Heigorina foi uma batalhadora em favor dos necessitados
“Heigorina foi uma batalhadora. Foi, não, continua sendo uma batalhadora em favor dos necessitados, dos pobres, daqueles que têm dificuldade na vida. Ela desenvolveu um trabalho muito importante, ainda pouco conhecido, a Casa Assistencial Dr. Bezerra de Mendezes, um hospital de reabilitação, onde são atendidas crianças com deficiências físicas, com excelentes resultados. Através dessa obra, ela continuará servindo as pessoas. Temos também o seu grande trabalho de assistência social com as gestantes e enxovaizinhos para recém nascidos. Seu trabalho foi extraordinário em todos os aspectos e com toda certeza continuará como espírito imortal que é, e, em breve, estará nos ajudando aqui. Como família, nos conhecemos desde crianças, ela é pouco mais velha que eu. Estudamos juntos, tivemos atividades espíritas juntos. É de fato uma grande criatura. É claro que a ausência física nos traz saudosismo, mas temos a certeza de que, como dizia um amigo, 'a morte é o portal da vida', ela continuará conosco, trabalhando sempre em benefício do seu próximo”. (Saulo Wilson, uma das lideranças espíritas na cidade, primo de Heigorina)
Ela vivenciou o Evangelho
“Heigorina sempre teve uma vida de muita dedicação, especialmente àqueles que tiveram, como ela, grandes dificuldades com a paralisia e teve o início de um trabalho muito bonito de auxiliar as crianças fazendo as botinhas de papelão, fazendo o que hoje chamamos de botas ortopédicas. A partir daí, Heigorina foi desenvolvendo esse sentimento ao próximo, com os enxovaizinhos na Casa Meimei e a palavra de esperança, que acredito, a fez se tornar um ícone, porque ela vivenciou o Evangelho, deu exemplos para todos nós, de renúncia, de dedicação. Além do mais, ela possuía uma mediunidade muito expressiva que fez com que auxiliasse muitas pessoas.
Vejo que o seu passamento é, realmente, uma perda, mas ao mesmo tempo compreendemos que todos nós temos um planejamento, e ela o cumpriu com muito amor, agregando muitas pessoas ao seu coração. O que hoje nós vivenciamos é um momento de profunda gratidão e não o sentimento de perda. Perdemos, sim, o corpo, a convivência física, mas não perdemos a sua presença em nossa vida. Heigorina foi uma pessoa de grande amor e idealista e, tudo aquilo que ela plantou foi uma semeadura que terá abundância na colheita, para todos os que quiserem aproveitar os exemplos. Ela teve suas limitações físicas, mas elas não impediram que ela fizesse o bem e a caridade. Foi uma pessoa de grande ideal, e nos deixa um grande legado”. (Alzira Bessa França Amui, presidente do Grupo Espírita Esperança e Caridade/Colégio Allan Kardec)
Grande perda para a cidade
Há momentos em que é muito difícil falar, como este por exemplo, do desenlace físico de nossa irmã, Heigorina Cunha, uma grande perda para a cidade, para Minas Gerais, para o Brasil pelos grandes ensinamentos morais, éticos e religiosos deixados. Será difícil apagar da nossa memória a saudade. Porém, agora, é momento de levar os seus ensinamentos à frente. E ela, por certo, num plano diferente, vai estar olhando por todos e nos ensinando, apontando qual caminho devemos trilhar, para almejarmos chegar perto da perfeição. Ela deixou uma vasta obra no âmbito físico e espiritual, como a Casa Assistencial Dr. Bezerra de Menezes, fruto de dedicação, de amor e de doação. Só quem verdadeiramente ama é capaz de pensar e concretizar uma obra como aquela, que tanto bem faz a deficientes de Sacramento, Conquista e de todos os que a necessitarem”. (Helder Devós Ferreira, venerável da Loja Maçônica General Sodré/Sacramento)
Este marco vai ficar para sempre
“Sou uma das pessoas que teve a feliz oportunidade de passar um período muito bom de minha infância aqui na Chácara. E, entre setembro de 1946 até novembro de 1949, eu, menino ainda, pude viver e conviver com a família, trabalhando na chácara como terreireiro e entregador de leite. Nessa oportunidade, convivi com todos os irmãos, que me tratavam como da família, como um enteado da casa. E uma das oportunidades felizes que tive, além da vivência, devido a minha higiene, eu era muito limpinho, dona Sinhazinha me escolheu para fazer o queijo para Vó Meca. Uma oportunidade muito feliz de que nunca me esqueci.
