Jornal O Estado do Triângulo - Sacramento
Edição nº 1783- 18 de junho de 2021

Aos 81, morre o grande Purcena

Edição nº 1631 - 13 de Julho de 2018

Clodoaldo Rodrigues de Oliveira, mais conhecido como Purcena, morreu no dia 4 de julho, às 19h, aos 81 anos, depois de três meses de enfermidade. Velado por familiares e um grande número de amigos, após leitura do evangelho e preces proferidas, foi sepultado no Cemitério S. Francisco de Assis.

Nascido na Fazenda Cocal, no município de Conquista Clodoaldo era filho de João Rodrigues de Oliveira e Valdomira Cândida de Oliveira, o décimo dos onze filhos do casal e conviveu com os irmãos: Diócles, Joaquim, José, Leonina, Leozina, Maria, Amélia, Áurea, Otacílio e Yolanda.

Clodoaldo casou-se com   Orfelia Rosa de Oliveira e juntos criaram uma única filha,  Clemir Rodrigues de Oliveira Melo, que lhe deu  uma única neta, Marina de Oliveira Melo.

De acordo com a filha, os pais, meses depois do casamento se mudaram para a cidade,  

Fixando-se no bairro Rosário, depois para o centro. “Para a cidade, Purcena trouxe seu sorriso fácil, a humildade roceira, o relacionamento cativante e as histórias incontáveis do Cocal, Santa Maria, Ibituruna, era um Griô, um Forrest Gump, brincava eu com ele na esquina da livraria do amigo Kid Peneira, próximo à Casa Ferreira, onde trabalhava.  Dava gosto conversar com Purcena”, comentou o jornalista Walmor Júlio, editor deste jornal, ao saber de sua morte.

Na cidade Purcena exerceu várias atividades, como entregador de cerveja para o Langerton, na empresa ASBE, no Armazém de Leônidas Afonso Primo, inclusive  auxiliando no transporte de madeira,  queijo e outras mercadorias. Trabalhou também na Casa Ferreira, onde ficou conhecido e fez muitas amizades. Ao longo de sua vida, seguiu noutras atividades na empresa Crema - Materiais de Construção, na Multipisos, com o Wilson e depois com Marujo, onde se aposentou e passou a  dedicar-se ao sítio, onde fazia o que mais gostava, a lida com a criação de animais e plantas. 

“- Papai dedicou-se muito à família e ao trabalho e, nos momentos de lazer na juventude, gostava de pescar, jogar buraco, cipó e truco com a família e os amigos.  Era uma pessoa que fazia amizade fácil e sempre tinha uma história para contar com um sorriso no rosto. Plantava suas cabaças e as decorava com grande dedicação, envernizando-as e dando de lembrança para amigos e familiares queridos. Gostava também de produzir piolas e chicotes manualmente, para vender e presentear”. 

Lembra a filha que Purcena foi um excelente marido, pai e avô. “Cuidando com todo o carinho da mamãe acometida com a mal de Alzheimer. Papai sempre foi muito forte, mas infelizmente, de forma abrupta, adoeceu e veio a falecer três meses depois da constatação da enfermidade, deixando familiares e amigos saudosos de sua presença, sorriso e 'prosa boa'”, revela emocionada.