A jogadora de vôlei Elis Cristina Bento 30, depois de três temporadas seguidas no exterior, está de volta para disputar a Superliga no Brasil, dessa vez com a camisa do Curitiba Vôlei, patrocinado pela Carob House.
Elis saiu do Brasil em 2015 para jogar no Volley Köniz, em Berna, capital da Suíça, onde ficou por um ano. Em 2016, foi para a equipe Terville Florange Olympique Club, de Terville (TFOC), na França, onde permaneceu duas temporadas.
Seu retorno ao Brasil, repercutiu, como a notícia publicada na página Melhor do Volêi (www.melhordovolei.com.br), com a manchete, “Curitiba/Carob House repatria atleta e segue preparação para disputar a elite”. Diz a matéria:
“Campeão da Superliga B, o Curitiba/Carob House segue se planejando para a primeira participação do time na elite do vôlei. Além de ter renovado com parte do elenco da temporada anterior, como é o caso da experiente central Valeskinha, está confirmada a repatriação da ponteira, Elis Bento.
Em visita à redação do ET, acompanhada do noivo, Pedro Moska Casteli Filho, Elis falou de sua trajetória.
“No TFOC, onde permaneci duas temporadas, conseguimos alcançar bons resultados, fomos 3º lugar na superliga francesa. Foi um resultado excelente para o clube. Aliás, esses três anos fora do Brasil foram muito bom pra mim, amadureci muito, aprendi muito, novos idiomas, novas culturas e agora estou sendo repatriada para uma nova experiência no Brasil, o que é muito gratificante”, reconhece.
Fora dos padrões de altura das ponteiras brasileiras, Elis achava ser difícil voltar ao Brasil para disputar a superliga, mas antes mesmo de acabar o campeonato, já estávamos em negociação e deu certo. Só esperei terminar o contrato com o TFOC, comuniquei ao clube e retornei. Voltar ao Brasil era o meu desejo. Na Europa eu consegui ampliar o meu mercado, tanto que tive proposta em Bordeaux, semelhantes às daqui, mas o que pesou mais foi o fato de estar junto aos meus familiares e disputar a superliga”, justificou.
Antes de ir para a Europa, Elis fez sucesso no Brasil, no Praia Clube, São Bernardo/Banespa, Vôlei Futuro, Rio do Sul, dentre outros e ficou conhecida como a ‘baixinha que saltava muito’, com um belo arranque do chão de 1,05 m.
Sobre o Curitiba/Carob House, Elis explica que é um time novo, campeão da Superliga B. “Como campeões da Superliga B eles subiram para a Superliga A e estão montando um time bacana, com jogadoras experientes tais como a levantadora Ana Cristina, Priscila, Winny, enfim, todas jogadoras minhas conhecidas, jogando juntos ou contra e todas na faixa dos trinta aninhos”, revela, destacando que o fator idade, por enquanto, não costuma pesar muito, mas tem que se cuidar.
“- Eu cuido muito do meu físico, porque quanto mais baixinha e atacando até hoje, mais o corpo pede e o esforço tem que ser dobrado, porque fica difícil saltar como eu saltava. No começo, já cheguei a saltar 1,05 m e hoje estou em torno do 90 cm, mas aí a gente junta a experiência e vai levando”, afirma entre risos.
Pedro Moska e Elis estão juntos há cinco anos e meio e se casam em Sacramento na próxima semana. Os dois se conheceram quando ela vestia a camisa do Rio Sul e ele era o técnico. Técnico de talento, nos últimos três meses, Moska esteve no Cazaquistão, como técnico do Altay, da cidade de Ust-Kameno Gorsky.
“- Foi a minha primeira experiência como técnico internacional, uma experiência muito boa e Gorsky, que fica no leste do Cazaquistão, entre Rússia, Mongólia e China. Lá eles falam russo e a nossa comunicação era em inglês, mas eles têm dificuldade com a língua também, então a gente juntava mímica e dava certo”.
De acordo com Pedro, o vôlei por lá, não é nem de longe o que é na Europa. “Lá eles jogam o vôlei asiático e o futebol europeu, mas não é de grande potência, porém eles estão se estruturando. O clube onde estive é muito rico, uma estrutura fantástica, melhor que muitos do Brasil, mas eles estão caminhando e têm chances”, reconhece, enaltecendo seu potencial futuro.
“- O Cazaquistão é o nono maior país do mundo, mas tem só 17 milhões de habitantes, portanto, muita área desabitada, isolada, mas com grandes perspectivas de crescimento.”, diz mais, informando que o Altay, time que treinou apenas parte da temporada, classificou-se em sexto lugar no principal campeonato do país.