O fotógrafo sacramentano, Gilmar Alves Cintra, 57 anos, residente em Uberaba, foi encontrado morto no sábado 9, enterrado numa pequena mata de sua própria fazenda, onde nasceu, localizada na região do Soberbo, neste município.
De acordo com o repórter araxaense, William Tardelli, a Polícia Militar de Sacramento foi acionada, por volta de 15h30 da tarde de sábado 9, para comparecer na região do Soberbo, onde, segundo testemunhas, Gilmar teria desaparecido. Testemunhas relataram que no dia anterior Gilmar foi visto em sua residência na companhia dos indivíduos, Gilvan Silva 46, e de seu genro, Jonatas, e depois disso não foi mais visto.
O filho da vítima relatou à PM que na manhã de sexta-feira 8, seu pai teria ido até a residência de Gilvan cobrar uma dívida no valor de R$ 600,00. Ainda segundo outra testemunha, no momento em que estava sendo cobrado da dívida, Gilvan teria dito “que homem não cobra de outro homem, mas que, à noite, iria até a sua residência para pagar a dívida”.
Na casa de Gilmar, a PM percebeu vestígios de sangue na varanda, sala e em um dos quartos. E que alguém teria tentado lavar o sangue. Os militares também perceberam que foi jogado farelo de milho no sangue que estava na varanda. De imediato, a PM deslocou-se até a casa de Gilvan que, no primeiro momento, disse que esteve na casa da vítima em companhia de Jonatas, mas que saíram e o deixaram em sua residência.
Mas a PM encontrou outras evidências na residência de Gilvan, parte do documento do veículo de Gilmar, uma espingarda, uma blusa preta com vestígios de sangue, e, no tanque dentro de uma sacola plástica, a outra parte do documento do veículo da vítima.
Também no veículo de Gilvan, os militares identificaram vestígios de sangue no porta malas, e um capacete molhado, indicando que teria sido lavado recentemente. A perícia da Policia Civil de Araxá compareceu ao local e constatou que o sangue poderia ser humano. Diante de todas as evidências, Gilvan confessou ter participado do crime de homicídio contra Gilmar e foi preso pela PM e encaminhado ao presídio.
Como aconteceu o crime
Gilvan então relatou à PM que, na noite sexta-feira 8, foram à residência da vítima, pois seu genro, Jonatas, lhe devia um dinheiro. No local, Jonatas teria oferecido uma bebida a Gilmar e quando ele estava sentado no sofá, desferiu-lhe uma paulada na cabeça. Segundo Gilvan, Gilmar já teria caído no chão sem vida. Disse mais que Jonatas o obrigou a ajudar a remover o corpo do local e colocá-lo no porta-malas do seu carro. O corpo de Gilmar foi abandonado às margens de uma estrada.
Ainda de acordo com Gilvan, na manhã de sábado 9, Jonatas lavou o porta-malas do veículo e, em seguida, foi a cavalo até o local onde abandonou o corpo e o enterrou em uma mata de difícil acesso. Gilvan disse que chegou ao local a pé e viu quando seu genro Jonatas estava acabando de enterrar a vítima.
De acordo com o repórter Tardelli, a perícia técnica da Polícia Civil e funcionários do IML de Araxá estiveram no local para desenterrar o corpo de Gilmar, que estava sem roupas, para o trabalho de necropsia no IML. Em seguida, foi liberado aos familiares para o velório e sepultamento.
Diante dos fatos, Gilvan Silva foi preso e encaminhado à Delegacia de Polícia Civil de Araxá, e o seu genro, Jonatas Rodrigo José Pereira, 20 anos, residente em Araxá, não havia sido encontrado. .
O corpo de Gilmar Alves Cintra foi sepultado na manhã da senda-feira 11, no Cemitério São João Batista, em Uberaba.