O ex-prefeito José Alberto Bernardes Borges, amigo particular da família, conviveu mais de perto com o contador durante as três gestões como prefeito da cidade. Desse convívio, reconhece o ex-prefeito, nasceu uma grande amizade. “O Mário, eu já o conhecia há tempos, frequentava a casa dos familiares dele, mas o conheci melhor quando era vereador e, depois, quando fui eleito prefeito em 1971. Ele era uma pessoa muito competente, que me ensinou muito de contabilidade pública, porque eu não conhecia nada de prefeitura”, conta.
Severo na prestação das contas, lembra José Alberto um caso até engraçado do contador. “Quando era vereador, Sergio Resende, o Jamil e eu fomos ao Rio de Janeiro tratar de um financiamento de canos. Quando voltamos, o Mário queria que nós entregássemos até o recibo do cafezinho que tomamos. Ele era de uma lisura muito grande. E quando ele trabalhou comigo na prefeitura, eu lhe perguntava cadê o recibo do cafezinho? Ele me ensinou muito nos dois primeiros anos de governo. Depois ele já não trabalhava na prefeitura, mas foi meu auxiliar, sempre se dispunha a ir ao Tribunal de Contas, porque era muito bem relacionado lá. Ele me ensinou uma grande coisa: ser precavido com as contas públicas. Nunca tive minhas contas reprovadas graças às orientações dele”.
Do relacionamento profissional nasceu uma grande amizade, afirma José Alberto. “Ficamos muito amigos e sempre conversávamos , estávamos sempre nos encontrando. Uma outra fase que tivemos juntos, que foi muito importante para mim, foi quando corremos atrás de Nossa Senhora da Rosa Mística. Fomos a várias cidades.
Prosseguindo, disse Quando a Rosa Mística chegou a cidade, foi ele que a trouxe do Convento Beneditino Nossa Senhora da Gloria, no dia 13 de setembro de 1991. Coloquei-o guardião da Rosa Mística e ele sempre ia à Gruta encerar a imagem e ficou muito devoto de Nossa Senhora. Quando prefeito, eu quis condecorá-lo com a Comenda da Ordem de Nossa Senhora do Patrocínio do Santíssimo Sacramento, mas Mário não aceitou a homenagem. Ele era uma pessoa muito sistemática, mas muito boa, muito simples, nunca o vi falar mal de ninguém. Ele foi um exemplo pra mim. Ele foi meu mestre.”, disse.
Finalizou tecendo elogios á pessoa de Mário Afonso Almeida. “Ele morreu abençoado, na graça de Deus, teve a oportunidade de fazer isso, confessou com dom Joaquim de Arruda Zanith, presidente da Ordem Beneditina no Brasil, antes de cair acamado. Sou grato a ele e sei que ele vai estar bem, ao lado de Deus”, completou, elogiando a presença dos amigos junto a Mário, sobretudo Éderson Santo Bizinoto e a esposa Márcia e as enfermeiras Inês e Fátima.