Jornal O Estado do Triângulo - Sacramento
Edição nº 1783- 18 de junho de 2021

Sacramentana residente na Suíça tem projeto que pode ajudar Lar S. Vicente

Edição nº 1602 - 22 de Dezembro de 2017

Cely Ribeiro Wagner (Cely Menezes) é irmã da médica Célia Menezes de Melo, residente na fazenda Santa Maria e ex-vereadora de Conquista. Atualmente, Cely reside na Suíça  e, mesmo distante,  Sacramento continua na sua lembrança, inclusive as necessidades de algumas entidades como o Lar São Vicente de Paulo, para a qual elaborou um projeto que pode ajudar a instituição.

 Na justificativa do projeto, afirma Cely: “A sociedade atual vem assumindo grandes desafios. Entre eles a falta de recursos para acompanhar o envelhecimento da população desamparada ou carente em diversas cidades brasileiras, como por exemplo, o Lar São Vicente de Paulo”.

 O objetivo do projeto é colaborar com a construção do vínculo da sociedade sacramentana com o Lar dos Idosos.  Para tanto, a sociedade poderá assumir o compromisso de participar duas vezes por ano, por exemplo julho e dezembro ou outros meses caso o voluntário preferir. 

A conta de Cely é bem simples, diz ela que, “se cada cidadão de Sacramento depositar de R$ 1,00 a R$10,00 nesses meses,  a ajuda já será grande. Já as doações de pessoas jurídicas (CNPJ) – esclarece - podem ser deduzidas do imposto de renda. Outra forma de ajudar o Lar é a formação de uma equipe de voluntários que será orientada  pela  terapeuta psicopedagoga, Cely Ribeiro Wagner. Atualmente vivendo em Genebra, mas estará sempre presente. Interessados poderão entrar em contato com Cely pelo email:[email protected] 

Lar tem 50 idosos 
Em visita ao Lar São Vicente de Paulo, o ET foi recebido pela coordenadora Vânia Cristina Silva Santana e pela auxiliar administrativa, Lindamar de São José.  Coordenadora do Lar desde junho de 2016, Vânia Cristina, passou ao ET a realidade da instituição, que tem capacidade para 50 internos, já preenchida. Para cuidar dos 50 internos, o Lar conta com 37 funcionários sendo 12  profissionais especializados, entre enfermeiros, nutricionista,  assistente social e oito auxiliares técnicos de enfermagem. Os demais 25 servidores se dividem em cuidadores dos idosos, serviços gerais, cozinheiros e lavanderia. 
Estrutura física
A estrutura física do Lar compreende o hall de entrada;  sala administrativa onde se espremem três funcionários; sala de enfermagem usada também pelos médicos que atendem os pacientes na entidade duas vezes por semana;  sala de fisioterapia;  sala da farmácia; um refeitório grande; dois salões de lazer com TV e um quiosque;  16 quartos, sendo dois com 4 camas e 14 com três, para cada dois quartos um banheiro, lavanderia, dois banheiros externos; cozinha grande e despensa. 
De acordo com Vânia, além do atendimento de saúde, os residentes têm uma alimentação completa sob a orientação de nutricionista, que consiste em café da manhã (7h); a\(9h); almoço (11h), lanche da tarde (14h); jantar (17h) e antes de dormir um lanche leve. 
 Maior receita vem da aposentadoria 
A principal fonte de receita do Lar vem da aposentadoria dos idosos e serve para pagar os funcionários da casa. Do total de internos, 11 deles podem utilizar 30% do salário com despesas pessoas. “São aqueles que ainda têm condições de sair da entidade durante o dia, fazer uma visita e esse dinheiro serve para eles gastarem como quiserem”, explica Vânia, enumerando outras receitas: 
“- Da Prefeitura, recebemos uma subvenção anual, este ano no valor de R$ 87 mil, dividida em 12 parcelas. Outras receitas nos chegam do Ministério Público em forma de sentenças transformadas em cestas básicas; além de doações diversas da sociedade e, também em forma de serviços voluntários na casa.
Lar necessita de muitas reformas
De acordo com Vânia, o Lar gasta 40 pacotes de fraldas por dia, uma média de 12 mil fraldas por mês. Mas o maior problema que o Lar enfrenta é a falta de assistência da família. Muitas, simplesmente, deixam o seu idoso na entidade e nunca mais ou raramente voltam para uma palavra de carinho. 
“- A situação complica quando há necessidade de uma medicação de alto custo.  A família é comunicada, mas nunca ajuda na compra desses remédio, cabendo ao lar arcar com os custos, o que considero uma falta de compreensão muito grande”, diz Vânia.
Sobre a assistência diversa, o Lar São Vicente de Paulo não deixa faltar nada aos idosos. “Tudo o que os idosos precisam, têm. Nunca deixamos faltar nada, até o cigarro, para os fumantes que não conseguem deixar o vício,  é fornecido. O bem estar, a alegria e a saúde  dos moradores é o mínimo que podemos oferecer, mas para isso precisamos de muita ajuda”, esclarece.
  E, a maior necessidade e até prioridade do Lar no momento é conseguir a aprovação do Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB). Por falta do laudo, a entidade não consegue verbas dos governos federal e estadual. Para conseguir o laudo, o Lar precisa atender a algumas exigências: instalação de um hidrante (condutor de água exclusivo para casos de incêndio); correção das medidas das portas que não foram aprovadas pelos bombeiros e infiltração de água no teto. 
Além disso, fazem parte das  exigências do Corpo de Bombeiros, a construção de uma  casa para acondicionamento do  lixo;  reforma na lavanderia,  despensa, troca de extintores e adequação da cozinha.