A comunidade do Espírito Santo, movimento religioso ligado à Paróquia, do bairro Maria Rosa, encerrou, com sucesso, mais uma festa de seu santo padroeiro, com um tríduo de celebrações, com missas, procissão e quermesse, no último final de semana. Pela primeira vez, a missa foi celebrada na igreja que está sendo erguida no bairro. Na celebração de abertura, o pároco, Pe. Levi Fidelis Marques, recebeu da família Límido a imagem do Divino Espírito Santo, que vai ocupar no templo um lugar de destaque. A igreja ficou pequena para abrigar tantos fiéis que participaram das celebrações.
As irmãs Neusa e Fátima contam que a família doou a imagem atendendo a uma promessa da progenitora, Leonor Vitória de Almeida, falecida há dois anos. “Ela tinha prometido doar a imagem pra Igreja, só que faleceu antes, aí compramos e na abertura do tríduo, no dia 7, levamos a imagem pra igreja”, disseram, ressaltando que a primeira imagem foi doada pelo casal Joel e Irene Bitoni. “Nas novenas em casa e nas procissões ainda usamos essa imagenzinha”, afirmaram.
1987 – o primeiro passo...
A comunidade religiosa Divino Espírito Santo foi criada em 1987, com a novena de Natal, uma iniciativa da nova moradora do bairro, Adelina Magnabosco. “Quando mudei para o bairro senti falta das celebrações. E como sempre fui muito engajada, convidei os moradores e rezamos a primeira novena de Natal. Arrecadamos uma cesta de alimentos que foi doada para um senhor apelidado de Zuis, que morava sozinho, numa casinha perto da antena de TV. O fruto da nossa doação foi para ele”, lembra Adelina.
Os pioneiros...
Mas os pioneiros da comunidade foram Idelfonso Rodrigues de Oliveira e sua mulher, Neusa Lìmido de Oliveira, Aparecida Maria Límido, Olide Bizinoto Límido, José Lìmido, Carmen Stival Ribeiro e Helvécio Zago Ribeiro. “Tínhamos os missionários redentoristas, Pe. Inácio de Medeiro, quer era o vigário; Pe. Brás e mais quatro seminaristas, João Batista, Marlos, Luiz Carlos e um que tinha apelido de Bispo, que nos ajudaram a fundar a comunidade. A primeira missa do bairro foi celebrada pelo padre Inácio na garagem da casa do Idelfonso, no início de 1988. Depois da missa, ali mesmo, em uma pequena reunião, decidimos alugar uma casa do Donato Ferreira, cedida depois por muito tempo para as celebrações. E só muito depois, passamos as celebrações para a EE Sinhana Borges. A primeira reunião pra fundar a comunidade foi com padre Brás, na casa da Onilda Santana, em 1988.”, recordam todos, acompanhados por Maria Julia, a atual coordenadora da comunidade.
A primeira festa...
A primeira festa com quermesse foi realizada em 1991, na rua Alexandre Scalon. “Quando fizemos a primeira festa com quermesse já estávamos decididos a construir a capela. E padre Inácio nos deu todo apoio. Ele nos deu três opções de nomes e optamos por Divino Espírito Santo. De lá pra cá, a renda das festas passou a ser destinada para a construção da capela”, explica Neusa Límido.
Terreno doado
Reunido algum dinheiro, partiram para a compra do terreno e tiveram sorte, começaram recebendo uma doação. “Compramos um terreno e ganhamos outro do doutor Romim (Rômulo Mendes do Nascimento) e Isan Magnabosco. Os terrenos ficaram aí e a gente foi trabalhando, fazendo festas, almoços, rifas, festa do milho... Até juntarmos o suficiente para iniciarmos a construção, que aconteceu o ano passado. E nesta festa deste ano já celebramos a primeira missa, graças a Deus”, contam, acrescentando que tiveram inúmeras doações de moradores do bairro, de pessoas de outras comunidades e de sacramentanos residentes noutras cidades. “Muita gente está ajudando, Padre Levi ganhou pra nós o telhado e madeiramento de uma Ong da Alemanha, tem muita ajuda nessa Igreja”, reconhecem agradecidos e animados para dar novo alento às obras com o dinheiro da festa deste ano. “Esperamos que dê para dar um impulso na obra, porque a partir de agora as missas serão celebradas lá”, afirmam os coordenadores.
Comunidade participativa...
A comunidade do Maria Rosa é uma das mais participativas da cidade. “Achamos que de todas as comunidades, a mais participativa da própria comunidade é o Maria Rosa. Os moradores freqüentam, doam prendas. Temos o coral das crianças da catequese, coordenado pela Dulce e o Gaspar. Essa é uma das mais participativas das comunidades”, reconhece Maria Júlia, com o apoio de todos. “Este ano não temos festeiros específicos. Toda a comunidade é festeira,um grupo toma frente e todos ajudam”, explicam, informando que a comunidade Divino Espírito Santo conta com todos os ministérios: da palavra, da eucaristia, das exéquias, do dízimo, coordenadores de setores.
A festa do Divino Espírito Santo, antes celebrada em junho, foi transferida para o segundo domingo de setembro para não coincidir com as festas juninas e outras festas já previstas no calendário da Igreja.