Jornal O Estado do Triângulo - Sacramento
Edição nº 1783- 18 de junho de 2021

Uma história de fé e de vida

Edição nº 1540 - 14 de Outubro de 2016

Um  dos testemunhos mais comoventes que ouvimos entre os devotos de Na. Sra. Aparecida na Capela do Cipó foi o de Talita França Silva, mãe de Heitor, de quatro meses, que juntos foram agradecer a graça pela  vida.
Emocionada, Talita conta que, na 24ª semana de  gravidez, os médicos em Uberaba descobriram que o bebê tinha uma doença grave e raríssima: mielominongocele.  Aí bateu o desespero. Havia duas opções,  fazer a cirurgia ainda no útero, ou depois do nascimento, mas poderia ser tarde.  Entreguei meu filho  nas mãos de Nossa Senhora Aparecida e fomos para  São Paulo. Ele fez a  cirurgia e  onze semanas depois ele nasceu, graças a Deus, forte e saudável”, conta, emocionada, com várias pessoas se comovendo ao ouvir a história.
Recorda Talita que em nenhum momento deixou de pedir e orar a Nossa Senhora. “Agarrei-me em Nossa Senhora Aparecida o tempo todo. Se eu vivesse mil anos, seria pouco para agradecer pela vida dele e por todos que nos ajudaram. Fomos a Aparecida  aos pés de Nossa Senhora agradecer,  agora vim aqui e virei enquanto vida eu tiver, sempre para agradecer”, relata emocionada, emocionando as pessoas ao lado.
 A irmã Raquel França relata que entre a descoberta da doença até a cirurgia e o nascimento de Heitor, foi uma corrida contra o tempo.
“- Mas Deus age de todas as formas. Através de uma amiga, Talita soube de um médico que havia dado uma entrevista na TV, no programa Ana Maria Braga, o Dr. Antonio Fernandes Moron, o único que faz esse tipo de cirurgia no Brasil. 
Em Uberaba, no Hospital de Clínicas, Talita encontrou um médico que conhecia o procedimento. Ela  me ligou de Uberaba, e eu passei o dia inteiro ligando pra São Paulo e nada, até que às 18h, Dr. Antonio retornou a ligação e pediu que mandássemos os exames. Escaneamos tudo, mandamos e ele ligou em seguida, pedindo pra Talita estar lá no dia seguinte, segunda-feira (18/4), às 14h. Ele adiantou que ela teria que ficar lá até o fim da gravidez. Aí, foi uma união de esforços, todos ajudando.
A Prefeitura de Conquista nos ajudou muito, muito na permanência dela lá, com acompanhante. Como teríamos que esperar 20 dias pela autorização da Unimed, o  próprio Dr. Antonio, através de um advogado, conseguiu a autorização imediata. E, no dia 20 de abril, ela fez a cirurgia. Heitor  pesava 1,50kg. Ela ficou lá, num apartamento perto do médico,  até o final da gravidez em repouso absoluto. Heitor nasceu e saiu do hospital uma semana depois com 2,600kg. Uma bênção de Deus, pela intercessão de  Nossa Senhora!”, relata tão emocionada quanto a irmã.