Jornal O Estado do Triângulo - Sacramento
Edição nº 1783- 18 de junho de 2021

Toma posse a nova diretoria do Lar São Vicente

Edição n° 1274 - 09 Setembro 2011

O funcionário público, Waldeci José dos Reis, é o novo presidente do Lar São Vicente de Paulo, empossado, no sábado, 3, em solenidade que contou com a presença de Neivaldo de Paula Camargos,  presidente do Conselho Central de São Vicente de Paulo, com sede em Uberaba; do Coordenador do Departamento de Normas da SSVP, Bento Damasceno Gomes Filho, amigos, familiares, funcionários e internos da casa. 

Vicentino há oito anos, sempre ligado ao Lar S. Vicente, até mesmo pela esposa que trabalha na instituição, Waldeci disse, em entrevista ao ET, que chegou o seu momento de ajudar a entidade. “Chega uma hora que a gente é chamado a servir. A carta convite é aberta a qualquer vicentino e eu me coloquei à disposição da sociedade para essa causa tão nobre, que é dirigir o Lar dos Idosos”, diz. 

De acordo com Waldeci, as eleições foram convocadas pelo vice-presidente Leandro  dos Santos, na presidência interina do Lar,devido ao afastamento de Isan Magnabosco transferido pela Cemig para Belo Horizonte. “O vice-presidente assumiu o cargo e conforme os estatutos ele tem de convocar nova eleição num prazo de 180 dias e assim foi”, justifica.

Falando de suas metas e prioridade à frente do Lar, diz  que dará continuidade ao bom trabalho desenvolvidos pela diretoria anterior, tendo sempre em vista os moradores da casa, que só existe por eles e para eles. “Haja o que houver temos sempre que procurar o bem estar dos idosos. Queremos ser atuantes, com muita transparência e sempre voltados aos nossos internos”, afirma.

Waldeci, 47, é sacramentano, filho de José Gomes Mateus, Zé da Água, e Luzia Mateus,  casado com Sônia Aparecida Silva Reis, pais de Deise e que tem pautado a  sua vida a  serviço do próximo. “Tomar conta, ser presidente  do Lar é uma coisa que preenche meu coração”, reconhece. 

 

Leandro deixa presidência

 

O presidente sainte, Leandro dos Santos, agradece os apoios recebidos durante esses seis meses e os anteriores, em que atuou na diretoria com presidente ao lado de Isan. “Como vicentinos, temos um compromisso com a sociedade e, consequentemente, com as suas obras e fazemos isso com carinho. Graças a Deus encerramos nossa participação aqui como diretor, mas nossa presença será sempre. E agora que saímos  só nos resta agradecer e dar as boas vindas ao Waldeci e aos outros membros que tomam posse. Não é muito fácil ser presidente de uma entidade desse tamanho, mas com certeza é gratificante”, afirma.

Compõem a diretoria com Waldeci os membros: Iraci dos Reis Miguel (vice-presidente), Aymê Luiza Ferreira a Silva e João Luzia  de Oliveira (secretários), Maria Abadia Spirandelli Batista  e Maria Abadia Bonetti de Oliveira (tesoureiras). 

Fazem parte do Conselho Fiscal os membros: Luzia Gomide, Jaime Eduardo Araujo, Adriano Magnabosco, Aristócles Borges da Matta, Leandro do Santos e Wellington Luiz da Silveira.

Mariscler Regivane da Silva Barbosa, assistente social do Lar há nove anos é uma das pessoas que conhece bem a realidade da casa, que conta com 45 internos, que recebem todos os tipos de atendimento que um idoso necessita. De acordo com  a funcionária, a casa é mantida com uma subvenção municipal,aposentadoria dos idosos e doações  da comunidade .

“- Nem todos que estão aqui são aposentados, mas aqueles que são, parte de sua aposentadoria vem para a instituição. Além disso, recebemos muita ajuda da comunidade em produtos de higiene, alimentação e limpeza. Não fossem essas doações não haveria como manter o lar”, afirma, apontando o principal problema do lar hoje:

 -“Faltam recursos humanos, precisaríamos de funcionários. Hoje somos 25, dos quais 20 são mantidos pela casa e dois cedidos pela prefeitura. Mas a falta maior é de pessoal especializado:  psicólogo, terapeuta ocupacional, nutricionista e educador físico. Há exigência desses profissionais, mas não temos condições de contratá-los, para completar o quadro multidisciplinar”. 

