Sentimos com pesar a morte de Da. Teresinha Jerônimo de Melo, dia 5 de junho, no Hospital São Marcos, em Uberaba, onde estava internada, após sofrer uma queda em sua casa, o que lhe provocou um AVC hemorrágico. Bordadeira exímia e crocheteira, Teresa diz no livro, De como se tecem rendas e almas, da sobrinha Regina Bessa, que, diferente das irmãs, todas crocheteiras desde jovens, ela pegou gosto pelo croché muito mais tarde.
“Eu gostava era de bordar”, diz, lembrando que começou a crochetar depois de um pedido das irmãs de São José de Cluny, que dirigem a Creche São Vicente. “E eu então peguei um pano amarelo e fiz uma toalha. Foi a primeira coisa que eu fiz. Depois, acabei pegando gosto e hoje eu faço muito croché. Já fiz pros filhos, agora vou fazer pros netos. Já fiz muito croché pra Creche, agora vou fazer pra casa...”
Reconhecem as irmãs de Cluny no livro que, na época, haviam perdido uma verba da Caritas, alemã, e o “grande motor” financeiro da entidade passou a ser a comercialização dos trabalhos de crochê feitos pelas irmãs Jerônimo, Natalina, Zica, Adelina, Josefina, Teresa, Abadia, Geni e Lourdes.
“- Com sua participação constante e abnegada, a família Jerônimo reafirmava alguns de seus conceitos fundamentais: a disposição para o trabalho, a solidariedade e, especialmente, a habilidade e o capricho nas artes manuais, com destaque para o croché do tipo filé”, destaca também Regina no livro.
Ao lado dos bordados e crochê, Da. Teresinha teceu também uma vida carregada de amor e doação junto ao esposo Nelson e filhos; rendas e toalhas serviram hoje de tapete para sua entrada no paraíso, merecido descanso nos braços do Pai, serenamente coberta com uma linda colcha de croché.
Viúva de Nelson Amâncio de Melo, Da. Teresinha é mãe de Armandinho (Maria Ângela) grande amigo colaborador deste jornal. Deixa ainda os filhos, Alzira (Tércio, de saudosa memória), Arnaldo (Jussara) e Alice (Atílio), nove netos e dois bisnetos. Aos familiares, um abraço de condolências e conforto.