Uma passeata pelas ruas centrais e uma reunião, no salão nobre da Câmara, no dia 18, marcou o Dia Nacional da Luta Antimanicomial. A reunião teve a participação de pacientes do Centro de atenção Psicossocial – CAPS, familiares e funcionários da rede de Atenção Básica dos PSFs, além de pessoas ligadas à Secretaria de Saúde.
Isabela Costa Assis de Oliveira, psicóloga do CAPS, ressalta como um dos objetivos da Luta é o resgate dos direitos dos Pacientes. “Lutamos por uma reforma psiquiátrica. Queremos que o serviço nos hospitais psiquiátricos seja um serviço aberto, comunitário, com centros de convivência, oficinas terapêuticas para que os pacientes com problemas psquiátricos possam ser cuidados junto com à sociedade, a família, resgatando os seus direitos sociais e civis”, afirma.
De acordo com a psicóloga Isabela Costa, na semana passada foi realizado um amplo serviço de divulgação da Semana entre todos os pacientes da Atenção Básica. E nesta sexta-feira, 21, os pacientes tiveram uma manhã de lazer no Sacramento Tênis Clube (Praça de Esportes) terminando com um almoço, oferecido pela secretaria de Saúde, marcando o encerramento da semana. Falando do ontem e do hoje em relação aos pacientes psiquiátricos, Isabela mostra os avanços do tratamento.
Os avanços no tratamento
Segundo a psicóloga Isabela Costa, a luta que tem pouco mais de 20 anos conseguiu muitos avanços. ‘‘Por exemplo, hoje não é mais permitida a criação de hospitais psiquiátricos (manicômios). Na Conferência Estadual foram definidas metas para o fechamentos desses hospitais que ainda existem, substituindo por tratamentos abertos, humanizados. O hospital de Barbacena, por exemplo, será fechado”, explica.
Segundo a psicóloga, o CAPS presta um serviço de acolhimento com uma equipe multidisciplinar de oito profissionais especialistas, além de uma competente equipe de apoio, oficinas terapêuticas e de lazer, visando a reinserção do paciente na sociedade”, explica, acrescentando que os pacientes são encaminhados pela rede de atenção básica e são pessoas que apresentam distúrbios comportamentais e que têm a necessidade de acompanhamento especializado.
O CAPS de Sacramento embora exista há alguns anos, só foi credenciado junto aos órgãos federais há pouco mais de um ano e está como um serviço e atendimento consolidados.
Isabela, 29, natural de Barretos, é formada em Psicologia pela Universidade Estadual Paulista, campus de Bauru, desde 2006 e trabalha em Sacramento há aproximadamente dois anos, sempre na área de saúde mental. “Só conheci Sacramento quando cheguei para trabalhar, após fazer o processo seletivo. Adorei a cidade e adoro morar aqui. É uma cidade muito acolhedora”.