Tielão morre em acidente na rodovia SP 425
O Prof. Marcelo Alves Vieira (Tielão), funcionário de uma empresa de transportes que serve o aeroporto de Presidente Prudente (SP) morreu aos 39 anos, na noite do último domingo 8, após ser atropelado por dois veículos no km 455 da Rodovia Assis Chateaubriand (SP-425), naquela cidade.
De acordo com as notícias veiculadas pela imprensa regional, Marcelo transitava pela pista sul da rodovia, quando perdeu o controle da direção de sua moto Honda CG 150 Titan, foi arremessado para a pista contrária e acabou sendo atropelado por dois veículos que trafegavam pela rodovia. O motorista de um dos veículos que atropelou Marcelo permaneceu no local do acidente. Um terceiro veículo que também passava pelo local conseguiu desviar, mas Marcelo morreu no local, segundo as notícias.
O fato foi registrado na Delegacia Participativa da Polícia Civil de Presidente Prudente como homicídio culposo (aquele em que o autor não tem intenção de cometê-lo) na direção de veículo automotor.
O corpo de Marcelo foi trasladado para Sacramento, onde chegou por volta das 20h, da segunda-feira 9 e foi sepultado por volta das 21h, sob forte comoção popular, logo após as exéquias proferidas pelas irmãs Mensageiras do Amor Divino.
Marcelo deixa a esposa Adriana Morlin Araujo Vieira e o filho Pedro Henrique de três anos e meio, os pais Maurício Vieira e Eulália Alves Vieira, os irmãos Carlos Maurício e Rogério, demais familiares e um grande número de amigos e conhecidos que estiveram no velório para prestar suas homenagens de solidariedade às famílias.
O professor estava em Presidente Prudente há três semana
Professor de Educação Física, formado pela Unifran, de acordo com os pais, Maurício e Eulália, Marcelo trabalhava como professor em Uberaba, nas redes municipal e estadual, mas preferiu se mudar para Presidente Prudente, porque surgiu a oportunidade de trabalhar com o concunhado Alex, proprietário de uma empresa de transporte de malotes para aeroportos.
“- Nosso filho recebeu uma proposta muito boa, ele estava muito feliz com grandes expectativas. Estava lá há três semanas apenas. Essa semana ele estaria em São Paulo. Ele veio no feriado da Semana Santa buscar a mudança, suas roupas e levou também a moto, porque iria precisar dela lá. Chegou na sexta-feira e foi embora no domingo. A mulher dele, Adriana, que trabalha no SENAI, só iria com o filho no meio do ano”, relatam.
De acordo com Maurício, naquela tarde o filho assistiu ao jogo do Corinthians, numa praça com um grupo de torcedores da Fiel da cidade. “Antes do jogo, ele mandou mensagem e foto para seu primo Bruno, informando que estava com a Fiel. Acabou o jogo, ele estava indo para as dependências do aeroporto onde ficava, iria descansar, porque sairia cedo pra São Paulo. E foi quando aconteceu o acidente, a moto ficou praticamente intacta, mas ele voou para a pista contrária...”.
Os pais ficaram sabendo da fatalidade por volta das 22h. “Já estávamos deitados quando um amigo seu tocou a campainha para trazer a notícia. Interessante que, pessoas da família já sabiam, mas estavam buscando confirmação. E aí... a gente desaba... A gente só acredita porque viu o boletim de ocorrência, os dados, a descrição...”, diz em prantos.
O reconhecimento do corpo foi feito pelo seu patrão para agilizar o traslado por conta da distância, o que angustiou mais a família. “Aí veio a espera. Terrível, pareceu dias. Aconteceu no domingo à noite, no outro dia é que foi arrumar tudo pra liberar o corpo. É muito longe, mais de 600 km e saíram de lá meio-dia e meia. Eles até tentaram um voo para Uberlândia ou Uberaba, mas não havia. Teriam que ir para São Paulo...”.
