A diretora da EE Cel. José Afonso de Almeida, Mônica Vieira Almeida, foi a única diretora na cidade a não recandidatar-se ao cargo e a partir da nomeação, nessa segunda-feira 1º e a posse na 39ª SRE, do novo diretor eleito, Uriel Sólon Amarante Júnior, Mônica aposenta-se como servidora pública da Educação, como professora e diretora nos últimos 7,5 anos.
Falando ao ET sobre essa trajetória, inicia citando a Escola Eurípedes Barsanulfo como seu “berço profissional”, deixando registrados os nomes de duas pessoas: “digo que são as mães da minha profissão, dona Vera Silva e Diva Palhares, que me deram o suporte, a sustentação, regaram-me de muitos conhecimentos e isso para mim foi o marco de minha vida como professora”. Aprovada em concurso, ingressou na EE Cel. José Afonso de Almeida onde se aposentou.
E como diretora sainte, Mônica avalia a sua gestão e suas maiores conquistas no período, reconhecendo que teve “ganhos, erros e acertos... Tivemos avanços significativos nas questões pedagógicas com a participação e apoio dos professores, desenvolvendo projetos, realmente, de grande valor pedagógico, valores muito significativos que fizeram a diferença na vida de nossos alunos”, destaca, ressaltando também as melhorias físicas.
“- Procuramos manter o espaço o mais limpo e organizado possível, sempre com pequenos reparos, mesmo em períodos de dificuldades financeiras, tentamos reconstruir aquilo que realmente era necessário. Mas o grande marco, foi conseguir, depois de muita luta, uma verba emergencial para a reforma da parte mais antiga da Escola, que estava em condições muito precárias, cuja reforma era um sonho há muito sonhado pelos diretores, que nos antecederam. E foi uma obra extremamente abençoada e importante”, avalia, acrescentando que novas melhorias estão previstas, já com documentação assinada, para a troca do telhado e rede elétrica do bloco central e a construção de três rampas de acessibilidade.
Mas para Mônica, o que faz de fato a diferença na profissão é a relação com as pessoas, no caso, a comunidade escolar. “Sempre fiquei encantada com a comunidade escolar, que sempre nos deu uma resposta positiva naquilo que precisamos. De um modo geral, eu sentia uma comunidade muito participativa”, reconheceu, agradecendo, especialmente aos alunos, pais e, especialmente, os professores.
“Nunca vi, enxerguei o professor, apesar da falta de valorização, enquanto profissional. Eu que sou professora (estive diretora), nunca vi o trabalho do professor como uma mercadoria. Estou saindo da escola, aposentando-me, mas carregando o ideal de que dias melhores virão”, profetiza, defendendo “o resgate da educação, porque ela é a base da sociedade (...) e só através disso é que vamos também melhorar o desempenho dos nossos alunos. Isso é consequência, e vou ficar sempre aguardando por essa melhoria”, espera.
A professora crê que se deve valorizar mais as questões positivas, promissoras, do que as negativas. “É preciso focar naquilo que a sociedade tem a oferecer de bom, sobretudo os jovens, naquilo que ele tem de bom”.
Mônica combateu o bom combate, fez um papel brilhante e guardou a fé, principalmente... e o que a move é o amor pela educação, pelos outros. “Durante esse tempo todo, as palavras que a movem, diz, é a gratidão e o amor que sente por tudo que fez, desde o início de sua carreira.
“Em cada etapa que passei o amor esteve sempre me movendo, porque a educação não é uma profissão qualquer, ela exige algo a mais, empenho, dedicação, entrega. Já estou aposentada nos dois cargos e se Deus quiser, numa nova fase que se inicia, que eu possa continuar sendo produtiva nas novas oportunidades que surgirão, e que eu tenha, realmente, condições de levar o bem e a luz ás pessoas que estiverem à minha volta”, diz mais, afirmando que esse é seu objetivo.
Professora Mônica é filha dos saudosos Franklin Vieira e Auta Ferreira Vieira, pais também de Efigênia (falecida) e Sandra (Hélio). Mônica é casa com Vânio Almeida, pais de Ana Flávia (Samuel) e Ana Júlia, que conforme revela, lhe dão sustentação.