O sociólogo sacramentano Júlio Cesar Pereira está trabalhando na publicação de dois novos livros, um sobre o Clube Atlético Sacramentano (CAS) que completou 100 anos em 2017 e o segundo sobre a Congada de Sacramento.
Em entrevista ao ET, durante a festa do Congado no bairro São Geraldo, no domingo 14, Júlio César falou sobre os trabalhos. “O centenário do CAS foi interessante, porque durante minhas pesquisas, me deparei com uma série de fotografias, datas de 1915, 1917, bastante material do Treze de Maio, que ainda não era Treze, mas o Sucuri, do Atlético e da Congregação Mariana.
De acordo com as pesquisas de César, ali, onde hoje é o campo dos Marianos, já funcionava o que seria o Clube Atlético Sacramentano, desde 1917. “Acho interessante falar sobre o centenário do CAS, até porque vários clubes nas capitais foram fundadas naquele período, entre 1915 a 1917. Aliás, foi a única equipe da cidade a participar de uma categoria profissional. Em 1968, sob a presidência de João Oswaldo Manzan, o clube fez parte da 2ª divisão profissional do Campeonato Mineiro”.
Conforme o site, Gol Aberto (https://www.golaberto.com.br/team/show/1807-sacramentano), o time sacramentano disputou oito jogos, com cinco vitórias, um empate e duas derrotas; marcando nove gols e sofrendo cinco – grifo nosso). Sacramento foi eliminada, porque apenas os dois primeiros de cada chave avançavam na competição.
De acordo com o escritor, o CAS voltou a ser chamado de Clube Atlético Sacramentano a partir de 1952, um pouco antes da construção do estádio, pelo então prefeito, João Cordeiro (1951/1954), que também sugeriu o nome do time, em homenagem ao Clube Atlético Mineiro, do qual fez parte de seu elenco profissional, quando fazia Medicina na capital.
Já o livro, “Sobre melros, pássaros pretos e borboletas”, Júlio Cesar explica que aborda os excluídos do terreirão, em 1948, quando a Congada foi proibida por lei, de desfilar na cidade e o que aconteceu na cidade com os nossos mestres, pais de santos, babalorixás e ialorixás da época”.
Afirma o escritor que, “culturalmente essa proibição teve um impacto muito grande na cidade, porque a Festa dos Pretos, eu a tenho catalogada desde 1748 e, em 1948, ela foi proibida de ser realizada no centro da cidade. Essa festa passou a ser realizada só aqui na Baixada (São Geraldo) e a proibição só foi revertida no início dos anos 1950, embora mais folclorizada”, revela, sem contudo dar uma data para o lançamento do livro.