Em visita de reconhecimento aos trabalhos de funcionária, diretor assina convênio com SPR
Desde que foi instalado em Sacramento, em 1972, o Instituto Mineiro de Agropecuária – IMA, nunca recebeu a visita de um diretor geral do órgão. Mas sempre tem a primeira vez. E a honra coube a Altino Rodrigues Neto, que há nove anos dirige o órgão no estado. Acompanhado do diretor regional, Roni Adolfo Hein, o diretor esteve na cidade para homenagear a servidora Cirlene de Faria, que se aposentou depois de 35 anos de serviços prestados ao Instituto.
“- Vimos fazer uma singela, porém importante homenagem à servidora Cirlene que dedicou 35 anos de sua vida ao Estado, sempre atendendo aos produtores rurais. Isso nos dá muito orgulho, porque Cirlene é uma servidora exemplar e que todos em Sacramento, com toda certeza, gostariam que ela fosse reconhecida pelo trabalho e dedicação a uma causa, porque a população muitas vezes não tem a total dimensão do que é um servidor público correto, competente. Ela representa tudo isso para o IMA, é pessoa competente, dedicada e com uma lisura a toda prova. Fiz questão de sair de Belo Horizonte e vir até aqui trazer-lhe essa homenagem, o nosso reconhecimento”, elogiou.
Para o diretor Geral, Roni Adolfo, 30 anos de IMA, a saída de Cirlene vai deixar uma lacuna na regional. Ninguém é insubstituível, mas ela vai deixar sempre saudades pela funcionária exemplar que sempre foi. Ela merece nosso reconhecimento e a aposentadoria, mas deixará uma lacuna”, reconheceu.
Dâmasu, chefe da seccional do IMA na cidade, reconhecendo a satisfação da seccional ao receber pela primeira vez a visita do diretor estadual, também elogiou o trabalho da servidora. “Foi uma honra termos uma servidora que contribuiu tanto com o IMA, 35 anos. Estou aqui há pouco mais de dois anos e pude aprender muito com ela. Cirlene sabe tudo de IMA. Conheci boa parta da história do Instituto com ela, as dificuldades do início e a evolução que teve nesses anos todos, sem contar a satisfação de receber o diretor estadual para uma visita”, elogiou.
35 anos de bons serviços e reconhecimento
Cirlene de Faria vai agora curtir a aposentadoria, após 35 anos de serviços no Instituto Mineiro de Agropecuária – IMA. “Minha história na seccional do IMA, que atende Sacramento e Conquista, quase se confunde com a história do instituto na cidade. O Ima começou aqui em 1972 e a funcionária era a Celma Gobbo, com o falecimento dela, eu, já concursada, assumi a vaga em 1976 e 35 anos se passaram. Comecei com o primeiro chefe, Francisco Mário Gondin Filho. O IMA se tornou minha segunda casa, minha segunda família”, conta.
Depois de mais de três décadas, a funcionária teve os colegas como uma família. “Foram muitos funcionários, muitos chefes, era um ir e vir de pessoas e eu aqui. Muitos eu nem sei mais os nomes, muitos já se foram, mas trabalhávamos juntos, convivíamos no dia a dia, era uma família. No dia a dia eram muitas pessoas, fazendeiros que estavam por aqui, a gente vai conhecendo pessoas, criando vínculos e depois vão ficando as recordações”, afirmou.
Falando da evolução nesse tempo, Cirlene presenciou todo o trabalho manual passando para a máquina de escrever, que evoluiu para a eletrônica e hoje já tudo informatizado, com um rebanho cada vez maior. “Foram muitas mudanças não só de pessoas, mas também do serviço. No começo era tudo manual, era uma papelada, não tínhamos máquina de datilografia nem de calcular, era tudo manual e o IMA era muito exigente, não aceitavam nenhuma rasura, a caligrafia tinha que ser legível, eram rigorosos na emissão de documentos. Tudo tinha ser com a caligrafia impecável, tudo muito bem feito, do contrário voltava tudo. O arquivo era impecável. Era muito exigência” - recordou.
Lembrou Cirlene quando chegou a primeira máquina de escrever: “Depois chegou uma máquina de escrever, daquelas bem antigas e uma máquina de somar, daquelas de manivela e isso ajudou um pouco. Com a informatização as coisas ficaram bem mais fáceis, aí fiz um curso, mas o 'basiquinho' mesmo e a gente ia se ajudando e eu aprendendo na prática. A modernidade chegou e reduziu a papelada, porém a responsabilidade aumentou, porque somos avaliados anualmente. Quem não cumpre as exigências fica no prejuízo na avaliação”.
Outro fator que merece destaque, segundo a funcionária, foi a desburocratização do órgão. “Diminuiu muito a papelada com a informatização, embora tenha aumentado muito, muito o rebanho. Quando comecei não havia leilões, a economia girava em torno da 'catira'. Hoje, são muitos leilões, o gado é transportado de caminhão, precisa de notas pra tudo. Mas valeu a pena tudo isso”, declarou, com satisfação do dever cumprido.
Para Cirlene, receber a visita do diretor estadual foi o coroamento de sua vida profissional. “Nunca, nesses 35 anos, um diretor estadual esteve aqui. A gente fica feliz com essa visita e se dependesse deles eu não teria saído. Após requerer a aposentadoria, eles me contataram dizendo que se eu quisesse poderia cancelar o pedido. Mas eu acho que está na hora de me dedicar à família, viver sem horários, mas fico feliz e reconhecida. É muito bom a gente se saber querida”, finalizou.