente, Antonio Cassimiro Filho; 1o. p tesoureiro,Danilo Gonçalves Silva; 2o. tesoureiro, Guilherme Karashima; secretários de apoio, Jucelaine Borges Martins e Diego Tomás Jerônimo.