O advogado Thiago Silva Scalon (foto) é o novo presidente do Codema (Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente). Compõem ainda a diretoria, eleita no úlltimo dia 17, os seguintes membros: Maurício Marques Scalon (vice-presidente), Thiago Paim e Alisson Rodrigues (Secretários), além de representantes dos setores empresarial, político e das organizações da sociedade civil responsáveis pela proteção do meio ambiente, debate e busca de soluções para o uso dos recursos naturais e recuperação dos danos causados na natureza pelas ações inconsequentes da sociedade.
Em entrevista ao ET, Thiago falou de suas propostas para o órgão que, dada sua importância, poderia ter tido uma ação bem mais efetiva. “Num primeiro momento vou fazer uma avaliação da situação do órgão, inclusive na parte financeira, visto ser um órgão deliberativo e consultivo, tomar conhecimento de sua atuação no município e os convênios existentes”, citando outras iniciativas.
Nomeado pela OAB, Thiago representou a instituição na última gestão, período em que ganhou experiência e o preparou para ocupar o cargo, razão de citar já alguns problemas que vai enfrentar: a questão do lixo e da abertura de novos loteamentos.
“- Quero tomar conhecimento sobretudo na questão do lixo que, inclusive, tem sido descartado em lugares indevidos. Na abertura dos loteamentos, entendo que o Codema tem que receber esses projetos com muito mais antecedência para que o órgão possa de fato analisar todos os aspectos, evitando que depois sejam questionados pelo Ministério Público, como vem acontecendo”, citou.
De acordo com Thiago, em relação aos loteamentos aprovados já não há o que se fazer mais. “Aliás, os últimos aprovados, eu me abstive de votar em todos, não porque percebi irregularidades, mas porque não tive tempo hábil para uma análise, inclusive, um foi aprovado em reunião extraordinária...”, lembrou, afirmando que quer também que estreitar os laços com o Ministério Público, “para que tudo ocorra dentro da legalidade. Não pretendemos agir com rigor, mas dentro da legalidade”.
De acordo com o novo presidente, o Codema é composto por três câmaras, constituídas, cada uma, por quatro membros que são responsáveis por avaliar e emitir pareceres técnicos relacionados a recursos hídricos (câmara azul), ocupação e uso do solo e mineração (marrom) e, vegetação (verde), conforme explicita artigo 7º da Lei Municipal nº 1.315/13, que mantém a existência do Codema e do Fundo Municipal de Meio Ambiente e dispõe sobre a instituição da Conferência Municipal de Meio Ambiente, dentre outros.
Finalizando, afirma o novo presidente que vai gerir o Codema da forma como tem que ser. “Vamos trabalhar e não vamos passar a mão na cabeça de ninguém. Meu trabalho será voluntário, mas não posso me preocupar se vai gerar uma situação de desconforto com um amigo ou não. O Codema tem que desempenhar o seu papel”, frisou.