Egna Dulce Sabino Batista (foto), morreu às 5h30 da manhã do dia 8 de setembro, aos 59 anos, no Hospital Universitário Mário Palmério, onde estava internada há três meses, lutando contra uma doença denominada Mielo Displasia. “Desde agosto mamãe estava internada, passando em casa apenas o dia de seu aniversário, 12 de agosto. A medula parou de produzir corretamente as células do sangue. Ela precisava de um transplante de medula óssea, mas infelizmente não foi possível encontrar um doador compatível no Banco de Medula Nacional e Internacional. Em junho último, a doença evoluiu para leucemia mielóide aguda, muito agressiva ao corpo e ela apesar de tanta luta, não conseguiu vencer esta fase”, lamentam as filhas, Mônica e Tânia.
O corpo de Egna foi trasladado para Sacramento e velado por familiares, amigos e conhecidos e foi sepultada logo após as exéquias proferidas pelo amigo da família, Pe. Vanildo Massaro Brito.
Sacramentana, Egna passou boa parte de sua vida na fazenda Bom Jardim, na região de Jaguarinha. Era uma mulher muito ativa e participativa na parte religiosa da comunidade, como catequista, ajudante nas festas e voluntária da Igreja, sempre com muito entusiasmo e dedicação.
Em 1993, a família se mudou para Sacramento e aqui, Egna trabalhou por alguns anos na Vela Minas junto com marido e as filhas. Conforme a família, sua caminhada foi marcada pela dignidade, honestidade, comprometimento, força, muita fé, otimismo e coragem. Fazia tudo com muito amor e habilidade, como por exemplo, cozinhar, fazer quitandas e a preferida era o pão de queijo.
Lembram mais as filhas que sua mãe tinha paixão por flores e fazia arranjos de forma admirável. “Foi uma excelente esposa, mãe e avó, cuidadosa e companheira, como mãe foi uma grande educadora, sempre muito exigente, mas grande companheira e amiga. Deixou-nos uma grande lição, a de que jamais devemos desistir diante das dificuldades da vida e de termos sempre muita fé. Hoje fica uma saudade muito grande, um vazio enorme que só Deus pode nos dar forças para superar tão grande perda”, reconhecem.
Odo José Alves
O trabalhador braçal, Odo José Alves morreu dia 2 de agosto aos 67 anos, no Hospital Hélio Angotti, vítima de câncer. Conhecido na cidade pelo peculiar trabalho que realizava, especialmente na perfuração de valetas com picareta e pá, Odo descobriu tarde sua doença.
Segundo uma sobrinha, como Odo era uma pessoa muito reservada, ela só veio saber de sua doença em junho, através de uma amiga com quem ele trabalhava como voluntário. “Ela já havia feito todo encaminhamento junto à Secretaria de Saúde de Sacramento para o Hospital Hélio Angotti. Em Uberaba eu pude acompanhar seu doloroso tratamento desde o dia 24 de julho, quando foi internado até às 00h50 do dia 2 de agosto, quando veio à falecer”, conta.
Odo era um dos filhos do saudoso, Ariovaldo Alves Borges (uma das vítimas do 'Pauladinha', em 1980) e Amélia Alvina de Jesus Borges. Nasceu e viveu em Sacramento, onde fez os estudos na Escola Coronel e o Curso Técnico de Química em Uberaba. Após um acidente automobilístico, em 1982, ficou impossibilitado de continuar seus estudos e aposentou-se por invalidez. Depois da morte de sua mãe, passou a realizar trabalho voluntário, mas realizava também trabalho braçal perfurando valetas para passagem de rede de esgoto”, resume a sobrinha, revelando também que, apesar de reservado, era querido por todos.
“Tio Odo era uma pessoa simples, pessoa de pouca conversa, muito reservado. Depois da morte da vovó, ele não dava abertura para aproximação, foi se fechando no mundo dele, isso fazia parte de sua personalidade, gostava de viver sozinho, mas era querido pelos vizinhos e as pessoas com quem se relacionava”, conclui.