Jornal O Estado do Triângulo - Sacramento
Edição nº 1783- 18 de junho de 2021

Divisa vence Pinheiros e está com uma das mãos na taça do Ruralão

Edição nº 1441 - 21 Novembro 2014

A equipe da Divisa está a um passo de sagrar-se campeã do Ruralão 2014. À equipe basta um empate no jogo de volta que acontece neste domingo, 23, no povoado das Sete Voltas. 

No último domingo, no Estádio Luiz Magnabosco, a Divisa venceu Pinheiros por 1x0 num jogo bem amarrado. Mas como 'lambari se pesca no rio e jogo ganha-se no campo', lembrando Juninho do Scala, o jogo deste domingo vai 'pegar fogo', no campo da Sete Voltas. Se Pinheiro vencer por 1 x 0, a disputa vai direto para os pênaltis, sem prorrogação, levando mais emoção aos torcedores. 

E o jogo promete ser acirrado, de um lado Divisa tentando no mínimo assegurar a vitória; do outro, o Pinheiros  tentando tirar a diferença e sair por cima. 

Genival Almeida e Afrânio Marques, da equipe Fazendinha são os artilheiros até agora com 6 gols; seguidos de perto por João Paulo Júnior (Pinheiros), Manoel Augusto e Sérgio Pires (Divisa) que têm cinco gols e podem neste domingo empatar ou até ultrapassá-los. 

Quem serão campeão? Quem será o artilheiro ou artilheiros?

 

Batuta, da Divisa, fala da superação da equipe 

Batuta, técnico da equipe da Divisa, em entrevista lembra a volta por cima da equipe depois de perder pontos como penalidade por irregularidade na inscrição de atleta.  “Perdemos  quatro pontos, superamos e chegamos à final, agora vamos partir pra cima pra vencer o campeonato”, afirma, destacando: “Embora a comunidade tenha o campo, há a dificuldade para os treinos, pois os atletas ou moram nas fazendas ou  aqui na cidade. Dois meses antes do início do campeonato fizemos dois amistosos e decidimos  encarar o campeonato e cá estamos na final”.  

 

Batuta reivindica a iluminação do campo e a quadra que embora seja bastante usada, precisa de melhorias no piso e na iluminação. “As lâmpadas do campo estão queimadas e o piso da quadra está muito ruim, precisamos de redes, enfim, é preciso manutenção, precisamos de ajuda. Alguma coisa mais urgente temos feito, como troca de fios, algumas lâmpadas nós  é quem damos. Para o campeonato, a Prefeitura doou duas bolas e o resto foi conseguido com os atletas mesmo, por isso digo que precisamos de mais ajuda”, pediu Batuta.

 

Distância dificulta participação dos atletas dos Pinheiros

Fernando Henrique da Silva Júnior, técnico do Pinheiros, embora satisfeito por chegar à final,  destaca as dificuldades que teve de superar. “Não foi fácil montar a equipe, faltam  jogadores, não temos ninguém na  reserva. Vir jogar aqui é muito longe e como  o pessoal mora nas fazendas,  muitas vezes não têm condição de vir à cidade, mas estamos indo,   mesmo aos trancos e barrancos estamos em busca do título, sabemos que a Divisa tem um 'pé muito bom', mas vamos fazer de tudo pra vencê-los”, assegurou. 

Outra dificuldade da equipe da comunidade dos Pinheiros é em relação a falta de um campo no local. De acordo com Fernando, a comunidade dos Pinheiros, a mais distante da cidade, precisa de um campo de futebol. “Temos um campinho, a bem dizer, nem grama tem é  só pedra. Não temos uma quadra. Nosso mando de jogo é em Sete Voltas, um campo e uma quadra nos Pinheiros seria muito bom, porque o pessoal gosta muito de jogo, temos,  no mínimo, umas 50 pessoas que gostariam de fazer um joguinho aos domingos  e até pra gente treinar, receber as comunidades vizinhas num amistoso. Daria pra fazer um jogo todo domingo, lá, se tivéssemos um campo ou uma quadra para brincarmos...”, explica.  

 

Fernando destaca ainda a questão da escola, afirmando que a comunidade precisa de uma escola no local. “Nossos alunos viajam, diariamente, mais de 90 Km para estudar no povoado do Quenta Sol.  Sem contar os 'galhos', as voltas que a Van dá pra pegar alunos. Temos crianças que saem de casa de madrugadinha e só chegam em casa às 3 e meia da tarde...”

 

Para o diretor Nica, Ruralão precisa melhorar, mas tem que continuar

Marcelino Rodrigues de Paula (Nica),  avaliando o Ruralão,  destaca a integração entre as comunidades. “É um campeonato muito saudável e válido, porque reúne as comunidades, que têm tão poucas oportunidades de participar de campeonatos. Foi uma  participação muito boa tanto de equipes como de torcidas”, explica, destacando o nível dos jogos. “Considerando serem times rurais, com atletas de suas comunidades, avalio que o nível foi bom, é um campeonato que precisa melhorar alguns pontos, mas que deve continuar”.