Os ciclistas sacramentanos, Messias Borges, Robson Brandolis e Thiago Vieira estão inscritos na II Copa Regional de Moutain Bike, promovida pela Associação Joaquinense de Ciclismo (AJC), de São Joaquim da Barra (SP) e participação de outras seis cidades, Franca, Cássia, Orlândia, Sales de Oliveira, Guará e Batatais.
No último domingo 21, na 3ª etapa da prova, realizada em Orlândia, com a presença de 160 atletas, os três sacramentanos subiram ao pódio e até a terceira etapa estão muito bem classificados: Robson, que lidera a copa com 48 pontos na categoria sub 30, foi o 5º classificado; Messias e Thiago 3º lugar, nas categorias sub 25 e sub 30, respectivamente.
Conforme os ciclistas, regra de pontuação, os dez primeiros classificados pontuam, com os cinco primeiros subindo ao pódio com direito ainda a troféu.
A Copa tem ainda quatro etapas. A próxima será no dia 18/6 em São Joaquim da Barra (SP). 23/7, 5ª Etapa Sales de Oliveira (SP) 28/8. Etapa Lobo Guará, em Guará (SP) e a 7ª e última etapa, no dia 17/9, Etapa Fazenda Desengano e Batatais (SP).
Esta prova é um desafio muito grande
Robson Brandolis participa pela primeira vez de uma Copa MTB e faz uma avaliação muito positiva. “Eu já havia participado de algumas provas, mas individuais. Copa é a primeira vez e é um desafio muito grande, a começar pelo lugar onde vamos pedalar, a gente não conhece e não sabe quem são os 'adversários', que a gente pensa ter descoberto na primeira etapa, mas não é assim. Cada etapa é um desafio diferente. Só que estou bem na Copa, estou mantendo a liderança e treinando com afinco, pra chegar à final”, explica Robson que pedala há seis e anos e compete há três anos anos, amargando dois tombos nas duas primeiras provas.
Para Messias Borges, 3º lugar na categoria sub 25, somando 32 pontos na classificação geral, o bacana da Copa é o desafio. “É adrenalina pura ir para o evento sem conhecer o circuito, estamos bem, mas investindo muito para irmos preparados para enfrentar o desconhecido. Mas o mais importante de tudo é competir, sem contar que levamos o nome de Sacramento. A cada evento são divulgados os dados dos atletas”, afirma e avalia que a adesão ao ciclismo em Sacramento vem crescendo bastante. “É muita gente pedalando, famílias inteiras e, para nós, vermos esse interesse é muito importante, independente de competirem ou não e, de certa forma acredito que nós atletas contribuímos para esse despertar”.
Thiago Vieira soma na classificação geral 38 pontos, o que o leva ao 3º lugar da Copa. “Cada etapa é um diferencial. A primeira etapa, Panda Race, em Franca, em fevereiro, foi muita subida, uma prova muito travada, de velocidade média de 24 a 25 km. A segunda etapa, Desafio da Torre, em Cássia no mês de abril, também foi uma prova difícil. Era prova de velocidade alta, 30km, mas havia muita lama na pista e com isso a gente vai acumulando conhecimento e experiências e enfrentando os desafios, alguns com acidente”, diz, lembrando o tombo que levou na prova de Cássia. “Faltando 4 km pra terminar a prova, eu em segundo lugar, o ciclista na minha frente, escorregou e caiu e eu cai pra cima dele. Tive que buscar a bicicleta que caiu no cafezal, ficou com a frente toda torta, mas consegui chegar em terceiro”.
Sacramento precisa investir mais no ciclismo
Concluindo a entrevista, Messias, Robson e Thiago são unânimes em reconhecer que o esporte tem crescido muito em Sacramento, mas falta apoio oficial. “Há um certo apoio, mas não tanto como precisa, a começar por uma ciclovia, que traz mais segurança. Temos tido problemas com roubos/assaltos também.
Sobre essa questão, afirmam que os atletas hoje são obrigados a pedalar em grupos de cinco, seis, no mínimo. “E não podemos dar bobeira, não, nos distanciando, por exemplo, uns dos outros”.
E clamam também por eventos na cidade. “E, principalmente, a cidade precisa promover eventos de ciclismo para oportunizar aos amantes do pedal oportunidades de competição”, afirmam, informando que Robson Brandolis está organizando um evento em Sacramento, a segunda etapa da Copa Triângulo Mineiro MTB, no dia 9 de julho. Conseguimos um apoio, mas com dificuldade, já em Conquista foi diferente, apoio 100% só porque o percurso passa pela cidade”, afirmam.