Jornal O Estado do Triângulo - Sacramento
Edição nº 1783- 18 de junho de 2021

Luly Lavor lança livro sobre I Noite de Gala Mnemônica

Edição nº 1527 - 22 de Julho de 2016

A sacramentana Luciana Lavor assina como autora-organziadora, o livro “I Noite de Gala Mnemônica”, lançado no dia 6 de junho de 2015, em Foz do Iguaçu, onde reside. O livro que contou com a pesquisa e participação de uma grande equipe é o registro de um experimento grupal retrocognitivo, reproduzindo estímulos à memória e trazendo conteúdo histórico sobre várias facetas. Permite ao leitor aprofundar nas pesquisas técnicas sobre vidas passadas. Em suas 408 páginas, distribuídas em 18 capítulos, o livro traz informação sobre vestuário, arquitetura, gastronomia, arte, retrocognições (lembranças de vidas passadas), parassociometria, história e Conscienciologia, além de um minidicionário biográfico de 53 personalidades representadas no evento. Denise Prado, no prefácio, destaca o desafio almejado por pesquisadores para desvendar os bastidores  do próprio microuniverso consciencial com vistas a superar a si mesmo na atual existência, ressaltando: “Luciana Lavor nos brinda, nesta obra ilustrada, com detalhes da noite científico-cultural. Os registros feitos por ela e um elenco de autores sobre os bastidores da Noite de Gala, leva-nos a entender o modo de concepção do encontro da Comunidade Conscienciológica Cosmoética Internacional (CCCI)”, afirma, reconhecendo que, “poder buscar o deslindamento de vidas passadas de modo cientifico, em ambiente confortável, rodeado por amigos é privilégio imensurável”.

 

Proposta aceita, mãos à obra

De acordo com a autora, a proposta foi apresentada pelo Prof. Waldo num almoço com voluntários da conscienciologia, no dia 9/11/2014, quando a equipe do Consecutivus  se preparava para a fundação da instituição, marcada para o dia 14/12. “- Ao apresentar a ideia, o Prof. Waldo comentou que o evento ajudaria nas retrocognições grupais, que mudaria a Comunidade conscienciológica Cosmoética Internacional (CCCI). Seria um Jantar Retrocognitivo em que cada participante deveria refletir sobre qual personagem histórica gostaria de assumir, sinceramente, pois isso repercutiria na memória uns dos outros”, explica Luciana.
Nos detalhes narrados pela autora, percebe-se que foi um trabalho monumental. Tanto que envolveu mais de 100 pessoas. “De 9/11/14 a 14/03/15, data da minitertúlia (reunião e amigos) de lançamento oficial da venda dos convites, foram inúmeras reuniões e pesquisas. Ao todo 115 pessoas  integraram 22 equipes de trabalho”, conta, mostrando a responsabilidade de cada convidado.
“- Com o objetivo principal de favorecer retrocognições autênticas, coube a cada convidado pesquisar a história por cerca de seis meses para identificar um personagem com o qual se afinasse positivamente, para estimular os deflagradores de lembranças. E mais, estudos dos usos e costumes da época”.
De acordo com Luciana, foram previstos para a noite, inicialmente, 250 convites, que  foram vendidos em 20 dias, mas acabou reunindo 284 personalidades, todas com roupas de época. “Para tanto foram realizadas duas oficinas preparatórias do “Traje Recognitivo” e reunidos profissionais de costura, cabelo e barba, maquiagem, dança (minueto e valsa), gastronomia, arquitetura e decoração para a composição do cenário  no Hotel Mabu Interludim,  inspirada no palácio de Versalles, construído pelo  rei Luiz XIV, que em 2015, recebeu homenagens na França como 'o ano do Rei Sol', em homenagem aos 300 anos de seu falecimento”, escreve com detalhes a autora.
 Um cuidado especial – ressalta a autora – os organizadores tiveram para eliminar do cenário as parafernálias da tecnologia moderna. “No Hotel Mabu Interludim, todo tipo de tecnologia foi disfarçada, para criar uma atmosfera fidedigna dos salões de bailes do passado. E nenhuma tecnologia foi permitida no espaço”, descreve, informando que até os celulares foram recolhidos como numa prova do Enem.
“- Os convidados começaram a ser recepcionados às 18h30 e, na entrada, uma chapelaria estava disponível para guardar objetos pessoais que não  combinassem com o espírito da noite, especialmente celulares, para evitar desvios de atenção, para que todos estivessem imersos no experimento. Já no grande salão, os nomes das retropersonalidades eram anunciados pelos arauto e,  em seguida, a personalidade fazia a sua apresentação, obedecendo um roteiro previamente determinado”. O que se percebe é que foi uma noite monumentalmente impecável.
 Ao todo foram evocadas, segundo Luciana, 53 personalidades dos séculos I, II, III, V, VI, VIII, X, XII, XIII, XIV, XV, XVI, XVII, XVII e XIX.    “A mais antiga foi a do filósofo Simónides de Ceos (556/468aC) e a mais recente, a de Maria Montessori (1870/1952), representados por 284 participantes (173 mulheres e 111 homens), a maioria de Foz do Iguaçu (229) e os demais de São Paulo, Rio de Janeiro, Natal, Salvador, Fortaleza, Goiânia, Suíça, Nova Zelândia, dentre outros”, escreve, salientando que a França foi o país mais evocado.
 “- A França foi o país com o maior número de retropersonalidades (80), assim, 204 convidados representaram outros 29 países, dentre eles, o Brasil,, seguido pela Inglaterra (73). As demais personalidades escolhidas foram da  Itália, Grécia Antiga, Espanha, Estados Unidos, Brasil, Escócia, Portugal, Egito Antigo, Áustria, Rússia, Índia, Japão, África, Europa, Oriente Médio,  Península Arábica, Peru, Constantinopla, Holanda, Império Otomano, Líbano, Magreb,  País de Gales (Wales), Pérsia, Polônia, e Suécia”.