Segundo Mariscler, a casa mantém além dos demais funcionários, enfermeiros, fisioterapeuta e assistente social. “O Lar São Vicente de Paulo conta também com o apoio de voluntários”, reconhece a funcionária, informando que, pelo fato de muitos serem totalmente dependentes, esses voluntários prestam uma grande ajuda, principalmente na hora das refeições, por isso são sempre bem-vindos, assim como aqueles que vêm desenvolver alguma atividade com eles”. 

 

Presidente do Conselho Geral elogia casa

 

Neivaldo de Paula Camargos, presidente do Conselho Central de Uberaba, acompanhado de Bento Damasceno Gomes Filho, Coordenador do Departamento de  Normas – Denor, foi quem deu posse ao novo presidente, depois do compromisso prestado. “Há na Sociedade S. Vicente de Paulo, conforme suas normas, uma hierarquia e cabe ao presidente empossar o presidente de qualquer entidade da obra unida, que são casas que têm personalidade jurídica própria, como é o caso do Lar S.Vicente de Sacramento”, explica.

De acordo com o presidente  Neivaldo,  são 20 cidades na área de abrangência do Conselho Central, somando 35 conferências, das quais quatro são em Sacramento, três lares e uma obra unida. Mas são apenas 380 vicentinos.  “Ser vicentino é um trabalho voluntário, que depende de muita doação, dedicação, então não é muito fácil consegui novos membros. É um ou outro que entra, mas nós estamos aí na luta, eu, particularmente, há 30 anos”, explica. 

Neivaldo elogia a estrutura do Lar em Sacramento. “É um prédio muito bom, acolhedor, muito bem estruturado. Não que não tenha problemas, todas as obras têm. Mas a casa aqui sempre foi muito bem administrada, tem à frente pessoas de bem, dedicadas. Nossa avaliação é muito positiva em relação à casa aqui em Sacramento”, avalia. 

 

A Sociedade São Vicente de Paulo 

 

A Sociedade de São Vicente de Paulo (SSVP), também conhecida por Conferências de São Vicente de Paulo ou Conferências Vicentinas, é um movimento católico de leigos que se dedica à realização de iniciativas destinadas a aliviar o sofrimento do próximo, em particular dos social e economicamente mais desfavorecidos, mediante o trabalho coordenado de seus membros. 

A organização foi fundada em Paris a 23 de Abril de 1833, por um grupo de sete jovens universitários liderados por Frédéric Antoine Ozanam (1813-1853), estudante de Direito na Universidade de Sorbonne, um jovem na época com apenas 20 anos de idade. A organização adotou São Vicente de Paulo (1581-1660) como patrono, inspirando-se no pensamento e na obra do santo, conhecido como o 'Pai da Caridade' pela sua dedicação ao serviço dos pobres e dos infelizes. O lema da organização assenta na frase de São Vicente de Paulo: A caridade é inventiva até ao infinito.

A Sociedade de São Vicente de Paulo está presente em 143 países e tem mais de 700 mil membros espalhados pelo mundo. Mas é o  Brasil o maior país vicentino do planeta; aqui a instituição nasceu em 1872, com a Conferência São José, no Rio de Janeiro. E conta com cerca de 250 mil voluntários, organizados em 20 mil Conferências e 33 Conselhos Metropolitanos. 

As Conferências Vicentinas são grupos formados por homens e mulheres - e também por crianças e adolescentes, que se  reúnem semanalmente para debater e sugerir maneiras de atender as famílias carentes, que são cadastradas após sindicância sócio-econômica. Os Vicentinos fazem do sonho Ozanam, que é  "formar uma grande rede de caridade de ajuda ao próximo", uma realidade que alivia o sofrimento dos pobres e incentiva a promoção da dignidade humana.