E hoje vivemos a perda de Heigorina, uma pessoa que viveu, exclusivamente, voltada para as coisas de interesse espiritual e para o bem. Foi muito ligada à obra e aos exemplos de Eurípedes e soube preservá-los como nenhum outro. Foi a responsável por manter viva a chama da realização do Culto do Evangelho, que Eurípedes fazia todos os dias, às nove horas da manhã, e que vai continuar. Para nós, para a cidade é uma perda muito grande, porque Heigorina era motivo de caravanas e mais caravanas que vinham à cidade para conhecer a sobrinha de Eurípedes Barsanulfo. Esse marco vai ficar em Sacramento para sempre, porque as pessoas continuarão vindo para conhecer o Quartinho de Eurípedes, mas lembrando agora a memória de Heigorina Cunha, ligada à de Euripedes Barsanulfo”. (Advogado José Rosa Camilo, presidente da OAB local e amigo da família)
Quantas lições você nos ensinou...
“Queremos agradecer a seus pais por essa dádiva que foi a sua presença entre nós. Obrigada por tudo o que você nos ensinou, por tudo que nos passou nesses longos anos de convivência. Realmente, não temos palavras, nem podemos medir quantas lições você nos deixa. Quantas vezes estranhávamos as suas atitudes e depois reflexionávamos como você tinha razão. Víamos como sua visão era imensa e que nós não tínhamos condições de alcançar.
Percebemos nos últimos dias, que você sabia que iria embora. Você nos deixou nesses dias, nas suas mensagens a certeza de que estava partindo. Sentíamos pelo seu olhar, pelas suas despedidas unindo as nossas mãos, cantando a música de que você tanto gostava, “Alegria Cristã”, pedindo para que déssemos continuidade a este trabalho.
Temos a certeza de que você jamais nos abandonará. Por isso, vamos fazer de tudo, tia Heigorina, para não decepcioná-la em momento algum. Sabemos que o mundo espiritual está em festa com a sua chegada. Sabemos que você cumpriu fielmente as palavras de Confúcio: “Quando tu nasceste, todos sorriam, só você chorava; viva de modo que, quando partires, todos chorem e só você sorria”. Nós estamos chorando a sua ausência física, como cantou Sérgio Bitencourt: “Naquela mesa está faltando ela e a saudade dela está doendo em mim...” (cantou entre lágrimas). Até breve tia Heigorina, Cuide de nós!” (Iracy Batista de Almeida Calil, fiel companheira de Heigorina e voluntária da Casa Espírita)
Ela viveu para os outros
“Partimos de um princípio de que um fruto nunca cai longe da árvore e este exemplo já vimos colhendo de gerações em gerações. Não sei de nenhum dia de tia Heigorina, em que ela não amanheceu fazendo caridade, fazendo o bem. O que dizer dela mais que isso? Acredito que nada. Ela viveu para os outros e com os outros. Agora é nós nos esforçamos para tentar fazer pelo menos um pouco do que ela fez, somos a terceira geração da família”. (Sobrinho, Emanuel Cunha, filho de Ivomir Cunha e Augusta Flausino)
Marco para nossa doutrina
“Conheço a Heigorina há 30 anos e foi um dos grandes marcos na minha vida, tanto na doutrina como no convívio social. Essa ligação toda que temos com muitas pessoas do Brasil, somos gratos a ela, que nos propiciou isso. Somos gratos pelo seu trabalho e afeição com que ela sempre nos tratou. Vai nos deixar muitas saudades e recordações, pela sua vibração e carisma muito grandes. E essa ligação dela com a região, Santa Maria, Conquista, este tripé que ela acabou montando através de seu abnegado trabalho, representa um marco para a nossa doutrina. Um marco tão grande que fez com que o filme, 'Nosso Lar' fosse feito num cenário desenhado pelas mãos de Heigorina, que projetou em desenho a Cidade no Além. As primeiras características da visão do mundo espiritual vieram através de Heigorina. De certa forma, é uma perda física muito grande para a doutrina, para Sacramento e região, porque é uma das pessoas que mais se projetou nesta região. É a mulher que hoje mais se destaca pelo sentimento de amor, de caridade... Agora fica o seu legado”. (Emmanuel Alves da Silva, da Casa Assistencial São Vicente de Paulo, de Conquista).
Ela era um espírito raro
“Sou discípulo dos bons exemplos de vida de Dr. Tomás Novelino, ex-aluno de Eurípedes e Dr. Agnelo Morato e, vivendo com eles até os 21 anos, num sistema diuturno metódico e continuado, pude haurir uma expressão deles sobre a professora Heigorina. Lembro-me de que Dr. Tomás Novelino ao se referir a Heigorina, a quem ele chamava de Mestra, dizia: 'Ela é um espírito raro'. E de fato, Heigorina representou muito para o movimento espírita, não é uma ausência, porque a invisibilidade não significa isto, porque ela nos deixa uma obra monumental, fundamentada em ciência da causa que gera o efeito e da filosofia de princípios profundos. Neste trabalho de filosofia e ciência, ela se aliou à ética e à religião. Heigorina, ao corroborar de forma didática, trouxe para o conhecimento humano o arcabouço da colônia, Nosso Lar, sob orientação de Chico Xavier.
