O funcionário público João Batista Pereira, 55, morreu na sexta-feira, 13, por volta das 11h15, no trevo que dá acesso à cidade de Conquista (Rodovia 464), quando o seu carro Fiat 147/1978, foi atingido por uma caminhonete Fiat Strada, conduzida por Joel Gomes de Souza, 44. Joãozinho, como era conhecido pelos amigos, popular gari da Prefeitura, foi velado por familiares e um grande número de amigos, especialmente colegas de trabalho, e enterrado às 10h00 do sábado, no Cemitério São Francisco de Assis.
No mesmo acidente, gravemente ferida e transportada em coma para o Hospital de Clínicas de Uberaba, sua esposa, Gertrudes Cardoso, (Tude), 52, veio a óbito na tarde da terça-feira seguinte, 18. O seu corpo chegou ao Velório Maurício Bonatti, às 16h30 e depois de velada por familiares e amigos foi enterrada ao lado de Joãozinho, às 19h00.
De acordo com o B.O., Joel seguia sentido Uberaba/Sacramento, quando João Batista, acompanhando da esposa, Gertrudes Cardoso, 52, da filha Thaísa Cardoso Pereira, 20, e o seu namorado, Tallis Magno Matos Pansani, 20, no sentido Sacramento/Conquista, entrou repentinamente na pista, onde trafegava o Fiat Strada. Joel diz que tentou desviar, mas nãoconseguiu evitar a colisão. A versão do motorista Joel foi confirmada pela testemunha R.A.S., 42, que chegava ao trevo no momento do acidente.
Socorridos pela polícia e ambulâncias de Conquista, João Batista morreu antes de dar entrada no hospital de Conquista. A esposa, Gertrudes, a filha Thaísa e Tallis também foram levados à Santa Casa daquela cidade onde receberam os primeiros atendimentos. Gertrudes, em estado gravíssimo, e seu genro, Tallis, com fratura na mandíbula, foram encaminhados para Uberaba. Thaísa, que sofreu escoriações pelo corpo foi removida para a Santa Casa de Sacramento. O condutorJoel, do Fiat Strada, que apresentava fratura na costela, corte contuso na perna direita, lesões no pescoço e dor no peito permaneceu internado em Conquista.
Foi tudo uma grande dor para a cidade que se comoveu e se uniu à jovemThaís.
Conforme ainda o BO, João Batista não era habilitado. Os veículos foram removidos para Sacramento pelo Guincho Irmãos Ribeiro. Ainda de acordo com o B.O., o motorista Joel foi submetido ao teste do bafômetro e constatado 0,03 miligramas de álcool por litro de ar expelido.
O perito Wallison,do IML de Araxá, compareceu ao local para as avaliações de praxe, mas o laudo só fica pronto em 30 dias.
Grande amor unia a família
A filha Thaísa, universitária de Pedagogia, que esteve internada na Santa Casa de Sacramento, foi liberada no sábado e, amparada pelos padrinhos Raquel e Marcos. Comovida, compareceu ao velório e recebeu de amigos e familiares um grande conforto, até o momento do sepultamento, às 10h00 do sábado.
Na quarta-feira seguinte, 17, à tarde, a redação do ET recebeu a notícia do falecimento de Gertrudes, devido ao traumatismo craniano sofrido. Transportada para Uberaba, já em coma, ficou internada na UTI, com um diagnóstico dos médicos afirmando que seu estado era gravíssimo, devido as lesões sofridas no acidente e vindo a óbito na terça-feira. Trasladada para Sacramento, foi velada no Velório Maurício Bonatti por familiares e amigos e enterrada no Cemitério S. Francisco de Assis, ao lado do esposo Joãozinho.
Filha única, Thaísa está inconsolável e não tem condições psicológicas para falar sobre o acidente. “Papai estava em férias e íamos à casa de um irmão dele em Conquista, quando ele entrou, a caminhonete veio em cima e pegou do lado da mamãe. Eu estava atrás dela...”, diz chorosa, ao lado da madrinha Raquel que a ampara desde o dia do acidente. “Foi uma tragédia para essa menina, mas ela vai superar, ela é muito querida e vamos lhe dar o amor necessário”, consola a madrinha, cheia de carinho.
Servidor da prefeitura municipal há mais de 20 anos, João Batista, que era um servidor exemplar e querido por todos os colegas, foi velado por familiares, amigos e conhecidos e sepultado no sábado, às 10h.
Ficam agora as lembranças, sobretudo da união da família, em todos os afazeres domésticos, passeios e festas que frequentavam sempre juntos, numa demonstração do imenso amor que unia pais e filha.
“- Ela já era grandinha, estava ficando mocinha e eles a levavam para a escola diariamente. O pai e a mãe, ele carregando a pasta e ela de mãos dadas com a mãe”, recordam os amigos e a madrinha Raquel completa: “Todas as noites, o pai ia esperá-la no ponto do ônibus, quando chegava da faculdade. Os pais dedicavam muito carinho, muito amor, muito zelo por essa filha. Nós vamos fazer o mesmo”, diz, amorosa, demonstrando todo o cuidado com a afilhada.
Agradecimento
Quero agradecer primeiramente a Deus por ter colocado em minha vida durante vinte anos essas duas pessoas tão maravilhosas, que são meus queridos pais. Foram 20 anos de muita alegria e amor. Eram pessoas simples, porém que me ensinaram o valor do amor, da caridade, da humildade e, principalmente, da fé. Não está sendo fácil esse momento da partida deles, mas eu sei que agora eles estão juntos em um lugar cheio de paz e que eles vão sempre zelar por mim.
Obrigada, pai, pela sua bondade; obrigada, mãe, pelo seu carinho. Sei que agora não posso mas vê-los, mas posso senti-los. O amor que sinto por vocês é eterno. Da filha que tanto ama vocês...
Thaísa