“Tenho um sonho em minhas mãos/Amanhã será um novo dia/Certamente eu vou ser mais feliz...” os versos são o trecho final da música Sonhos , do compositor Peninha (1977), que ilustram bem o que a sacramentana Diomira Alves Mendonça (foto) viveu entre os dias 8 a 18 últimos realizando um sonho de 55 anos. “Tudo era apenas uma brincadeira/E foi crescendo, crescendo, me absorvendo...”, diria Peninha, acompanhado pela também cantora Diomira, que integrava a banda The Red Stones, nos anos 60.
A primeira parte dessa história, o leitor ficou conhecendo na penúltima edição; hoje trazemos o capítulo final, recheado dos relatos de Diomira, que chegou a Sacramento nesta quarta-feira 19. “Saí de Sacramento no sábado, dia 8; no domingo 9 embarquei em Guarulhos, fizemos conexão em Dallas e de lá para Memphis, a cidade mais populosa do Tennesee (EUA), com cerca de 1,5 milhão de habitantes. É um acidade linda, muito plana, espaçosa, muito arborizada. O Complexo Graceland, onde está a mansão de Elvis Presley, que é hoje um museu, fica mbem longe, acredito que quando ele a adquiriu ali deveria ser uma fazenda. Hoje, há muitos bares, restaurantes, lojas, tudo em função de Elvis, tudo administrado pela família, uma empresa muito grande, que está construindo um hotel que será inaugurado em 2016, já se preparando para 2017, quando haverá um megaevento pelos 40 anos de sua morte. Eu gostaria muito de ir...”
Diomira fez a viagem com grupo de outras dez pessoas. “Tínhamos um guia em português e outros dois que dominavam o idioma’’, disse”.
Day by day
“- Em Memphis, a primeira visita , claro, foi ao Complexo Graceland. Na parte externa, poderíamos entrar a hora que quiséssemos, fui quatro vezes, visitei o túmulo três vezes, chorei. É muito emocionante. A cidade respira Elvis, toda faixa etária, de criança a idosos. Eles cultuam o Elvis, como a um deus. Eu pensei que sabia sobre Elvis, hoje eu vejo que não sabia quase nada. Aprendi muita coisa com o grupo e na cidade”, conta.
Segundo Diomira, ela se emocionou quando conheceu Beale Street, onde há muitas casas noturnas, muitos shows, um lugar que Elvis frequentava e ia sempre com guarda-costas. “Aliás, o lugar é chamado de a Máfia de Memphis e lá era frequentado por mendigos – hoje muito perigosa - e ele distribuía dinheiro aos mendigos. Ele era uma pessoa muito caridosa”, conta mais, relatando outros fatos.
“- Quando a gente passa pelo portão de sua propriedade, é como se a gente entrasse numa casa de oração. São milhares de pessoas de toda parte do mundo no maior respeito. A casa que é o museu não é grande, a propriedade é que é muito grande. Lá eles montam uma imensa tenda e, do dia 10 até o dia 16, das 10h da manhã até a meia noite são só shows de covers do mundo inteiro. Muitos covers são perfeitos e os público entra em delírio”.
De acordo com Diomira, a parte superior da casa não pode ser visitada, era o local da privacidade do cantor, onde só entravam pessoas convidadas. “Com a sua morte, a família respeitou a sua memória e não permite a entrada nessa ala”. Uma curiosidade relatada por Diomira é que, assim que a família se mudou para Memphis, foram morar num apartamento de quatro cômodos, e o quarto onde Elvis dormia tem as paredes pintadas por marcas de beijos dos fãs. “Eu deixei dois beijinhos lá. E os muros da casa em Graceland, onde ele viveu e morreu são de pedra, cheinhos de assinaturas, não há mais lugar para escrever, mas eu dei o meu nome lá por cima dos outros”, conta, rindo.
Outra grande emoção de Diomira foi a viagem a Tupelo, a cidade onde Elvis nasceu no Mississipi. “Quando entrei na casinha onde ele nasceu, eu chorei. É uma cidade pequena, como Sacramento. Quando ele nasceu e onde viveu até os oitos anos, deveria ser uma vila. A casa foi construída pelo pai, uma casinha mesmo, de dois cômodos, tem 17 m², bem rústica. Eles eram muito pobres. A casa foi restaurada e é muito bem cuidada. A cidade é linda, muito bem cuidada, arborizada e tem orgulho do filho, há estátuas de bronze dele criança e no auge da carreira”.
Outra grande emoção vivida pela fã, foi a vigília com velas realizada na note do dia 15 até a manhã do dia 16. “São milhares e milhares de pessoas de todas as idades, é tanta emoção que perdi a noção do tempo. É uma emoção que vai ficar para sempre. Realizei meu sonho, um sonho que nasceu dos 12 para os 13 anos e perdurou até os dias de hoje”.
Finalizando, Diomira completa: “Elvis não bebia, não usava drogas, mas era uma farmácia ambulante, tinha muitos problemas de saúde, inclusive, era depressivo desde que perdeu a mãe Gladys Presley. Elvis deixou uma filha Lisa Marie Prisley, que abriu a vigília de velas ao lado da mãe, Priscilla Presley. De acordo com Diomira, Lisa tem dois filhos gêmeos, como o pai Elvis, que era gêmeo com Jesse Garon.