Desclassificação leva escola a ficar três anos fora

Uma das mudanças implementadas para este ano e aceita por todos foi em relação ao tempo que vai ficar de fora a escola de samba desclassificada. “Todos aceitaram e agora a escola desclassificadas por infringir qualquer item do regulamento que implica nessa penalidade vai ficar de fora dos próximos três desfiles”, disse Antônio Claret Scalon, Polaco, em entrevista a este jornal.

Mas se apertou de um lado para as escolas, relaxaram de outro, agora cada escola pode entrar com apenas 130 componentes, ao invés dos 150 exigidos antes, que não será desclassificada. Polaco acha que a cidade não poder ter mais do que quatro escolas, por isso, a ideia é relacionar a quantidade de escolas com o número de habitantes da cidade. “Uma lei na Câmara pode fazer essa proporção: por exemplo, até 25 mil habitantes, quatro escolas desfilam, o que seria o ideal hoje”, exemplificou.

Foram sugeridas ainda mudanças em relação a escolha dos jurados, na localização e locação de barracas, agora por conta de quem ganhar a concorrência, mudança do palanque atrás da Igreja, seguranças contratados de outras cidades. E sobre o repasse da verba, prometido no ano passado com mais antecedência, a ladainha de sempre: “O ideal seria  fazer o repasse três, quatro meses antes, mas não dá, por conta do orçamento ser votado no final do ano. Precisamos ver a viabilidade disso para os próximos anos”, justificou Polaco.

Falam os presidentes

Nivaldo da Silva (Acadêmicos do Borá), carnavalescos, Karina Ferreira da Silva e Allan Kardec, de Uberaba: “Está em cima da hora e teremos que correr o máximo para fazer um bom Carnaval. Fomos desclassificados, no ano passado por não ter o mínimo de integrantes exigidos. Esse ano, isso não vai acontecer, vamos fazer como as outras escolas, buscar gente fora para o desfile”

Geraldo Oliveira, o Lobo (Operários): “Queremos fazer um bom Carnaval, desfilamos no ano passado sem concorrer, só pra marcar a nossa volta e para esse ano estamos esperançosos. Mas é preciso melhorar a verba, porque as coisas estão muito caras”. 

Anderson de Oliveira, Som (XIII de Maio, bicampeã do carnaval, 2008 e 2009), carnavalesco, Wal Borges, que monta o tema, Terra, planeta água: “Tenho grandes expectativas, vamos realizar um desfile jamais visto na cidade, mesmo com essa verba, sempre aquém do que gastamos, pois nosso carnaval está orçado em R$ 36 mil, mas todo tanto de ajuda que vier é bem vindo, porque os gastos são grandes”

Cesar Donizete de Oliveira (Beija-Flor Sacramentana) que tem como carnavalesca a sua esposa Rose Idualte, juntamente com os presidentes Nivaldo da Silva e Geraldo Fontoura: “Como a verba é estipulada pela Prefeitura, a gente aceita o que foi aprovado e será sempre bem-vinda. Este ano vou colocar a escola  em alto nível na avenida, com o tema, “Os mistérios das sereias e o fundo do mar”. O povo pode esperar”.

Antônio João Caetano (Unidos do Areão), carnavalesco Eliseu Izzi Júnior: “Dependemos da verba da prefeitura, porque os nossos recursos são poucos. Vamos com a escola para a avenida como sempre fomos, com alegria, brilho e garra”.