Massao, um homem de bem
Milton Massao Nakamura morreu aos 75 anos, nessa terça-feira 15, em Ribeirão Preto (SP), de falência múltipla de órgãos, decorrente ao Mal de Parkinson que o acometia há alguns anos. De acordo com as filhas, Milton estava em casa quando passou mal. “Chamamos o Samu e ele foi levado para o pronto atendimento, mas não tinha o que fazer, era a hora de ele ir... Ele esperou mamãe chegar e quando ela terminou de rezar o terço e rezar a Salve Rainha, ele se foi”, narra a filha Cínthia, que deixou São Paulo para vir morar com a família em Ribeirão para dar o apoio necessário.
Milton, natural de Registro (SP) foi jovem para São Paulo para trabalhar no Ceasa, onde permaneceu grande parte de sua vida. Na capital, conheceu a esposa Vera Gobbo, de Sacramento, com quem se casou e teve três filhas, Cinthia, Carla e Camila (Bruno). Deixou duas netas, filhas de Camila.
Anos depois, decidem vir morar em Sacramento. Miltom, por sua vez, como filho de pais japoneses, decide trabalhar no Japão, onde permaneceu alguns anos, até sua aposentadoria, quando retorna de vez para Sacramento, dedicando-se à família. Esposo devotado ao amor de Vera, pai que só demonstrou amor às filhas, e avô carinhoso. Um homem de bem com todos, voz mansa e tranquilo. Deixa, sem dúvida, muita saudade.
Dela guardamos sua doçura e seu sorriso
A professora aposentada Cândida Silveira Jancso 76 morreu na manhã dessa terça-feira 15, em Uberaba, onde foi encaminhada no dia anterior depois de uma parada respiratória, após sofrer uma queda em sua casa. Seu corpo foi trasladado para Sacramento e velado no Velório Mauricio Bonatti por familiares e amigos. Após receber orações no ritual espírita, foi sepultada no Cemitério São Francisco de Assis.
Cândinha deixa o marido Zolt Jancsco, de saudosa memória, e três filhos, Erika, Zolt Jr e Franz, quatro netos e uma bisneta, deixando, sobretudo, um grande legado de trabalho como professora na rede estadual e, também, na filantropia. Sua vida foi um grande exemplo, de esposa, mãe, avó e amiga.
Sacramentana, Cândida, logo que se formou como professora no Curso Normal (Magistério) na hoje EE Cel. José Afonso de Ameida, iniciou sua vida profissional em 1960, na EE Barão da Rifaina. Dez anos depois mudou-se para o Rio de Janeiro, onde conheceu Zolt Jancso, com quem se casou em 8/2/1974. Em 1982, com os filhos ainda pequenos, a família retorna a Sacramento e Candinha ao Magistério, na Escola Eurípedes Barsanulfo, onde trabalhou até aposentar-se. Deixou também seu trabalho na rede municipal de ensino até 2008.
A partir dessa data, leitora assídua, a Profa. Cândida aprofundou-se nos estudos do Espiritismo e ao trabalho na Casa do Pão, ajudando e orientando gestantes, revelando-se uma abnegada 'enfermeira de plantão', sempre acudindo as necessidades de seus irmãos. Para a família, marido, filhos noras e netos era toda dedicação e conforto, o ombro amigo e amoroso em todos os momentos.
De repente, Candinha partiu. Deixa um profundo vazio na vida de todos, que mesmo com a dor da perda e da ausência, guardam os seus exemplos, sua doçura, seu sorriso contagiante, que farão com que ela permaneça viva nos corações de todos.
Um legado de amor à vida e à fé
A jovem advogada, Nathaliani Pacheco Cerchi Gobbo (Nati), morreu na manhã dessa quarta-feira 16, no Hospital São Domingos, em Uberaba onde estava internada para tratamento de um câncer raro descoberto há 13 anos. Seu corpo foi trasladado para Sacramento e velado no Velório Maurício Bonatti por familiares e um grande número de amigos, que conquistou ao longo de sua jornada de 39 anos de vida. Após as exéquias proferidas pelo Pe. Carlos Alexandre, seu corpo foi sepultado no Cemitério São Francisco de Assis, às 17h30.
Nati deixa os pais Leonardo Cerchi e Marta Helena Pacheco Cerchi, os irmãos Nédio e Nicielle, tios, sobrinhos, amigos e o marido, Danillo Gobbo, que esteve junto dela em todos os momentos. Mas, mais que isso, deixa para todos um grande legado de fé, de força e de luta.
