Jornal O Estado do Triângulo - Sacramento
Edição nº 1783- 18 de junho de 2021

Descarte de livros da Escolinha Tia Nina gera polêmica

Edição nº 1651 - 30 de Novembro de 2018

O ET recebeu denúncia de um descarte de diversos livros, inclusive enciclopédias antigas, feito pela direção da Creche Tia Nina (Escolinha Tia Nina), entidade administrada pela Associação Fraterna Corina Novelino e fundada por Conceição Altair Tavares, que atende hoje 35 crianças de 2 a 4 anos, com quatro funcionárias e a diretora, Raimunda Sílvia Trindade, que exerce o cargo como voluntária, sem vencimentos.  

De acordo com Sílvia, reeleita este ano para mais um mandato de quatro anos, antes de fazer o descarte, ela buscou orientações, com a inspetora de ensino, Marileia Abadia Martins;  com Christian Bizinoto, no fórum local, e só depois tomou a decisão de fazer o descarte de livros que eram doados pelo estado, mas de uso consumível, que não eram reaproveitados, além de enciclopédias antigas, sem nenhuma utilidade e publicada antes da última reforma ortográfica. 

“Pedimos um caminhão da prefeitura, tiramos os livros e roupas que não eram mais aproveitáveis, que estavam em uma sala que poderia ser aproveitada para mais uma sala de aula que pretendemos abrir a partir do próximo ano”, informou, se dizendo preocupada e assustada, porque uma senhora viu o descarte e esteve com ela, afirmando que a diretora estava descartando um patrimônio da escola. “Conheço essa escola há 17 anos e nunca vi ninguém abrir um livro antigo sequer daquela sala. Então, é mais interessante ficar a sala cheia de livros que não têm utilidade do que abrir uma sala? Isso esmorece a gente”, lamentou.

Raimunda explica que  os livros foram recolhidos por um caminhão da prefeitura, e reafirma que o descarte foi feito depois de buscar orientações.