Jornal O Estado do Triângulo - Sacramento
Edição nº 1783- 18 de junho de 2021

Por uma bela Praça de Esportes

Edição n° 1295 - 03 Fevereiro 2012

Inaugurada no governo de João Cordeiro, no início dos anos 50, o Sacramento Tênis Clube ou Praça de Esportes, como sempre foi chamada, desde seus tempos de 'glamour' - onde a sociedade sacramentana se fazia presente para a prática de esportes - aos dias de hoje, mesmo entregue ao abandono.

 

Moleque ainda, me lembro de nadar em sua piscininha, construída onde hoje tem uma quadra de areia. Precavido que era, nosso pai tornou-se sócio, com medo talvez de nos aventurarmos pela Voltinha, Garimpo, Chorão e outros poços onde os 'moleques do Borá' se deliciavam. Assim, meu irmão Tunim e eu, quase que diariamente, ali estávamos dando nossas primeiras braçadas, vencendo o medo e recebendo as primeiras aulas de natação do Seu Marcelino. Bons tempos!!  

 

A Praça de Esportes, um local privilegiadíssimo, bem no centro da cidade, com 10 mil m² de área, já foi palco de grandes eventos, quando a cidade não tinha ainda nenhum ginásio de esportes coberto. Ficaram famosos os Jogos de Inverno, nos anos 60 e 70 com a presença maciça de estudantes da cidade e dos universitários da ODUS, que retornavam à cidade por ocasião de suas férias. 

 

Hoje, mesmo mantendo aquela antiga estrutura, com o acréscimo de uma sauna, uma pista de bocha e um refeitório anexo a uma cozinha, além de um salão social, em forma exagonal, hoje, tudo está em precária situação. A reforma deve ser radical, nada de remendos. Deve-se jogar muita coisa no chão e edificar ali uma belíssima praça de esporte, com projeto entregue a um bom arquiteto, especializado nesse tipo de construção. 

 

E o momento é agora. Nunca se deu tanta importância ao Esporte e à qualidade de vida neste país. Temos aí pela frente uma Copa do Mundo daqui a dois anos e, em 2016, as Olimpíadas, com incentivos que estão batendo à porta. Sem dúvida, a Praça de Esportes poderia se tornar mais um cartão postal da cidade. 

 

Entregue às traças, a Praça de Esportes, não pode ser considerada um 'elefante branco' para a sociedade ou para a Prefeitura, como um presente incômodo, indesejado e caro que o Estado deu de presente e o abandonou nas mãos do governo local, que se nega a assumir o ônus de sua reconstrução. Ora, o seu retorno é fantástico. Ali não se gasta, investe-se na saúde preventiva, muito mais barata; no bem estar da população; na qualidade de vida. E a hora é agora, prefeito Baguá. Está aí um grande projeto para seu governo. 

 

Melhor ainda se expandir a área da Praça incorporando o patrimônio da Bonargila, através de um acordo, já iniciado no governo do Dr. Biro. Pena foi perder a área contígua ao campo de futebol, nos terrenos postos a venda pelo Prof. João Bosco Martins (Peroba) no final dos anos 90. Fiz de tudo para a Prefeitura comprar, mas foi um grito no vazio. O Peroba sabe disso. 

 

Mas que não se faça do local um ambiente político, com cabide de empregos e nomeação de presidentes cupinchas, a exemplo das escolas do município, até hoje sem eleições diretas para diretor. A Praça de Esportes não deve ser dirigida por um diretor nomeado pelo Estado ou pela Prefeitura, a exemplo do atual presidente, que está lá há mais de 20 anos, mas por um colegiado formado pelos seus associados, escolhidos através de eleição livre.

 

Fica a dica.


(WJS)