O Dispensário dos Pobres, obra administrada pela Sociedade São Vicente de Paulo
foi reformado graças a recursos da comunidade
O prédio do Dispensário dos Pobres, na rua Comendador Machado está totalmente remodelado: piso, forro e pintura novos, banheiros, sala de armazenamento de alimentos, bebedouros, enfim, melhorias que refletem na dignidade das famílias assistidas no local, desde 1926, quando foi criado.
Não se sabe quem idealizou o dispensário que tinha no início o objetivo de amparar as viúvas pobres da cidade. Hoje, a assistência vai para qualquer família que necessite de ajuda. “A casa assiste uma média de 30 famílias mensalmente, algumas permanentes, idosos, doentes, deficientes e outras que são assistidas enquanto necessitam, para isso, é feito um acompanhamento a cada família. A partir do momento que a família tem trabalho, tem condição de subsistência, ela deixa de receber a ajuda, cedendo a vez a outras famílias”, explica, o vicentino, vice presidente, Mario Santana.
Tanto o vice-presidente, Mário Santana, com mais de 30 anos de casa, como o vicentino, Rômulo Mendes Neto, o Rominho, um dos diretores mais longevos do Dispensário, há mais de 50 anos na entidade, sempre como diretor ou voluntário, nenhum sabe ao certo quem fundou o Dispensário dos Pobres. Ambos afirmam, sem ter certeza, que a obra nasceu com os vicentinos, uma associação ligada à Igreja Católica, seguidora de um dos santos da Igreja mais caridosos, São Vicente de Paulo.
“Ao que tudo indica o Dispensário foi fundado por vicentinos, mas não há nada explícito. O que se sabe é que os vicentinos sempre aturam ali, embora a presidência tenha ficado a cargo de não vicentinos. Pelos estatutos, a Sociedade São Vicente de Paulo administra a entidade”, explicou Santana.
O dentista, Rominho, que desde os idos de 1950 é vicentino e que muito trabalhou pela causa dos pobres, endossa as palavras do colega diretor: “Não sabemos quem fundou a casa, mas ali sempre teve o dedinho vicentino. Por muitos anos trabalhei ali, como outros vicentinos e muitos foram presidentes. Alguns foram presidentes por muitos anos. Mas o mais importante a falar é que o Dispensário sempre ajudou as pessoas, muita gente”, disse recordando que muitas casas de contribuintes, doadores, antigamente tinham na parede uma plaquinha DP, marcando a família que contribuia com o dispensário.. “A gente podia ir lá que a doação vinha”, recorda, citando alguns ex-presidentes, Aresqui Silva, Osvaldo Araujo, Adaval, José Thiago Ribeiro, Toninho Giani, Mário Santana, João Magnabosco e por último o Isan Magnabosco e, atualmente Sandoval Rodrigues de Oliveira.
Para Mário Santana, que há mais de 30 anos é voluntário do Dispensário, a melhoria do prédio sempre foi um sonho das diretorias. “O prédio estava muito estragado, houve uma época que não havia nem água pra beber. Essa reforma é fruto de muitas doações, muitas ajudas e, para as pessoas que vão ali, será muito bom, as pessoas precisam de coisas bem arrumadas, dignas. Para nós da diretoria é uma satisfação muito grande ver aquilo ali arrumado, bonito. Ali tentamos amenizar o sofrimento das pessoas mais pobres, graças à ajuda da sociedade”, afirmou, ressaltando que a entidade recebe,atualmente, uma ajuda da prefeitura, que dá pra manutenção da casa, água e luz.
Na inauguração, o prédio foi benzido pelo pároco padre Valmir Aparecido Ribeiro, que falou sobre a obra vicentina.