Nascida em 9 de maio de 1983, no bairro do Rosário, Nati estudou nas escolas Barão da Rifaina e Coronel José Afonso de Almeida, onde concluiu o ensino médio, aos 17 anos, conciliando estudo e trabalho nas empresas Padaria Cerchi, de propriedade da família, e Contabilidade Modelo. Formou-se em Direito pela Uniube e, logo depois, casou-se em 6/1/2006, aos 22 anos, com o grande amor de sua vida, Danillo Gobbo.
Aos 26 anos descobriu um tipo raro de câncer (rabidomiossarcoma) que ataca as partes moles do pulso direito. Iniciou o tratamento em Barretos no ano de 2010, conciliando o tratamento e o trabalho. Aprovada no exame da OAB, exerceu a advocacia tendo como sua grande inspiradora a tia e madrinha, Dora Cerchi. Em 2014, construiu sua casa no Jardim Alvorada e dois anos depois ingressou no ramo imobiliário. Credenciada como Corretora de Imóveis, assumiu o cargo de delegada do CRECI-MG e fundou na cidade a empresa Cerchi Corretora de Imóveis.
Entre quimioterapias, radioterapias e intercorrências do tratamento, Nati nunca deixou de trabalhar e viver em plenitude rodeada por um grande círculo de amigos. Viveu empreendendo e multiplicando os dons recebidos por Deus, buscando nas missas dominicais, sempre ao lado da mãe, Marta, e da tia Sony força para continuar sua luta. Foi sempre uma guerreira, buscou tratamento nos hospitais Hélio Angotti (Uberaba) e Sírio Libanês (São Paulo). Mesmo depois de ter amputado parte do braço em setembro de 2017, reinventou-se e continuou sua vida profissional e pessoal apesar das dificuldades encontradas.
Em virtude dos tratamentos de quimioterapia não teve filhos, dedicou seu amor ao marido, aos familiares e amigos. Foi e é inspiração para todos que a conheceram pela sua forma prática de viver, com muita positividade, fé e garra. Destemida, estava a frente de tudo, poupando os que amava.
O amor à vida e aos pais a levaram longe na luta contra a doença. Foi onde a medicina não acreditava, alcançou maturidade espiritual mostrando-se generosa na luta diária contra a doença. E encontrou apoio e conforto na comunidade católica com os grupos de orações e no amor incondicional de seus animais de estimação, Poá e Baruc.
A fé e determinação em vencer a doença fizeram de Nathaliani uma verdadeira Guerreira. Ensinou muito, principalmente, o amor pela vida e a fé. Sua história vai viver servindo de inspiração para todos.
Lucy de Souza, a ‘menina’ querida da Apae
Quem não se lembra da Lucy na Apae esbanjando seu largo sorriso, sem nenhum constrangimento da falta dos dentes incisivos. Conversadeira, de fala meio enrolada, mas sempre um doce de criança, nos seus mais de 50 anos. Quem não se lembra de Lucy distribuindo à entrada da Igreja os folhetos de missa. Quem não se lembra da doce Lucy nas festas da Apae, nas reuniões do salão... “Sua passagem pela instituição deixou marcas e saudades, sempre alegre, conversadeira”, recordou a secretária Mara Cordeiro ao levantar seus dados para o ET.
Filha de Edson Teixeira de Souza e Maria da Dores de Souza, Lucy matriculou-se na Apae em 16 de fevereiro de 1989 e deixou a entidade em 2017, devido a problemas de saúde. Em setembro de 2018 passou a morar no Lar São Vicente de Paulo, onde chegou acamada, passando depois a cadeirante.
O ET buscou informações junto ao Lar com uma das funcionárias que, pedindo para não publicar seu nome, justificou que não podia passar o quadro clínico da paciente, nem o que a levou a ser internada, na quinta-feira da semana passada. Também não revelou a causa da morte, mas que “esse dado consta no Atestado de Óbito”.
Sem dar detalhes, informou que Lucy recebeu um tratamento normal. “Não fazemos distinção no tratamento, aqui todos são iguais. Ela recebeu um tratamento normal, aqui todo mundo é querido, uma família”, disse, informando que os funcionários estiveram em seu velório.
Lucy foi sepultada na manhã dessa quinta-feira, no Cemitério São Francisco de Assis, após as exéquias proferidas por Pe. Carlos Alexandre.