E a queda de braço dos servidores da Educação com o Governo continua. No dia 5 de junho, o Sindicato dos Trabalhadores da Educação de Minas Gerais (Sin-UTE-MG) notificou o Governo que paralisaria as atividades a partir da segunda-feira 11 até a quarta-feira 13, data prevista para o pagamento do salário do funcionalismo, pagamento integral para aqueles que recebem até R$ 3 mil líquidos e a primeira parcela, para aqueles que recebem acima desse valor.
Mas de acordo com o sindicato, apenas 53% do funcionalismo recebeu. Entre os professores, nenhum teve o salário depositado, por isso a paralisação continua. De acordo com a coordenadora regional do Sind-UTE, Maria Helena Gabriel, de Uberaba, a frase de ordem é “sem salário, sem trabalho”.
Para a coordenadora, o governo não deveria ter priorizado alguns funcionários para realizar o pagamento e deixar outros sem receber. “A Secretaria de Estado de Fazenda justificou que atraso é devido ao reflexo do movimento de paralisação nacional dos caminhoneiros, que a arrecadação tributária do Estado sofreu redução de R$ 340 milhões em relação à expectativa para os primeiros 11 dias de junho. Entretanto, vale lembrar que em maio o governo também atrasou o pagamento e o movimento dos caminhoneiros não tinha começado. Na nossa avaliação, esse posicionamento é errado, a greve não tem nada a ver com a nossa situação, porque a Educação tem recursos próprios. E, por que não emitiu comunicado de que não seria possível pagar, preparando o servidor para a situação?”, questiona Maria Helena Gabriel.
Nessa quinta-feira 14, foi realizado um ato público em Belo Horizonte. Escreveu Beatriz Cerqueira, na sua página: “Quando fazemos nossa militância, é por justiça social. Então, como explicar que quem ficou sem o pagamento hoje foi quem tem o menor salário do Estado? Como já escrevi várias vezes, o que me espanta é o silêncio dos bons!”. (Ver coluna De Olho na Rede)