Jornal O Estado do Triângulo - Sacramento
Edição nº 1783- 18 de junho de 2021

II Encontro dos Diretores das Subsedes/Sund-UTE do Alto Paranaíba e Triângulo Mineiro

Edição nº 1714 - 14 de Fevereiro de 2020

 

No último sábado 8, tivemos uma importante reunião, como amplamente divulgada, para tratar de diversos e importantes assuntos. Como sabemos uma greve se aproxima e antes de ela sair, foram analisadas várias questões. 

Observamos o território e o momento, precisa ser este! Houve uma brecha, uma pequena abertura para discutirmos o reajuste, brecha essa que não sabemos se conseguiremos abrir em outro momento, portanto, a hora de parar é agora e se o governo “abriu essa brecha” é porque o Estado não está mais naquela crise que antes citava. Vejamos. Se o estado tem dinheiro para outros setores que representam uma porcentagem até superior em relação à educação, não terá dinheiro pra investir neste? 

Tempos difíceis virão, querem aprovar muita coisa e caso não ajamos, adeus concursos públicos, adeus plano de carreira, adeus instabilidade e mais, não é apenas por nós, é pelos pais, pela família. 

Quantos problemas no processo de designação para 2020 que ocorreram em todo o estado, crianças sendo matriculadas por erro do sistema em escolas longes de sua localidade, crianças matriculadas separadas de seus irmãos e em turnos diferentes! Foi um grande problema o processo de matrículas online, até o momento há ainda pais que não conseguiram efetuar a matrícula de seus filhos  e isto aconteceu em nossa própria cidade. Sem contar a diminuição considerável das vagas do tempo integral. 

Quem ficou prejudicado? Todos nós servidores, nossos alunos e suas famílias. Houve também remoções e mudanças de lotação após o período de designações, deixando servidores prejudicados. Há municípios onde estão fechando turmas e escolas estaduais de ensino fundamental, deixando famílias desamparadas e diminuindo consideravelmente o número de servidores (professores, supervisoras, ASBs, ATBs e até mesmo vice-diretores). 

Estão querendo acabar com o orçamento público e obrigatório dos Estados para a saúde e educação. Se perdermos isso, as próximas gerações ficarão prejudicadas,  pois não teremos mais uma educação pública (lembrem-se que em décadas passadas,  se fazia uma prova para se ingressar na escola, o famoso “vestibulinho”).

Queremos apenas direitos iguais, merecemos isso, merecemos respeito. Temos o direito de dizer à sociedade que a educação tem o direito de ter sua autonomia, precisamos de pessoas que defendam, incondicionalmente,  a escola pública.

 Muitos vão dizer, que não é hora de greve, então queremos saber, quando será a hora? Não interromperemos um ciclo, pois ainda estamos no início do ano letivo, algo inédito na história da educação mineira, pois nunca antes começamos o ano letivo com uma greve. 

O Sindicato já tentou paralisações no decorrer de 2019 e intensas negociações, mas não surtiu efeito, então é hora de essa história mudar, é hora de greve. Greve porque não aceitamos mais sermos tratados diferenciado de outros setores, porque merecemos receber nosso salário em dia, nosso 13º salário, pelas famílias prejudicadas em todo esse processo e o Piso Salarial que foi um direito adquirido, mas que nunca chegamos a usufruir. 

Sem o piso, na escola não piso!