Jornal O Estado do Triângulo - Sacramento
Edição nº 1783- 18 de junho de 2021

Caroline vai para o vôlei do Praia

Edição nº 1560 - 03 de Março de 2017

Nessa quinta-feira 2, a adolescente de 15 anos, 1,75m, Caroline Silva Gonçalves Lino, atleta de vôlei da URS, se despediu em lágrimas dos familiares porque deixa a cidade para integrar a equipe do Praia Clube, de Uberlândia, juntamente com outras duas atletas sacramentanas, Camila Morris e Lorena Francisca.

Carol tinha sete anos quando começou no vôlei da URS, com a técnica Canhota. “Nos últimos quatro anos, com Bethânia e Gabriel, eu comecei a integrar a equipe de ponta de minha faixa de idade e conquistar alguns títulos” conta a ponteira que já colecionou 55 medalhas e vários troféus na Copa Paulista. Caroline jogou  também por Patrocínio e Araxá  em 2015. E agora deixa Sacramento para voos maiores.

“- Depois que fiquei sabendo que Bethânia não continuaria aqui, como gosto muito de vôlei, fui participar de uma peneira no Praia Clube, no início de fevereiro, o que foi muito bom para mim. Eu estava com medo, achava que não daria conta, mas graças ao trabalho de Bethânia, que me deu muito apoio quando estava lá, me dando dicas e me incentivando, fui uma das primeiras 18 convocadas entre as 57 que fizeram a peneira”, revela. 

Para mim foi um sonho realizado, apesar de deixar a família, mas este era um sonho muito sonhado. E agora estou torcendo pra dar tudo certo”, relata.

 Caroline, que vai para categoria de base, não terá tantos benefícios como as atletas das categorias acima de 18 anos, já entrando no profissional. “Vou ter escola, acesso ao clube e alimentação, e, por enquanto, vou morar com parentes. E digo que vai valer a pena,  porque se eu tenho esse sonho, tenho que correr atrás dele. Se eu não correr, vou ficar só sonhando, então, tenho que ir à luta”, destaca, misturando sentimentos de alegria e tristeza por deixar a família. 

Caroline, filha de Marla dos Santos Silva e Noely Gonçalves Lino, se despede agradecendo aos técnicos Maria Bethânia e Gabriel. “Foram quatro anos de convivência maravilhosos, tivemos muitas vitórias e muitas lágrimas, mas tenho que agradecer, porque se estou lá é porque eles pegaram no meu pé e me ensinaram muito. Agradeço minha mãe por todo apoio e incentivo para a realização desse sonho”.

 A mãe, Marla, está com o coração apertado, mas apoia a decisão da filha. “O coração está tenso, porque a situação está difícil, mas é um sonho tanto dela quanto meu, e não vou barrar este sonho. Quero que ela vá, corra atrás. Ela queria desistir, mas conversamos muito, Bethania deu muita força. E, acredito muito no potencial de Caroline e torço muito por ela”.