 

Não é baile à fantasia

Luciana Lavor, que é graduada em Economia, especialista em Administração de Markting, coordenadora de eventos para o setor educacional, é voluntária da Conscienciologia desde 2001 e docente desde 2004. Na introdução, Luciana esclarece que cada faceta da noite aguçou um dos sentidos, realçando elementos que funcionaram como gatilhos retrocognitivos.
“- Longe de ser um baile à fantasia, o evento trouxe caráter cientifico e fomentou pesquisas históricas e seriexológicas para todo o corpo de voluntários, alunos e interessados na Conscienciologia”, afirma, destacando que a Noite de Gala  Mnemônica nasceu de uma proposta do médico Waldo Vieira, médium e autor brasileiro, mineiro de Montes Claros, que ficou  conhecido por ser o propositor da Conscienciologia e da Projeciologia”. Waldo Vieira morreu em Foz do Iguaçu, em julho do ano passado.
O livro é dividido em quatro sessões. Na primeira, 'O Evento', traz os detalhes dos bastidores da Noite; Na segunda sessão, 'O Encontro Grupal', com minibiografias das personalidades históricas evocadas. Na terceira sessão, 'Registro da Programação' com a trilha sonora, programa cultural com as árias, poemas e peças teatrais durante o jantar com iguarias de época, além de um espaço no jardim do salão com história da Astronomia, Medicina Medieval e da Escola de Salerno. E, na sessão quatro, registro dos 'Efeitos Evolutivos da I Noite de Gala', a partir de relatos dos participantes.

 

Noite cultural tem Vivaldi, teatro e poesia...

 O livro de Luciana narra também como foi a programação cultural do evento. Num contexto de evocação de memórias, a I Noite de Gala Mnemônica foi intensa de músicas, 42 composições de 32 autores  datas de 1420 a  1901. Dentre os autores, destacam-se Vivaldi, Handel, Bach, Mozart, Beethoven, Schubert, Paganini, Chopin, Verdi, Strauss, Delibes, Bizet, Tchaikovsky, etc.
Durante o Ballet dos Garçons, iniciou-se a apresentação cultural, entre solos de violinos e violoncelos, apresentações de árias, poemas peças teatrais e minuetos, que seguiram ainda durante as sobremesas. Findo o jantar, os convidados seguiram para a sala de estar, para reencontros seculares numa exposição de livros e obras de arte em num jardim contíguo, o espaço astronômico e de Medicina  Medieval. Na volta ao salão de baile, apresentação de dois minuetos e em seguida o grande baile com valsas, polcas e demais músicas que fizeram parte dos salões de baile dos séculos passados.


Livro tem participação de 22 profissionais

Além da principal autora, Luciana Lavor, o livro recebeu  contribuição de 22 profissionais das mais diversas especialidades, todos voluntários da Conscienciologia e docentes, alguns, desde 1996 outros a partir  de 2000.
A obra foi lançada pela editora Editares, de Cognópolis, um bairro de Foz do Iguaçu (PR), também conhecido como 'Cidade do Conhecimento'. “Cognópolis foi idealizado pelo médico e médium Waldo Vieira para reunir pessoas interessadas em aprender e colaborar com a Conscienciologia. Possui 1.616.000 m2, abriga uma área de preservação ambiental, condomínios residênciais, um centro empresarial e de convenções, e um campus onde funcionam 17 instituições voltadas ao estudo da Conscienciologia,  dentre elas o CEAEC (Centro de Altos Estudos da Conscienciologia, fundado pelo médico”, narra mais a autora, informando da construção de um megacentro.
“- Atualmente, está sendo construído Cognópolis um Megacentro Cultural Holoteca, megaprojeto concebido pelo arquiteto Oscar Niemayer, que dará espaço a coleções e exposições de mais de 500 mil objetos de estudos conscienciológicos e afins, além do teatro municipal e centros de eventos. Com sete condomínios residenciais, Cognópolis é voltado unicamente para a educação”.