Jornal O Estado do Triângulo - Sacramento
Edição nº 1783- 18 de junho de 2021

Camila Brait e Dany Lins no Carnasacra

Edição nº 1560 - 03 de Março de 2017

 

A uma semana de enfrentar a equipe carioca de Bernardinho, a atleta sacramentana do Osasco, Camila Brait e o marido Caio, vieram curtir um final de semana em Sacramento, ao lado dos pais dela, Celso e Cleides Brait. A convite de Camila, veio conhecer a cidade a campeã olímpica,  Dany Lins, acompanhada também de seu esposo, o Sidão,  central do Sesi/SP.

Com sua contagiante simpatia, Camila abriu o coração até para falar dos momentos difíceis por que passou, depois que foi cortada  da Seleção Brasileira, numa dificílima decisão do técnico José Roberto Guimarães.

“- Quando voltei da seleção estava um pouco triste, mas todos me ajudaram bastante e consegui me recuperar muito rápido e isso foi importante para mim. Modéstia à parte, estou fazendo uma boa Superliga, as meninas estão me ajudando bastante. Estou bem, mas tenho que treinar muito para estar sempre melhor. Temos um desafio que é fazer um ótimo jogo com o Rio para nos mantermos no segundo lugar, o que é importante para a fase classificatória, para poder jogar em casa”, analisou.

De acordo com Camila, a final da Superliga está prevista para 23 de abril e depois vem a convocação para a seleção.  "Eu penso em primeiro lugar em estar bem para minha equipe, o Osasco. Vou seguir minha vida e o futuro a Deus pertence”,  afirma, informando que já nesta segunda-feira, iniciam os treinos para enfrentar o Rio de Janeiro, ainda esta semana.

Sobre a amizade com Dany Lins, Camila foi enfática ao reconhecer uma amizade muito sincera entre as duas. “Sou madrinha de casamento dela, faz temo que a convido pra vir e agora ela decidiu. Toda animada, ela disse: “Bora lá!”. E aqui estamos, aproveitando a folga do carnaval, apesar das tantas recomendações da comissão, porque amanhã (segunda-feira) temos treino e temos que ganhar do Rio nessa sexta-feira 3”, lembrou. 

Dany Lins veio a Sacramento pela primeira vez e disse ao repórter que encantou com a cidade, porque gosta muito do interior. “Meu marido foi criado em Taubaté (SP) e depois que o conheci passei a conhecer mais as cidades interioranas e, vivemos numa rotina tão intensa de treinos e jogos, que sempre que sobra um tempo a gente foge de São Paulo. Camila já havia nos convidado a vir aqui, então decidimos aproveitar essa folga do carnaval pra curtir o cheirinho de mato, de terra e, estamos aqui em família. Adorei Sacramento”, afirma Dany,  natural do Recife. Sobre a cidade, ela disse que até participou de um bloquinho. “Demos uma volta na cidade, que é pequena, mas aconchegante, participamos de um bloquinho na rua e conhecemos bastante gente. Foi muito legal e vamos conhecer a Gruta dos Palhares”.

Sincera, disse que sua equipe não está com sua potência máxima, mas tem chance de chegar à final. “Somos a quarta potência da Superliga, o que é bom, porque a Superliga está bastante equilibrada, mas as chances de chegarmos à final é muito grande, como para qualquer outro time, porque o que estamos vendo são times grandes perdendo para times pequenos”, avaliou, ressaltando a boa fase do time. 

“- Estamos numa fase de altos e baixos, mas o importante é que estamos em alta agora. A gente veio de um jogo bom contra o Praia, de Uberlândia e, tudo indica que esse é o começo de nosso crescente. E estamos torcendo, porque minha última Superliga foi em 2010 e quero muito chegar à final, mas isso acontece passo a passo, jogo a jogo”. 

Para Dany Lins, Camila fez falta
A amizade com Camila vem de longa data. “Digo que Camila é minha irmãzinha mais nova, porque sou muito protetora, ainda mais que ela é baixinha (risos). Conhecemo-nos em 2008, quando jogamos juntas numa seleção de novos. Depois disso fomos nos encontrando, conversando e nasceu essa grade amizade. E olha que se eu puser numa mão as minhas amigas, elas não enchem a mão, mas Camila tem um lugar especial”, ressaltou, reconhecendo que Camila fez falta na seleção.
“- Olha, tenho certeza de que Zé Roberto sofreu muito com o corte dela, todos nós sofremos. Camila é contagiante em quadra, muito madura como mulher e como atleta. Você me pergunta se ela fez falta... Sim, lógico que fez e faz, porque a gente está acostumada a jogar juntas, conviver. Fez falta, sim, porque todo mundo, atletas, comissão,  gosta muito dela, então de uma forma ou outra fez falta, mas, são ossos do ofício. Pena que não possa ter duas líberos”.
A alegria dos pais e da ex-técnica Bethânia 
Para os pais de Camila, Celso Brait e Cleides é sempre uma alegria cada visita da filha. “Só temos que agradecer a Deus pelo casal de filhos maravilhosos, que temos, o Neto e a Camila, que só nos dão alegrias. E não só para nós, pais, mas para todos. E agora a Camila nos brinda com a visita de Dany e Sidão. E, o que nos deixa mais felizes ainda é ver o reconhecimento dela por parte de todos. Onde vamos, as pessoas querem abraçá-la”, comenta orgulhoso, revelando que assiste a vários jogos da filha. 
“Somos imensamente felizes por vê-la crescendo cada vez como pessoa e com talento”, reafirma Brait, destacando que são fãs de arquibancada da filha: “Devido à agenda dela, quando não pode vir, nós vamos. Estamos sempre presentes, assistimos aos jogos, especialmente em São Paulo, em Uberlândia... Enfim, fazemos de tudo para acompanhá-la e este comprometimento de presença vem desde o início da carreira. E acredito que essa presença nossa a ajudou a vencer as barreiras por tudo o que ela passou para chegar onde está. Para nós, os pais têm um papel importante na formação dos filhos e hoje compartilhamos da alegria e felicidade de Camila, porque o atleta quando entra em quadra é como um artista no palco, tem que estar com o emocional bem equilibrado”. 
Maria Behânia Silva Melo, que hoje trabalha em Araxá, reencontrar Camila é tudo de bom. “Eu nunca acho que Camila cresceu, sempre a vejo como aquela garota que a gente via na escola e no ginásio e torço muito por ela, que está sempre no nosso coração, na nossa vida. Ela representa o nosso trabalho. Toda aquela geração do vôlei e representa Sacramento. Sabemos que ela passou por momentos muito difíceis mas que servem também de amadurecimento, crescimento. Isso é superação e ela sempre foi muito guerreira.  Quanto a seleção, eu torço para que ela mude de ideia e que possa voltar. Ela fez e fará muita falta, pois é uma das melhores líberos do mundo”, analisa Bê.
“- Eu tenho certeza de que José Roberto, sofreu demais para cortar a Camila e sofreu nos jogos sem ela!  O time todo sofreu! A pressão foi grande...a gente sabe! Agora vamos torcer por ela, pelo Brasil e para que tudo dê certo! Deus está no comando sempre!!