Marcelo era um lutador e alegria em pessoa
Marcelo é caçula dos três filhos de Maurício e Eulália, fez os estudos nas escolas Barão da Rifaina e Coronel José Afonso de Almeida, onde concluiu o ensino médio. Aos 19 anos foi para São Paulo trabalhar com o Douglas, representante dos Queijos Scala. Depois de dois anos retornou a Sacramento e iniciou os estudos superiores, até se formar em Educação Física pela Unifran. Trabalhou nos projetos educacionais da Prefeitura, no governo Biro, casou-se com a uberabense Adriana e se mudaram para Ribeirão Preto, mas lá não conseguiu nada da área de Educação. Pegou o que apareceu, foi trabalhar numa loja de calçados. De Ribeirão foram para Uberaba, onde ele passou a trabalhar na Prefeitura e numa escola estadual, e só deixou o emprego, porque surgiu essa oportunidade muito boa em Presidente Prudente...”, relatam.
Uma grande característica de Marcelo que fica, era a sua alegria contagiante, constante até no seu olhar e no seu riso aberto. “Marcelo era festeiro, gostava de futebol, de roda de amigos, carnaval, bateria, foi passista de carnaval. Era amigo e conquistava amigos por onde passava. Alguns ex-colegas de faculdade vieram para o velório, pessoas de Uberaba, da escolas onde ele trabalhou. E daqui, foi gente, muita gente para o último adeus. Ele era muito querido”, afirma a mãe Eulália, completando: “Tinha paixão pelo filho e a esposa. Muito bom filho, muito amigo dos irmãos”, destaca e finaliza: “Marcelo gostava de viver e aproveitava a vida com entusiasmo, como se soubesse que ela seria tão curta...”.
Fica a saudade. Para os pais fica o consolo da solidariedade e da presença de tantos amigos e a convicção de que Marcelo era muito querido. Mas, fica, sobretudo, a certeza de que a presença de Deus será o maior consolo...
Maura Palhares de Almeida
Dona Maura Palhares de Almeida (foto) 74 morreu às 23h do último dia 6, no Hospital de Clínicas de Uberaba, devido a complicações cardíacas. Seu corpo foi trasladado para o Velório Maurício Bonatti, em Sacramento, na madrugada do dia seguinte e velada por familiares e um grande número de amigos. Após orações proferidas pelo amigo da família, Marco Aurélio de Almeida e Arinaldo Cassabian foi sepultada às 14h no Cemitério São Francisco de Assis.
Da. Maura, viúva de Reinaldo José de Almeida (Nadico), Da. Maura deixou os seguintes filhos, Carmem Lúcia (José Carlos), Elaine Valéria (Tomé), Maria Madalena (Júnior), Maura Cristina (Agenor), Reinaldo José (Cláudia), Rogério (Nilda) e Luciana Cristina, 8 netos e 3 bisnetos.
Maura Palhares era tida na família e para os amigos como uma grande guerreira, que soube enfrentar com humildade e força as adversidades da vida ao lado do esposo Nadico, que a deixou tão jovem. Viúva, continuou educando e criando os sete filhos, a mais jovens tinha apenas dois anos quando o marido faleceu.
Contam os filhos que “sua beleza e bondade fizeram com que alguns senhores enamorados não resistissem aos seus encantos, no entanto, Maura permaneceu irredutível, sem nunca ao menos trocar olhares com qualquer outro homem. Para ela, seu grande amor havia morrido e levado consigo a chave do seu coração”.
Reconhecidos, os filhos dizem também que “Da. Maura abdicou de viver a sua vida pessoal para viver em prol de seus filhos, fazendo com que todos seguissem o caminho do bem e lhe dessem muito orgulho”.
Maria Leda Ribeiro Scalon
Maria Leda Ribeiro Scalon (foto) morreu no sábado da Aleluia 31, por volta das 19h, na Santa Casa de Misericórdia de Sacramento, aos 92 anos. Viúva de Sérgio Scalon, Leda deixa os filhos Maria Isabel, Maria Leda (falecida), Maria Cristina, Marcos e Túlio, genros, noras netos e bisnetos.
