Denilson dos Santos Souza 15 morreu vítima de afogamento no rio Grande, na tarde do domingo 16. Conforme o BO, a PM foi acionada a comparecer no pronto socorro Santa Casa, às 15h28, onde se encontrava Denilson sem sinais vitais, conforme relato da médica de plantão.
De acordo com o BO, uma testemunha relatou à PM que Denilson foi com os amigos de bicicleta para um rancho na região do Cipó. Todos estavam nadando. Os amigos saíram para tirar algumas fotos, quando deram falta de Denilson. Conta mais a testemunha que os amigos perceberam que ela não havia saído do rio, em cujo local a correnteza era muito forte. Outra testemunha conta que viu a mão de Denilson, no momento em que estava se afogando.
Ainda segundo o BO, narra a testemunha que os amigos iniciaram as buscas no rio e localizaram Denilson nas proximidades de onde estavam. Denilson estava vomitando e todo sujo de comida no momento de sua retirada do rio. As testemunhas dizem que, de imediato, com ajuda de uma outra pessoa, deslocaram-se até a Santa Casa para tentar reanimá-lo, fato que foi reafirmado por todas as testemunhas que estavam no local.
A médica de plantão relatou que realizou todos os procedimentos possíveis para tentar a reanimação da vítima, mas sem êxito. Em contato com a mãe da vítima, ela disse à PM que seu filho não sabia nadar.
O perito compareceu à Santa Casa de Sacramento e o corpo foi removido para o IML de Araxá para os procedimentos de praxe.
O corpo de Denilson foi velado no Salão do Reino das Testemunhas de Jeová, na rua Presidente Castelo Branco e sepultado às 16h do domingo 17. Seu corpo foi coberto com a bandeira da Escola Sinhana Borges.
Família espera uma resposta
O ET esteve no velório e depois em visita à família, conversando com os pais, Cristina dos Santos e Delvano Almeida de Souza, na quarta-feira ainda buscavam uma resposta para o que aconteceu. “Os meninos que estavam com ele não nos procuraram, não sabemos o que de fato aconteceu, nem o lugar onde ocorreu o fato”, afirma o pai, que aguarda o laudo do IML.
De acordo com Cristina, mãe de três filhos, Denilson era o filho do meio que concluiu o 9º ano na EE Sinhana Borges. “Denilson era muito estudioso, desde que começou os estudos na escola da Jaguarinha, depois na escola da Divisa, porque morávamos em fazendas. Ele nunca deu trabalho na escola, nem em casa. Era menino caseiro, não ia em festas, nada. Era da escola pra casa, de casa para o trabalho. Ele trabalhava na Funilaria e Pinturas do Vilmondes, depois da aula. Participava dos cultos na Igreja toda quarta-feira e domingo, participando dos estudos bíblicos. Fazia pregação de casa em casa há um ano. Ele queria continuar estudando, fiz a matricula dele na Escola Coronel, na sexta-feira e no sábado acontece isso”, disse, muito emocionada.
Recorda Cristina que o filho saiu de casa no sabado, logo depois do almoço. “Era pouco mais do meio-dia, ele estava aqui e um dos colegas veio chamá-lo. Ele foi atender, voltou e me disse que iria ao Cipó com uns colegas. Ele não saia de casa sem avisar onde ia. Como ele não sabia nadar, quando saiu eu recomendei para que tivesse cuidado contou mais, afirmando que não conhecia seus colegas.
“- O que sabemos é que eram quatro colegas, mas não sabemos quem são, se eram de sua sala na escola. Só os vimos de longe na Santa Casa conversando com a polícia, mas eles não falaram com a gente, pra falar o que aconteceu. Até agora não sabemos quem são”, lamenta.
Cristina relata que a família recebeu a notícia por volta das 16h, quando um dos colegas foi a sua casa, pedindo que fosse até a Delegacia. “Saímos, mas nunca imaginávamos isso. Quando chegamos um policial nos deu a notícia, aí o chão some de baixo dos pés da gente. A polícia nos levou para o hospital e lá estava ele, morto”, narra em lágrimas.
Segundo os pais, o que eles sabem, são os comentários, não haviam procurado o BO até a quarta-feira, não foram chamados para serem ouvidos e nem procurados pelos colegas de Denilson. Eles também não tiveram acesso ao celular de Denilson, que está bloqueado por senha. “Pelo celular, talvez a gente pudesse descobrir alguma coisa, mas não conseguimos desbloquear”, revelam. Ainda segundo os pais, Denilson tinha uma página no facebook, com apenas uma foto de perfil. “Ele não gostava muito de postar fotos”.