Jornal O Estado do Triângulo - Sacramento
Edição nº 1783- 18 de junho de 2021

Hélio da farmácia muda de partido para participar de CPI do prefeito


O vereador Aristocles Borges da Matta, o Papinha (PDT) um dos membros da Comissão que vai trabalhar na Comissão Parlamentar de Inquérito – CPI, que apura irregularidades no atual governo do prefeito Joaquim Rosa Pinheiro, afirmou à imprensa esta semana, depois que o presidente da Câmara, deixou o vereador Luizão de fora da comissão, que os partidos da base do governo fizeram uma jogada. “O que houve foi uma armação” e explica: “Os dois vereadores, José Maria e Hélio, eram do PL quando a CPI foi instaurada, e, possivelmente, num ato de velhacaria, o vereador Helio, desligou-se do PL e filiou-se no PP, justamente para que ele pudesse participar da CPI. Como a comissão é formada só de cinco membros, o presidente Bruno deixou o Luizão de fora”, criticou.

Entenda a armação

Quando a CPI foi requerida, em 17 de abril último, pelos vereadores Papinha, Fofão e Singnoreli, o presidente da Câmara, Bruno Scalon Cordeiro, indeferiu, ilegalmente, o pedido e engavetou o pedido. Os três vereadores impetraram um mandado de segurança e ganharam. Em agosto último, o juiz da comarca, Alaor Melo Jr. ordenou que a CPI fosse instalada, formando-se a comissão de acordo com a representação partidária na época do requerimento. Ou seja, um vereador de cada partido. Em abril era essa a composição: PDT, 2: Papinha e Singnoreli; PFL, 2: Bruno e Marcos; PL, 2: Hélio e José Maria; PMDB, 1: Luizão; PSDB, 1, Fofão; e Alex, sem partido. E assim ficou a comissão: Papinha (relator), Marcos, José Maria, Luizão e Fofão.

“Nesse espaço, num ato de esperteza, o vereador Hélio desfiliou-se do PL e filiou-se ao PP, o partido do Marcão Pires, que deixou a casa para ocupar o cargo de superintendente dos Esportes. Ora, ao invés de o presidente Bruno manter a composição da comissão proporcional à representatividade de abril, deixou o Luizão de fora e nomeou o Hélio. Quer dizer, o Luizão perdeu a vaga para um vereador da mesma coligação que elegeu o prefeito”, explicou Papinha.
“O mandado de segurança é um instrumento jurídico que visa assegurar o direito da pessoa, quando se sente ferida. É uma ação rápida, que resolve a questão a contento, é um processo de rito sumaríssimo, em que a autoridade judiciária tem que dar a decisão do que foi pedido”, explicou mais Papinha, salietando que o vereador Luiz Constantino Bizinoto viu o seu direito de participar da CPI, instaurada contra a atual administração.

O pedido de mandado de segurança foi protocolado no dia 31 de outubro e os vereadores de oposição estão esperançosos. “Acreditamos que o juiz não vai se furtar a reintegrá-lo num direito liquido e certo que o vereador Luizão tem, mesmo porque a Justiça é imparcial, não tem interesse político nenhum e sempre decidiu em favor do estado de direito, que no caso é o de o vereador Luizão participar da CPI”, explicou Papinha, ao lado do vereador Luizão.