Leda era a segunda filha do ex-prefeito José Ribeiro de Oliveira (Dr. Juca) e Maria Isabel Corazza Ribeiro, tradicional família araxaense que fez a vida em Sacramento a partir do segundo quartel do século passado. Todos muito queridos pela cidade pela amizade ou pelos relevantes serviços prestados à comunidade. Sua 'alma gêmea', Hebe Portela, irmã caçula do clã, falou emocionada sobre a inesquecível Leda.
“- A família morava em Araxá, onde nasceram os meus irmãos. Em 1930 papai resolveu mudar-se para Sacramento, onde eu nasci dois anos depois. Minha irmã Rute morreu aqui, aos nove anos. E nós vivemos, estudamos e crescemos aqui”, conta, e se atém à irmã. “Leda concluiu o ginásio e, como nós todos, foi para o colégio interno, mas passou por diversas escolas, não gostava de estudar, ela queria mesmo era se dedicar às artes da pintura e bordado. Leda gostava de atividades manuais, era uma mulher de seu tempo e do lar, até que, finalmente, foi para Piracicaba (SP), onde fez curso de Economia Doméstica, no Colégio Santa Marcelina”.
Já formada, Leda retorna ao seio familiar. “Muito querida, muito bonita, aqui viveu sua mocidade, recorda Hebe, reportando ao marido da irmã. “Sérgio Scalon era ex-combatente da II Guerra Mundial, acabara de chegar da Itália e era o bonitão da cidade, apaixonaram-se, casaram-se em 1952 e tiveram aqui o primeiro filho, Serginho, que morreu com um ano e meio. Leda e Sérgio, acompanhado pelos irmãos, Sebastião e Tonicão, se mudaram para Arapongas, por ocasião do desmatamento dos pinheirais do norte do Paraná.
De acordo com Hebe, Leda e Sérgio tiveram mais duas filhas naquela estado, Maria Isabel e Maria Leda (falecida). Depois de alguns anos retornam a Sacramento, onde nasceram os outros três filhos, Maria Cristina, Marcos e Túlio. “Reiniciaram aqui as lides rurais, na fazenda Tombador, e dali mais tarde, mudaram-se para Campos Altos, onde adquiriram fazenda e um posto de combustível, às margens da recente BR 262, no município de Campos Altos. Ali era o lugar das férias da sobrinhada. Depois de vários anos ela e Sérgio retornam a Sacramento, já para tomar conta do papai e da mamãe”, conta mais.
Mulher forte que caiu de pé
Ora se emocionando, ora enxugando lágrimas, ora sorrindo Hebe conta a vida da irmã também com alegria definindo-a como sua “alma gêmea”. “Leda era a guardiã da família. Incansável, forte, batalhadora, mandona. Aliás, mandona tinha muito a ver, porque ela era a mais velha. Nós a chamávamos de Lucrécia Bórgia (risos). Papai costumava dizer: 'Essa é da hierarquia da dona Ritinha. É forte.' Ritinha era a mãe do papai e Leda foi forte até o fim. Mas mais que isso era muito família, sempre foi uma irmã muito presente... Na minha vida, então, ele sempre estava lá, nos momentos bons, alegres e difíceis, ela deixava tudo aqui e ia para BH para estar comigo”, frisa, recordando mais uma vez Juca Ribeiro.
“- Papai dizia também que Leda era daquelas pessoas que caem em pé e de fato, ela caiu em pé. Lúcida. Caiu como sempre foi na vida, já numa cadeira de rodas continuava a mandona de sempre, querendo o melhor para todos, se preocupando com o bem estar dos outros. E assim ela foi, vítima de infecção, que foi complicando, também por conta da idade”.
Finaliza, citando as palavras de um amigo sacerdote de Belo Horizonte. “Confortando-me, Pe. Jairo me disse: 'Hebe, ela teve uma morte que muitos poucos têm. Todos passam pelo túnel da vida; muitos passam pelo túnel da morte, outros são arrebatados pelos anjos, como sua irmã...'. Como dizia meu pai: 'Leda foi uma mulher forte, da saga de Da. Ritinha'. Então eu concluo dizendo que minha irmã foi arrebatada aos céus”.