Jornal O Estado do Triângulo - Sacramento
Edição nº 1783- 18 de junho de 2021

Saudades...

Edição nº 1713 - 7 de Fevereiro de 2020

O produtor rural Fausto Rodrigues Scalon morreu aos 56 anos, no dia 1º de fevereiro, no Hospital Regional de Uberaba, onde estava internado há alguns dias. Seu corpo foi trasladado para Sacramento, onde foi velado e sepultado no Cemitério São Francisco de Assis, no dia seguinte, após as exéquias proferidas pelo diácono Marcos Vinícius. De acordo com a cunhada Sônia, monsenhor Walmir Ribeiro, ex-pároco da paróquia Basílica, hoje radicado em Uberaba, deu-lhe a Unção dos Enfermos no hospital a pedido da família.

Falando de Fausto, uma pessoa muito conhecida na cidade, Sônia reconhece que foi uma grande perda. “Fausto era uma das pessoas mais simples que se possa imaginar, corretíssimo com suas coisas. Não deixou nada pendente. Uma pessoa do bem, sem jamais fazer mal a alguém. Tinha poucos amigos, porque era muito introspectivo, mas gostava muito de viajar. Apesar de sua solidão, como todos nós, tinha sonhos. Estava  programando uma viagem para este começo de ano para praia, e no final do ano pretendia ir à Europa. Demos o maior apoio e ele estava animado. Fausto era também muito família. Gostava muito dos irmãos, estava sempre presente. Revela e recorda de uma festa surpresa que lhe foi oferecida pela família no ano passado. Foi seu último aniversário e ele estava muito feliz”.

Solteiro, Fausto era bacharel em Direito, mas nunca chegou a exercer a profissão. Era um fazendeiro e residia feliz na casa dos pais, até que foi despejado de sua casa contra a vontade de seus irmãos por questões judiciais ligadas à herança, o que muito o magoou e o fez sofrer. 

“A partir daí ele se abateu, ficou muito triste, porque ali era o porto seguro dele. Perdeu mãe, pai e depois a moradia..., mas não quero falar desse assunto.... Só sei que ele não merecia”, diz mais a cunhada. 

  De acordo com o irmão Humberto Scalon, Fausto era uma pessoa que se relacionava muito bem com os irmãos, e o relacionamento se aprofundou mais depois da perda dos pais. “Eu ia à casa dele, a mesma casa onde sempre morou com nossos pais, quase todos os dias. Eu ia eventualmente pra fazenda com ele pra dar até uma sustentação moral. O carinho de um irmão, estar presente, porque ele morava sozinho, além de viver também todos aqueles problemas familiares por causa de herança.  

Mas ultimamente ele estava tranquilo, porque tinha um coração muito bom, tinha um respeito muito grande pelo outro. Não era muito religioso, mas acho que a bondade dele superava tudo. Os diaristas da fazenda gostavam muito dele. Eles estão sentindo a perda. Estiveram no velório e a gente viu que eles choraram como se ele fosse um irmão...  

Para mim foi uma perda imensa, nossa proximidade era muito grande. Estou sentindo muito e não sei até quando vou sentir. A gente não esperava isso..., mas Deus chamou...”, finalizou com os olhos em lágrimas. 

Fausto era o filho caçula dos saudosos Alcebíades Scalon e Laura Rodrigues Scalon.

A missa de 7º dia será celebrada neste sábado, às 19h, na Igreja de Santo Antônio.