O bancário aposentado, Rui Resende da Cunha (foto), morreu em Uberaba dia 28 último, aos 96 anos, depois de permanecer internado por uma semana em hospital daquela cidade com problemas renais.
Nascido na fazenda Santa Maria, do lado de lá do Lajeado, ribeirão que separa os municípios de Sacramento e Conquista, era filho do casal de fazendeiros, Sudário Rezende e Maria Vicência. Rui era o caçula dos nove irmãos, Vigilato, Alice, Edgar, Maria, Augusta, Nair, Ariston, Oto e Pudica. Até a juventude, permaneceu em Sacramento trabalhando na Farmácia da Esperança, de propriedade do irmão, Vigilato.
“- Ainda mocinho, o Rui saiu da fazenda e veio morar com papai, seu irmão Vigilato, em Sacramento, e por aqui ficou”, lembra o sobrinho Donaldo Lenza, que nutre pelo tio um grande carinho.
“- Tio Rui, logo começou a trabalhar na farmácia com papai, onde permaneceu por muitos anos, até que foi para o Banco Nacional do Comércio e Produção, a convite de um grande amigo da família, o Toniquinho, de Conquista, aliás, o dono do Banco, um grande fazendeiro, Antônio Martins Fontoura Borges”, lembra Donaldo.
Grande amigo de Rui, o também colega de banco, Éverson Silveira, lembra quando trabalharam juntos na agência de Sacramento, tendo como gerente, Mário Afonso Borges. “Trabalhamos juntos na década de 60 aqui em Sacramento, depois dele trabalhar muitos anos na farmácia com o irmão Vigilato. Nessa época, eu já bancário experiente e contador do banco, o preparei, como estagiário, para assumir a contadoria do Banco Nacional Comércio e Produção em Cuiabá (MT). Ele foi removido, mas ficou pouco tempo por lá. Não suportou o calorão de Mato Grosso. Voltou disposto a abandonar o banco... Aí, lhe deram uma oportunidade de ir para Guaíra (SP) e lá ele ficou até se aposentar. E não tive mais contato com ele”, conta Versim, destacando o lado artístico do amigo.
“- Rui era um bon-vivant. Ele era uma artista, muito bem humorado, excelente piadista. Bom companheiro, um ser humano de coração imenso e um profissional de total confiança. Ele era muito competente e era muito amigo do nosso diretor, amigos, mas amigos mesmo...”, recorda, lamentando sua morte.
Depois de se aposentar, conta o sobrinho Donaldo, que Rui foi morar em Uberaba com as irmãs, Alice Augusta e Nair. “Tia Alice e tia Gusta morreram e agora foi ele. Dos dez, só resta tia Nair, com 98 anos”, informa o sobrinho, destacando o amor do tio por Sacramento.
“- Embora residisse em Uberaba, tio Rui nutria um grande amor por Sacramento. Aqui estavam os melhores amigos da vida dele, como o Sussu, o Nino, os irmãos Hugo e Alberto Bianchi, aquela turma antiga toda era amiga dele’’, conta mais Donaldo, destacando a inteligência de Rui Resende.
‘‘- Tio Rui nunca se casou, tinha poucos estudos, mas era muito inteligente. Era um homem direito, honesto, bom caráter e era muito alegre, amigo de todo mundo, era uma pessoa ímpar. Adorava três coisas: poesias, pescaria e o Botafogo, este seu único defeito”, conta dando uma boa risada e, ao mesmo tempo, emocionado com as lembranças do tio. “Ele declamava muito uma poesia chamada 'Meu Ranchinho', declamada pelo amigo Airton Cury, no momento de sua despedida”, finaliza.
Dona Zeca morre aos 84 anos
Maria José Fonseca de Oliveira (Dona Zeca)(foto), 84, morreu às 2h30 da manhã do dia 30 de dezembro, depois de permanecer por 20 dias internada no Hospital Universitário Mario Palmério, em Uberaba. Segundo familiares, o laudo médico aponta choque séptico, pneumonia, insuficiência renal aguda e diabetes.
Dona Zeca era viúva de Acácio José de Oliveira e deixa três filhos, Virgínia, Vera e Luiz Fernando, seis netos e dois bisnetos.
Zeca foi um exemplo de mulher protetora, solidária, dedicada, que oferecia o melhor de si mesma aos companheiros de ideal, junto ao colégio Allan Kardec devido a sua religiosidade, uma espírita fervorosa e também voluntária efetiva nas atividades daquela casa, enquanto sua saúde permitiu.
Para os familiares e amigos, ficam as marcas de sua presença que se destacam inconfundíveis, as boas lembranças, a saudade e a certeza de que ela se integrou na Grandeza Suprema junto ao Pai.
e Leise Jerônimo aos 69
A professora Leise Feliciano Jerônimo morreu aos 69 anos, dia 30 último, na Santa Casa de Misericórdia de Sacramento, onde estava internada, devido ao agravamento de seu estado de saúde. Leise vinha lutando contra um câncer há mais de um ano. Chegou a ter melhoras nos últimos meses, mas ultimamente o quadro se agravou. Formada no antigo Curso Normal, na Escola Normal de Sacramento, Leise não se dedicou ao magistério, mas à educação dos cinco filhos que teve com o bancário, Álvaro Jerônimo (Majé): José Eustáquio (Cláudia), Pollyana (Renato), Fabiano (Mariana), Fernando (Amanda) e Gustavo, que lhe deram sete netos.
Filha de Langerton e Norma Feliciano de Deus, deixou também os irmãos, Lemir (de saudosa memória) Laércio, Lucy e Lélis.
“- Mulher generosa, alegre e cativante, mãe estremada e esposa dedicada, Leise era de uma simpatia ímpar, muito querida por todos que a conheciam. Em casa, quando nos reuníamos para um jogo de baralho ela era de uma simpatia e de uma bondade que nos comovia, uma grande amiga”, define a advogada Ivone Regina Silva, amiga da família.
No velório, ao lado de seu féretro, outras quatro amigas se despediram de Leise com carinho. Lembranças que vêm do antigo Curso Normal. Ainda moçoilas, formavam um quarteto inseparável, Eliete, Leila, Luciana e Norma, e ainda Regina, que teve morte precoce.
Após as exéquias no Velório Municipal e orações dirigidas pela tia Terezinha Bianchi, Leise foi sepultada às 18h no Cemitério São Francisco de Assis.