Discoteca Rei completa 40 anos

A Discoteca Rei completa 40 anos de existência, neste domingo 30. São 40 anos de desafios e obstáculos superados, mas de objetivos e sucessos alcançados, graças a muita dedicação do empresário Reinaldo Jerônimo, o 'Rei da Discoteca', e um dos pioneiros no ramo na cidade. 

No dia 30 de julho de 1977, a Discoteca Rei abria suas portas na avenida Vigário Paixão, nº 210, no mesmo local da antiga loja de Alcides Almeida que também vendia discos, e ali permaneceu por 14 anos. Em 1991 mudou-se para o atual endereço, na rua Visconde do Rio Branco, nº 95, com o nome de Nova Discoteca Rei. E lá se vão quatro décadas. Mas para chegar aos 40, foram muitos Long Plays (LPs), compactos, agulhas para toca discos, fitas K7, porta fitas vendidos. 

Até que, de repente, o mercado ofereceu o CD no lugar dos discos de vinil, que emperravam nas prateleiras. E não tardaram os PCs (computadores pessoais) tipo Lap tops gravando tudo via internet em CDs, DVDs e pendrives, permitindo acesso a todos os estilos musicais do mundo inteiro.  

E pensa que a modernidade acabou com a venda do disco de vinil? Não. Há ainda aqueles apaixonados pelo velho 'Bolachão', como eram apelidados os LPs. Com certeza, nosso Rei possui uma das maiores discotecas da cidade. Era uma de suas manias, comprar cinco dúzias de 'bolachões' para revenda, reservando sempre um para sua coleção. 

Vale lembrar que naquele tempo... Ufa, há mais de 40 anos!!... os bons bailes da época eram animados por grandes orquestras, como Cassino de Sevilla, Laerte de Franca, Francisco Petrônio e sua orquestra... Logo veio a fase dos 'conjuntos' musicais, como Os 3 do Rio, Poligonais, Mugstones, Os Corujas, Os Tremendões, os dois últimos de Sacramento, geralmente realizados no Sacramento Clube. Orquestras e conjuntos que atendiam a todo público com um gênero bem eclético, desde as baladas românticas, valsas e boleros para dançar abraçadinho, aos ritmos mais acelerados até quebrar a magia e todos se agitarem na pista ao som do ritmo alegre da Jovem Guarda de Roberto e Erasmo, Abba, Bee Gees, Beatles, Elvis Presley, Blitz, Roupa Nova... 

Com o advento das potentes caixas de som, os grandes bailes foram cedendo espaço para as discotecas animadas pelos Disc Jockey (DJ) e sua ensurdecedora parafernália eletrônica, que logo saiu dos recintos fechados para espaços mais abertos. Foi aí, no início dos anos 70 que começaram os inesquecíveis 'Bailões do Grupão', realizados por Reinaldo Jerônimo. Eventos que fizeram a cabeça da juventude dos anos 70, 80 e início de 90 já com menor frequência. Quantas trocas de olhares?  Quantos primeiros beijos? Quantos casais começaram namoros nesses bailes e que hoje são pais de família...

“- A Discoteca Rei começou mesmo com o Bailão do Grupão nos galpões das escolas. Os primeiros foram na Escola Sinhana Borges, com a diretora Ivone Regina Silva, depois no Afonso Pena, de onde veio o título, 'Bailão do Grupão'. Esses bailes duraram mais de 20 anos, do meio da década de 70 até fins de 1990. Logo que paramos os bailes, veio o Carnaval de Rua com a Discoteca Rei fazendo o som. Do final de 1990 até 2012, foram quase 20 anos de carnaval...”, recorda Rei. 

Para além do privilégio de fazer todos os dias um trabalho gratificante, Rei tem um coração tão grande como a idade da Discoteca, está pronto a servir, fazendo a manutenção de som em entidades filantrópicas e sempre pronto a ajudar em campanhas beneficentes diversas. 

Rei, hoje, vive rodeado de amigos e por pessoas maravilhosas, que só fazem acrescentar mais sorrisos e alegria ao seu dia a dia, como os filhos Anderson e Diego, nascidos do primeiro casamento, com Isabel Cristina Tomás, tragicamente morta em acidente em 1986. Anderson é estilista na Alemanha e Diego, Disc Jockey (DJ) e o braço direito do pai, na loja, nos bailes e eventos contratados. Em 1990, Rei casou-se com Maria Aparecida Oliveira, a companheira de todas as horas, no lar e na loja, que lhe deu uma linda filha, Andrezza.

 Vale ressaltar que há dois anos, por iniciativa do filho Diego, a Discoteca Rei deu novo formato ao Bailão do Grupão, que retornou com os mesmos estilos de música, privilegiando aqueles anos marcantes do final do século XX, com um novo título, o 'Bailão do Rei', especialmente destinado às pessoas que frequentavam os Bailões do Grupão, agora realizados no Pacheco's Evento. 

God save the King!!