Heigorina deixou também um livro chamado, 'Força da mente', alicerçado em princípios profundos com os grandes mestres convidados para acompanhar Allan Kardec na codificação do Espiritismo. Assim, Professora Heigorina representa um dos pilares em que se assenta os princípio codificados por Allan Kardec no seu tríplice aspecto. 'Ela é um espírito raro'. E realmente concordamos com Dr. Tomás Novelino e com o professor Agnelo Morato. Ela deixa uma grande contribuição tanto no aspecto literário, mas também no sentido ético-moral, deixando para a humanidade, em termos da nova medicina, o seu livro, 'Força da Mente', que traduz recuperação de crianças com deficiência. (Carlos Alberto Poggetti, professor de Astronomia e escritor, de Franca)
Missão de doar de si em prol dos outros
“Falar de Heigorina é muito fácil, o difícil é falar mal dos outros. Heigorina merece todas estas homenagens, pois foi uma pessoa que deu a vida pelos outros, apesar das dificuldades físicas. Se os que têm muita saúde e não têm limitações fizessem alguma coisa mais, pelo menos parecido com o que ela fez, o mundo seria muito melhor, nossa humanidade seria outra. Heigorina é daquelas pessoas que vêm com uma missão, muitas até desistem, mas ela não. Ela cumpriu o seu papel, a missão de se doar em prol dos outros. E não foi só doação de coisas físicas e matérias. A caridade material é fácil, o difícil e doar a si mesmo. E ela deu amor, deu palavras de alento, soube ouvir e sorrir sem distinção de pessoas. E todos nós podemos doar alguma coisa, nem que seja esperança, amizade, mas nem todos têm essa disposição.
Com a idade que estava, 90 anos, Heigorina atendia as caravanas que chegavam do Brasil inteiro, até pessoas do exterior, como da Argentina, com a dedicação de sempre. Isso é de família, vem desde Eurípedes Barsanulfo. Ela veio com essa missão, com uma evolução maior, um entendimento maior. E, para que a gente aprenda, precisamos de professores e o maior deles é o Cristo, de quem Heigorina procurou viver fielmente os ensinamentos. Ela veio para se doar, sabia o que é o amor, a doação e se doava. Essa é uma das características missionárias, é mais importante doar que receber, e quando a humanidade toda descobrir isso, aí, sim teremos um mundo bem melhor... Enquanto estamos aqui, certamente lá em cima estão em festa com sua chegada. Conheci Heigorna há muitos anos e o tempo que convivemos com ela aprendemos muito. (Dr. Denizard Rivail Gomes, médico gastroenterologista e coloproctologista, de Ribeirão Preto)
Heigoina retorna ao Pai
“Heigorina, nossa grande companheira, meiga e de coração aberto, que descrevia o plano espiritual com uma verdade, uma convicção tão grande que emocionava. E o céu ganhou com isso, porque ela retorna ao Pai para um trabalho muito maior. Ela, com certeza, vai continuar iluminando cada um de nós, intercedendo para que possamos fazer o mundo para o qual ela tanto trabalhou bem melhor. Legados para isso ela deixou”. (José Tadeu da Silva, do Hospital Casa do Caminho/Araxá)
Não há nada que apague seu bem
“Heigorina, minha irmã, a saudade ficará bem aqui guardada no peito. As suas palavras, a sua acolhida, a sua alegria em nos receber. Não há nada que pague o que você fez de bem a todos. Até um dia, quando nos reencontraremos...”(Alexandre Nalegaca, de São Paulo)
A saudade ficará guardada no coração...
“A partida de Heigorina dói muito, é muita dor pelo muito que ela nos fez. O consolo é que a perdemos, mas o mundo espiritual vai ganhar muito” (Maria de Lourdes Nelegaca (Tica).
Ela vai colher os frutos de seus ensinamentos
“Conhecemos Heigorina em 1965, numa visita a sua casa a serviço, onde fomos recebidos com muito carinho, muito amor. Em 1972, encontramos na família Cunha um apoio, fazendo com que se tornasse uma segunda família para nós. Tornamo-nos espíritas e nossa amizade foi crescente. Foram muitos ensinamentos de lá pra cá. Temos muito o que agradecer por tudo que nos legou. Todos perdemos uma grande mulher, mas perdêmo-la fisicamente, porque seus ensinamentos continuarão sempre conosco e às futuras gerações. Ela plantou para isso e agora vai colher os frutos de seus ensinamentos”. (Enézio de Paula, do Grupo Espírita Maria de Nazaré /Uberaba)