Jornal O Estado do Triângulo - Sacramento
Edição nº 1783- 18 de junho de 2021

Chefe da 39ª SRE vê implantação do EaD no Ensino Médio com olhar cauteloso

Edição nº 1651 - 30 de Novembro de 2018

Recentemente o ministro da Educação, Rossieli Soares, homologou as novas Diretrizes Curriculares Nacionais da etapa de ensino. Nelas consta que a oferta de ensino à distância dependerá de regulamentação nos Estados. Porém, muitos já não avaliam a modalidade de forma positiva, como a superintendente regional de ensino de Uberaba, Marilda Ribeiro, que analisa a oferta com olhar criterioso e cauteloso.

A mudança está relacionada ao Novo Ensino Médio, em que os estudantes passarão por uma formação comum em todo o País, definida pela chamada Base Nacional Comum Curricular, e por uma formação específica, que poderá ser em linguagens, matemática, ciências da natureza, ciências humanas ou ensino técnico. As aulas à distância deverão ser preferencialmente dadas na formação específica. 

Pelas novas regras, as escolas poderão ofertar à distância até 20% do ensino médio diurno, até 30% do ensino noturno e até 80% da Educação de Jovens e Adultos (EJA). “Avalio a aplicação do ensino à distância nas escolas de ensino médio à distância com um olhar criterioso e cauteloso. A aula presencial é insubstituível, mas quando não há essa possibilidade, com um olhar minucioso, pode ser que haja uma utilidade. Minha opinião como professora é que nada substitui um educador em sala de aula, que está no local observando as reações do aluno, para corrigir, orientar e formar esse aluno. A modalidade à distância não é o melhor caminho”, alerta.

Marilda destaca que a tecnologia é importante, mas como instrumento, algo a mais que o profissional da área pode utilizar. Sendo assim, ela acredita que na verdade é preciso investir no educador. “Tenho um olhar crítico para modalidade à distância no ensino médio, e se você me perguntasse se sou favorável, diria que 'não sou'”, afirma a superintendente.

A oferta de ensino à distância foi um ponto polêmico durante a discussão das novas diretrizes. Um dos argumentos contrários é que o EaD fere o princípio da convivência presencial, um dos direitos educacionais, além disso, pode contribuir para reduzir a qualidade do ensino. (Imprensa Regional)