30 mil peixes crescem em tanques no Rio Grande

Cerca de 30 mil alevinos crescem nos tanques instalados na Ilha Belém, no Rio Grande e come-çam a ser abatidos em junho próximo, quando os peixes atingem o peso médio  de 1 kg.  A informação é de Júlio Cesar Ferreira Borges – o Jacaré, presidente da Associação  dos Pescadores e Aquicultores do Município de Sacramento - Apamus, criada em outubro para viabilizar o projeto no município. 

De acordo com o presidente, os tanques já em atividade são de propriedade de José Roberto Batista de Oliveira, Becão, associado da Appua, de Uberaba. “Becão conseguiu os tanques através da Associação de Pescadores Profissionais de Uberaba e Aquicultura e Região – Appua, à qual está ligado. Ele conseguiu os tanques e teve total apoio da Prefeitura para a instalação. A partir daí, surgiu a ideia de criar a Apamus, em Sacramento, para viabilizarmos o projeto para cá e beneficiar outros pescadores”, justificou. 

Segundo Jacaré, o consumo dos peixes está estabelecido através de um ajusto feito entre Prefei-tura e Becão.  “Assim que iniciar o abate, parte dos peixes será transformada em filés e repassada  à Prefeitura para a merenda escolar, a exemplo do que já ocorre noutras cidades, a outra parte pertence ao proprietário que é pescador profissional e vive dessa atividade”, explicou. 

A Apamus, que conta com 46 associados, enquanto espera do governo federal 60 tanques prometidos ao secretário de Agricultura e Pecuária, Luizão Bizinotto, ganhou dois tanques em consignação da empresa Agropeixe para testes com ração. “Para o tratamento dos peixes são utilizados quatro tipos de ração até o abate. Como a Agropeixe desenvolveu uma ração especial com apenas dois tipos e está na fase de testes, ela no forneceu dois tanques por um ano,  para uso exclusivo dessa ração. Vamos tirar duas remessas de peixes e eles vão analisar a viabilidade da ração”, explicou mais. 

Segundo a ainda o presidente Jacaré, a Apamus aguarda a liberação dos 60 tanques prometidos pelo ministro da Pesca, Altimir Gregolin. “Só assim, poderemos ter um abate contínuo durante todo o ano, pois com apenas dez tanques é impossível suprir a demanda”, disse, justificando a criação da associação. “Para isso criamos a Apamus, para os tanques virem direto para Sacramento. A ilha tem capacidade para a instalação de 100 tanques e já estamos olhando outros locais para a instalação”, afirmou, acrescentando que, a partir da implementação do projeto, a associação terá direito a abatedouro, fábrica de gelo, dentre outros benefícios.