Jornal O Estado do Triângulo - Sacramento
Edição nº 1783- 18 de junho de 2021

Saudades: Fifita Araújo morre em Uberaba

Edição nº 1722 - 10 de abril de 2020

Maria Josephina de Araújo, conhecida entre nós como Fifita, morreu aos 88 anos no último dia 3, no Hospital Escola da UFTM, onde deu entrada no dia anterior, após um desmaio em consequência de um engasgamento. Filha de Manoel Vieira de Araújo e Maria Cesar de Araújo, pais também de Adail de Araújo Borges, Mario Araújo, Aracy de Araújo Castanheira e Gilberto de Araújo. Em virtude da pandemia, não houve velório. O corpo de Fifita foi trasladado de Uberaba para sua terra natal pelos sobrinhos, já direto para o Cemitério São Francisco de Assis, onde foi sepultada.

Fifita deixa um grande número de sobrinhos e amigos e o legado de uma vida bem vivida, conforme relata a sobrinha Patrícia Pavanelli. “Tia Fifita foi exímia dançarina, era frequente nos bailes do Sacramento Clube. Muita trabalhadeira e dedicada naquilo que fazia. Foi manicure, funcionária pública municipal e cabelereira ao lado da Lica e da grande amiga, Mariquinha Borges. Estava sempre pronta a servir.  Durante vários anos foi voluntaria da Paróquia de Na. Sra. do Patrocínio do Santíssimo Sacramento, hoje Basílica, onde preparava com esmero o altar da Matriz para as celebrações e participava também do coral da igreja”, recorda, destacando que Fifita, sempre foi uma pessoa muito autêntica, alegre. “Adorava participar de festas da família, principalmente dos sobrinhos e sobrinhos-netos. Sempre presente em todas as comemorações”.

 Recorda a sobrinha que de repente Fifita foi se vendo impossibilitada, a partir de uma fratura no fêmur, ocorrida em 2014, devido a uma queda. “Foi transferida para Uberaba para se submeter a uma cirurgia. Já com sinais da doença de Alzheimer. A família optou em mantê-la em Uberaba para se submeter a um tratamento e cuidados específicos. Passou esses últimos anos no GERIHOTEL, clínica geriátrica especializada em tratamento de idosos, com Médico Geriatra, Terapeuta Ocupacional, fisioterapeuta e enfermeiros especializados”.  

Ainda de acordo com Patrícia, nos últimos meses a doença avançou e Fifita  teve um engasgo no último dia 2, quando tomava uma sopa e desfaleceu. “O SAMU foi acionado e conseguiu reanimá-la. Ela foi levada para a emergência no Hospital Escola, mas veio a óbito às 8h do dia 03 de abril.  Fifita deixou um grande vazio na vida dos familiares e dos amigos...”.

 

Homenagens...

“Fifita e eu firmamos uma amizade fraterna que perdurou por 35 anos, no salão que mantivemos em sua casa. Eu como cabeleireira, ela manicure. Era muito amorosa com sua família. Nos finais de semana,  ela dizia que ficava torcendo para chegar a segunda-feira pra me encontrar. Um dia ela chegou muito alegre, dizendo que o Pe. Levi a convidara para ser voluntária da Igreja e assim foi por muitos anos. Ela passou a se dedicar de corpo e alma, foi muito bom para ela. A perda dos irmãos, Adail, Nenzinha e Gilberto a pôs muito deprimida até que foi obrigada a ir para Uberaba por problemas de saúde. Para mim foi como perder outra irmã. Deixa um grande vazio e muita saudade”, comentou Mariquinha Borges.
“Hoje me despeço de uma grande amiga, que viveu verdadeiramente seu Batismo. Conheci-a há 19 anos,  quando comecei a trabalhar na igreja como voluntário. Lá estava ela com sua marca, seu batom e seu cabelo impecáveis. O carinho que tinha com as toalhas do altar, que media milimetricamente para não ficar fora. Ao lado de sua amiga Irene Mendes cuidava com carinho peculiar das flores que enfeitavam Nossa Senhora do Patrocínio e o Sacrário. Assentava-se sempre no primeiro banco para participar da missa e não perdia nada com seu olhar atento.  No coral sempre ocupou o primeiro banco e  por vários anos emprestou sua voz para louvar e adorar o Senhor... homenageou o amigo Luiz Alberto,  ao ser sepultada.