Em entrevista pela Rádio Sacramento, o prefeito Joaquim Rosa Pinheiro recebeu a pergunta de uma ouvinte, questionando por que o Cajuru II parou. Veja, na íntegra, a resposta do prefeito: “A Caixa Econômica também é responsável pelo pagamento das medições. Os pedreiros vêm, constróem, a empresa que ganhou a concorrência está construindo, nós adquirimos o material e estamos construindo também. Agora nós não podemos comprar sem antes receber o que já fizemos.
A medição é feita, a Caixa repassa, a Superintendência de Uberlândia autoriza o pagamento, paga-se essa parte, compra o material pra outra parte e vai fazendo por etapa. É assim que vai proceder. Mas vamos entregar todas as casas, que nós assumimos um compromisso com a população e vamos cumprir. Está indo num ritmo menor? Está num ritmo menor, mas está sendo feito e vamos continuar fazendo as casas”.
Pra quem entende que um pingo é letra, eufemisticamente, o prefeito disse: 'a Caixa não repassa o dinheiro da medição, nós não compramos o material, e não tem como adiantar as obras'. Foi isto que os moradores entenderam e questionam a este jornal, o que realmente está acontecendo. Pela resposta do prefeito, ficou claro, ‘a Caixa não repassa ao dinheiro’.
Caixa repassou 26,65% do valor, de acordo com a medição
Para melhor esclarecer o assunto a respeito dos questionamentos sobre a obra do Cajuru II e as informações dadas pelo prefeito na Rádio, procuramos a Caixa Econômica Federal, agência Sacramento. Conforme informações do gerente Ludson José Machado, a CEF já repassou para as casas do Cajuru II R$ 159.332,91, o equivalente a 26,65% do valor. “O repasse é feito de acordo com a medição. A prefeitura ou a empresa contratadaconstrói, solicita a medição, a Caixa envia o pessoal técnico para a fiscalização e medição e o dinheiro é liberado, no valor do que foi medido”.
Questionado sobre um suposto atraso no repasse e até interdição da obra, Ludson esclareceu que não há atraso no repasse, o que fala é concluir o cronograma. “Há um cronograma para a execução da obra, o que falta é a prefeitura concluir o cronograma e solicitar a medição. E, sobre a interdição, também não há nada, esses comentários são improcedentes”, afirmou.
A respeito de um prazo para a conclusão da obra, Ludson informou que realmente existe um prazo, mas pode ser solicitada prorrogação. “A prefeitura tem prazo até 31 de dezembro para concluir a obra, mas pode também pedir prorrogação. Esse pedido de prorrogação é enviado para a Caixa, mas quem decide se será prorrogada ou não a obra é o Ministério das Cidades, que é o órgão de onde vem o dinheiro. A prorrogação ou não da obra não é competência da Caixa”, afirma.
O valor total da obra do Cajuru II é de R$ 1.846.149,62, com financiamento pago pelo Prefeitura, no valor de R$ 462.068,85 que já está sendo quitado. O valor repassado pelo governo através da Caixa é de R$ 600.037,61 e a contrapartida da prefeitura, no valor de R$ 784.043,16.