Jornal O Estado do Triângulo - Sacramento
Edição nº 1783- 18 de junho de 2021

Aposentada precisa de ajuda para reconstruir casa destruída por incêndio

Edição nº 1530 - 12 de agosto de 2016

Celina Teodoro, mais conhecida como Preta 64, natural de Santa Cruz das Palmeiras (SP), reside em Sacramento há mais de 40 anos. E vive hoje um drama que a está levando ao desespero.
Depois de muitos anos, morando daqui e dali em pequenos casebres, Preta conseguiu um barraco de plástico na rua Caramuru, 1.107, no Alto da Santa Cruz, até que foi reformada através de uma campanha liderada pelo promotor da cidade.
“- Ali criei minha filha, que hoje está com 34 anos, com muito trabalho e sacrifício. Há cinco anos, quando fui trabalhar numa fazenda, aconteceu uma tragédia. Um dia chegaram lá me chamando e informando que tinham botado fogo na minha casa. Quando cheguei, tudo queimado. Destruíram  tudo e até hoje não se sabe quem fez isso.  
O madeiramento queimou, arrebentaram paredes, janelas e calhas... Embora tenha uma aparência boa por fora, o pedreiro me alertou para não ficar morando aqui, pois pode desabar”, justificou, mostrando ao repórter os danos causados pelo incêndio.
Desde então, Preta mora de aluguel. E, para piorar a situação, o salário mínimo da aposentadoria passou para R$ 600,00, devido a um  empréstimo consignado que foi obrigada a fazer. “Estou pagando R$ 350,00 de aluguel, por outra casa na mesma rua e mais, água, luz... Não tenho como trabalhar e mal está sobrando para a comida”, narrou, desesperada, dizendo que precisa de uma ajuda para reformar sua casa.
Diz que conseguiu o apoio de uma funcionária da Prefeitura que a levou até ao prefeito que prometeu a reforma. “A Jucelaine me levou para conversar com o prefeito e ele disse que iria arrumar a casa. O tempo foi passando e nada. Voltei a procurá-lo e ele disse que não tinha verba, mas me mandou fazer inscrição para as casas do Loteamento Júlia Terra. Eu fiz a inscrição, depois me mandaram um papel me chamando na Assistência Social, me mandando fazer tudo de novo. Só que a minha casa não saiu. Meu nome não está na lista e eu desse jeito, num beco sem saída, sem casa, sem dinheiro. Conversei com um vereador que disse que não podia fazer mais nada, porque já tinham saído as casas”.
A chegada de Preta a Sacramento foi, digamos, meio por acaso. “Eu estava indo para o Paraná e numa parada na rodoviária de Ribeirão Preto, uma mulher me perguntou: 'Por que você não vai para Sacramento, um lugar muito bom de morar...'. Aceitei a sugestão,  vim e estou aqui até hoje. Meu primeiro emprego na cidade foi no Hotel Avenida, que nem existe mais. Coloquei os meninos nas creches e fui trabalhar. Trabalhei  depois em muitas casas de família, passando roupas, arrumando casas, cozinhando”.
 Depois de muito trabalhar, Celina, se viu doente, com problema de diabetes, pressão alta e foi obrigada a afastar do serviço devido a esses problemas que estavam se agravando, até aposentar-se há a cerca de um ano. E hoje vive esse drama, pedindo à Assistência Social o seguinte: “Já que não me deram a casa do loteamento, que reformem então minha casinha, dando condições para eu morar lá”.