Turma de 72 tem Aula da Saudade na Escola Coronel

10h30, última aula da manhã do dia 10 de outubro de 1972, aula de História. A Profa. Célia Maria de Almeida Costa foi recebida de pé pelos alunos que lotavam a sala 18 da EE Cel. José Afonso de Almeida. Rezou com a turma e, tomando a caneta, abriu o ponto diário e iniciou a chamada diária da Turma de 1972: Alberto de Souza Vieira, Álvaro Alves Júnior, Ângela Jerônimo, Antonia Aparecida Mendes, Antonio Carlos de Oliveira, Antonio Sergio Magnabosco, Arlete Jerônimo... Presente, presente, presente...

10h30, 5ª aula da manhã de 10 de outubro de 2015, aula de História. Mais de quatro décadas se passaram e o gesto foi repetido na mesma sala, não mais com os 44 alunos daquela 8ª série, muitos impossibilitados de comparecer pelos afazeres que a vida nos impõe. Além  de outros inesquecíveis, Celia Maria Gomide, Fabio Luiz de Melo Bernardes e Marcos Jerônimo já transvivenciados para os braços do Pai. E Da. Célia tomou da caneta e repetiu a chamada... A partir daí a emoção foi tomando conta dos alunos e professores presentes, Ivone Regina Silva, Maria José Afonso de Almeida, Leida Silva Araújo e Walmor Júlio Silva, como professor convidado. 

As mensagens dos professores se sucederam na Aula da Saudade em indeléveis recordações... Um vídeo com fotos e registros dos alunos nos seus belos 15 anos levou muitos às lágrimas, ao som da canção, 'Eu me lembro com saudade o tempo que passou, o tempo passa tão depressa, mas em mim deixou...”

Alguns deixaram a 'lição de casa' com palavras que marcaram o encontro. Toninha Mendes escreveu: “A Terra anda à procura de quem esteja realmente vivo a seu favor. Vá ao encontro da Terra que chora. Vá enxugar-lhe lágrima por lágrima ainda que te  reste um pouquinho só de AMOR”.

E vários outros: “Resgate da alegria que vem da alma” (José Alexandre, Teté). “Há 43 anos atrás eu não tinha o dom para escrever, continuo não tendo. Mas hoje com a nossa Aula da Saudade eu posso dizer que ainda temos muito amor para dar e com certeza, ainda podemos plantar muitas flores pelo caminho. Assim, deixaremos para as gerações futuras um pouquinho do nosso amor e a certeza de que continuaram a semear o amor” (Cidinha Loiola). “Eu estou sentindo uma felicidade imensa!!!  Muitos colegas não tinha mais lembrança. Porém, através desse encontro relembrei! Só perdeu quem não veio. E se não tiver amor de nada adianta. Foi muito bom ver também os professores” (Cida Vieira).

Outros, ainda definiram o reencontro como 'divino'. Veja: “Momento divino!!! Alegria! Saudade! Lembranças!!! Reencontro!!! E  muito mais... Deus os abençoe! Deus nos abençoe!” (Marta Helena Fraga). “Ajudar, não é impor, é amparar, substancialmente sem pruridos de personalismo para que o beneficiado cresça, se ilumine e seja feliz por si mesmo. Plagiando  Zagalo, terão que nos ouvir. Muito obrigado” (Renato Bessa). E Miguel Vitorino foi radical: “A solução para os problemas da Humanidade é simples: Retorno às Origens”.