Clayton Hudson Crema (Buda)
morreu aos 57 anos, dia 24, no Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto, onde permaneceu internado devido a complicações de hepatite por três semanas
De acordo com o irmão, Renato Araújo Crema (Tim), Buda descobriu a Hepatite C em 1997 e de lá pra cá sempre fez tratamento, até que... “Ele era correto no tratamento, seguia à risca, era muito disciplinado, mas há dois meses atrás ele teve uma pancreatite, o que provocou uma descompensação do fígado... Aí a pessoa enfraquece, debilita-se e então teve de ser internado no Hospital das Clínicas. Havia, inclusive, a possibilidade de transplante, mas dependia da estabilidade do organismo dele. Mas, infelizmente, não conseguiram reverter seu quadro clínico infeccioso, aí ele nos deixou repentinamente, cumpriu a sua etapa de vida entre nós”, disse o irmão com os olhos marejados de lágrimas.
Para Tim, Buda era 'O Irmão', assim, com o 'I' maiúsculo. “Ele carregou todo mundo no colo, trocou muita fralda, ajudou a mamãe a cuidar da gente e até outro dia estava nos dando assistência de irmão mais velho. Uma pessoa muito correta, honesta demais, muito amoroso e querido por todos. Buda era muito família e uma pessoa muito alegre’’, recorda o irmão, citando mais:
‘‘Entre os amigos, Buda era alegre, brincalhão, doltado de um humor incrível. Buda era a figura, chegava e cativava, era um artista folclórico, e era muito querido. Tinha um coração imenso. Nunca o vimos destratar ninguém, fosse quem fosse. Ele tinha a sabedoria de lidar com o semelhante”.
Filho de Renato Crema de Souza e Regina Maria Araújo Crema, Buda nasceu em Belo Horizonte e ainda criança a família mudou-se para Brasília, onde viveram 18 anos. Em 1978, com a morte do patriarca, Sílvio Crema (Lelé), Renato e retornou com a família para Sacramento , onde fundou a Creil e foi trabalhar no ramo imobiliário, tendo Buda como braço direito. Com o fechamento da empresa, em 1991, Buda foi para a Crema &Cia, para administrar a parte da família e lá permaneceu até ser internado”.
Para o tio, Rui Crema, a perda é grande para a família e para a empresa Crema & Cia. “Além do vinculo de sangue, ele era parte da empresa e é uma perda grande para todos, era uma pessoas de extrema confiança. Buda era o esteio, por ser o irmão mais velho, e após a morte do Renato, ele substituiu o pai nos negócios da família e, os irmãos eram muito dependentes e acolhiam sempre os aconselhamentos dele. Buda estava aqui há quase 25 anos, sempre presente...”, afirma o tio, completado pelo funcionário da casa, Licinho Melo: “Fica um vazio na mesa, há quase 25 anos ele estava aqui, trabalhava na mesa ao lado e ausentou-se, por três semanas pra não voltar mais. Foi tudo muito rápido”.
Clayton deixa a esposa Valéria Soares, os filhos Pedro 20 e Antônio 17; os irmãos Robson (Biba), Nara, Ana Maria e Tim; tios; muitos sobrinhos e inúmeros amigos. Pessoa especial, Buda morreu muito jovem.
Divina Maria Madalena (Bita)
morreu aos 98 anos, na madrugada do domingo 25, à 1h da manhã na Santa Casa de Sacramento, onde foi internada na quarta-feira 21, apresentando um quadro de tosse
De acordo com a cunhada, Lúcia Alves de Oliveira, que lhe prestava assistência nos últimos anos, Bita fez crochê ate a semana em que foi internada.
“- A morte de Noélia foi um baque pra ela, que sempre lamentava a perda: 'O que vou ficar fazendo aqui, minha companheira foi embora...', foi uma perda grande pra ela, foram muitos anos as duas juntas. Com o tempo ela se estabilizou, fazia os seus crochezinhos e a gente acompanhando o seu dia a dia”.
Recorda Lúcia que seu estado de saúde se agravou de repente. “A uma semana de sua morte, ela estava bem. No início da semana Bita apresentou um quadro de tosse, foi ao médico, mas não melhorou, até que foi internada na quarta-feira e, no domingo, morreu, serenamente. Digo que Bita, morreu como viveu, com serenidade. Viveu 98 anos, sempre sadia, trabalhando. Sua vida foi uma bênção”, afirma mais a cunhada.
Bita nunca se casou. Viveu a sua vida entre as atividades religiosas na então na Igreja Matriz, os bordados e crochês. “Rita foi uma grande bordadeira, fez enxovais de muita gente. Depois passou a se dedicar só ao crochê, verdadeiras rendas ela fazia. Nunca se casou, nem trabalhou fora. Sua atividade sempre foi em casa, com os bordados e crochês. Tinha uma dedicação extremada com a família...”.
Filha de Osório (Zorico) Fernandes de Oliveira e Maria José de Oliveira, Bita era a mais velha de nove irmãos: Zé Velho, João Velho, Rita, Nenén, Benedita, Eurípedes, Noélia e a caçula Juraci, a única ainda viva. Bita foi velada por familiares e amigos e, após as exéquias proferidas por Pe. Gil Araújo, foi sepultada às 15h do domingo, no Cemitério S. Francisco de Assis, deixando muitas saudades.